segunda-feira, março 26, 2018

Acorda Brasil, c****** (#abcBrasil)


(em breve, poema em texto também; enquanto isso, dê o play)

Execução Pedagógica

Marielle, confesso que ainda não te conhecia
Sou paulista, e assim como a maioria
Desconhecemos nossos eleitos representantes
Por parte, fazem por onde, são insignificantes
Em ação, pois, o custo é bem significativo
Do legislativo, judiciário e executivo

Marielle, ao iniciar a intervenção militar
Os generais alertaram, pediram permissão
Pra chacinas, execuções, com a condição
De uma nova Comissão da Verdade não perturbar
Pediram a chancela já dada pela população
Queriam um cartão, sem limite de munição pra atirar

Francamente, Franco, você serviu de lição pedagógica
Viram, pessoal, o que vai acontecer com quem denunciar?
Quem crê de fato que a corregedoria vai investigar?
Silêncio e conivência adquiridos à quantia módica
Punição só terá se a gente um dia acordar
Ao toque de despertar dessa fúnebre voz melódica

Sem cantar, contava, contou
Maldita boca aberta, ouviu-se de um fardado
A farda não camuflou, executou
Entrou no carro e partiu.
À frente, cercado
UM, DOIS, TRÊS, QUATRO! NOVE DISPAROS!
4 projéteis no alvo
Ainda vão apontar um não militar
como autor do atentado

Haverá defensores a essa alienada teoria
Pelo partido que estava, dirão que teve o que merece
E palmas baterão à milícia imponente
Covardia, ironia, armas, aval, autonomia
Quem dera se nossa gente lesse e soubesse
Morreu o motorista Anderson e Marielle
Do Rio pro Brasil, a ditadura reinicia
Já assusta a sensação,
pois doeu no coração
E ainda vai doer na pele.