quinta-feira, março 23, 2017

Manifestações / Temer / Espelhos / Funcionário da Fábrica de Panelas

Ainda ontem, chorei de saudade... não, não é a música sertaneja clássica ocupando espaço neste humilde blog. É sim, um sentimento de muitos que ontem viram seus direitos conquistados com tanta luta, com tantos protestos e há tanto tempo serem reduzidos a pó em menos de um ano. Nesses 7, 8 meses de governo Temer, o trabalhador que manipulado foi às ruas e gritou por tudo isso ainda não assimilou o que está acontecendo. Nem sei se alcançará esse ponto, mas, vai perceber na conta final que perdeu alguma coisa, mesmo sem entender o porquê e exatamente o que.

Nem adianta gastar algumas linhas explicando o porquê ele perderá, pois, a TV diz que está tudo bem e que, na verdade, ele não está perdendo nada; e, claro, ele acredita muito mais na TV que em qualquer outra coisa. Mas, hoje, deveria ser um dia triste para o trabalhador brasileiro, mas, para isso, ele precisaria entender o que está acontecendo. O que não é um fato neste momento. E pra coroar a diversão nacional, hoje, o Brasil pode se garantir na próxima Copa do Mundo, na Rússia. Brasil x Uruguai, isso que importa.

Eu gostaria muito de ver um repórter chegar no jogador que diz ser um representante do país e perguntar: - Como você avalia a aprovação da proposta que permite a terceirização em todas as categorias de trabalho?

Eu aposto o que quiser que nenhum deles seria capaz de responder minimamente com fundamento em 2 frases, pra não ser muito exigente de pedir mais. Nós não entendemos quem somos, porque fazemos as coisas e por quais razões escolhemos quem ilustra nossa cara. Em nosso sonho individual, somos um povo que sonha em ser o 10 da seleção, um BBB ou um ser rebolante e cheio "dos glamour" na TV, não importa em qual papel. Esses são os nossos espelhos, os nossos ideais de sucesso.

Os veículos de comunicação, predominantemente sediados em grandes e nas mais importantes capitais divulgou o discurso que a população brasileira queria o impeachment de Dilma Roussef, queria tirá-la do poder e tudo mais. Que fosse assim, mas, o discurso adotado de "a maioria quer" só tem uma forma de ser consolidado: eleições. De resto, é parecer, chute, pesquisa por amostragem e bla bla bla.

A maioria destes Estados onde estão as mídias poderosas realmente estavam contra o atual governo e disseram isso nas urnas, mas, o Brasil não é formado somente por estas capitais e grandes cidades, nem temos um sistema de votação como o estadunidense, em que Hillary Clinton teve mais votos no cômputo geral, mas, perdeu pro Trump, que venceu em estados mais fortes. Nosso sistema eleitoral é baseado em todo voto ter peso igual.

São Paulo, palco das maiores manifestações, fez prevalecer sua vontade através do convencimento da mídia sobre a população que o país inteiro queria tal mudança, o que numericamente não se pôde confirmar irrefutavelmente. Mas, no fim, prevaleceu o grito do mais forte e o bater de panelas. Panelas estas que prometeram ser ensurdecedoras com todos, que era só o começo. As fabricantes que comemoravam, pois, devem até ter aumentado a linha de produção, pois panela amassada não faltaria. Lamentemos nós e os fabricantes que contrataram mais gente em vão.

Só deixo aqui meu boa sorte para que esse funcionário que será dispensado da fábrica de panelas consiga se recolocar logo pra dar tempo de se aposentar e torço ainda mais que na próxima jornada, seu próximo patrão ainda lhe solicite a carteira de trabalho.

Papelão sem Providência



Parcialidade Geral #Greve15deMarço


quarta-feira, março 08, 2017

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