domingo, junho 28, 2015

Os poemas que perdi

Os poemas que perdi
Em rascunhos rabiscados
Em memórias eletrônicas, virtuais
Esses já são passado
Esses não voltam mais

A poesia é o instante
Inspiração que flutua
Por vezes, me arrebata
Outras levo a jangada
Coadjuvante ou quem atua

Faço os dois papéis
E foram tantos que perdi
Fora os que eu não imprimi
Mas até os que voaram
Por ocasiões, deletaram
Fazem parte de mim

Não os verei à frente
Mas à frente tem tanta poesia
Não as que escrevi um dia
Tem outras tão presentes
Que hei de vê-las
Olhando as calçadas
Não as estrelas

Não é que não haja poesia na lua.
Pode até haver vida por lá
Mas a minha inspiração é na rua
Por onde eu consigo andar
E foi pelo chão que perdi alguns versos
Não no território lunar
Sendo assim, meus poemas
Passados e futuros
Estão nos dilemas
Livres ou entre muros
Com os passos no chão duro
Que eu posso encontrar