domingo, julho 11, 2010

Destino a traçar

Esses dias, ando aflito
Tenso e bem agoniado
Como se tudo fosse o fim
Mas, parceiro, não é assim
Sei que não é infinito
Disso estou convicto
Ainda insisto no planejado
Nem tudo é controlado
Já basta minha vida,
Cada hora e minuto
Que desgasto e não reluto
Por me tornar tão bitolado
Em não perder tempo
Falo de tempo, não de momento
Momento, entendo, é aproveitado
Sentido, gozado
Como se, aí sim, fosse o fim
Mas, reforço, não é assim
Nem tanto lá, nem tanto cá
Não vivemos só prazer
Vivemos para exercer
Papéis para se ver
Não em peças teatrais,
Mas, nas relações sociais,
Nos dias banais
E escolhemos o caminho
Acompanhado ou sozinho
Distante ou pertinho
Tal o vento no moinho
Que a poeira espalha
A cada dia uma batalha
A cada monte, nova forma
Conduzida pelos efeitos
Ventanias, sol e lua
Por falar nela, como estava bela
Quando acordei e a vi
Fininha, minguante
E nesse exato instante
Foi que me dei conta
Do quanto antes o sol desponta
De ansiedade já sofri