Não gosto do que vejo
Meu rosto no espelho
O corpo traz um peso
O rosto também confirma
Que não desejo
O olhar tem certo desespero
Corre, visando dinheiro
Faz-se cego para vê-lo
Cego para além do vidro
No papel de espelho
A passada é ofegante
Contínua, frustrante
Repetitiva, agoniante
Silenciosa de boca
De alma gritante
Teu espelho te agrada o bastante?
Tua imagem, teu semblante
Tua dor sufocante
Tem que esperar
Falar nem sempre é relevante
No meu espelho, fico triste em dizer
A imagem que está me obriga ver
Uma versão que eu não queria ter
Uma estrada cansada, esgotada
Dos passos em vão, não do ser
Seja o teu ou o meu espelho, amissão é proteger
Da trinca, do azar que a maldição pode abater
Espelhos refletem sonhos que deixamos se esconder
Você, no teu espelho, tua alma te lembra
Reflexo é o que se perde, o que que morreu
E reflexão é o que ousou sobreviver
Meu rosto no espelho
O corpo traz um peso
O rosto também confirma
Que não desejo
Corre, visando dinheiro
Faz-se cego para vê-lo
Cego para além do vidro
No papel de espelho
Contínua, frustrante
Repetitiva, agoniante
Silenciosa de boca
De alma gritante
Tua imagem, teu semblante
Tua dor sufocante
Tem que esperar
Falar nem sempre é relevante
A imagem que está me obriga ver
Uma versão que eu não queria ter
Uma estrada cansada, esgotada
Dos passos em vão, não do ser
Da trinca, do azar que a maldição pode abater
Espelhos refletem sonhos que deixamos se esconder
Você, no teu espelho, tua alma te lembra
Reflexo é o que se perde, o que que morreu
E reflexão é o que ousou sobreviver