segunda-feira, maio 09, 2011

Não dá

Sonhos e desejos, só imaginação
Difícil ter controle da situação
Razão que prevalece, consigo escapar
Não sei o que acontece, nem quero pensar

Meus olhos não se prendem
Os outros não entendem
Que nem tudo tem a ver com amor
Que o pecado pode ter sabor

Mas eu fujo no meu consciente
De um desejo que é tão presente
Por alguém quem eu amo mais
E esse alguém, tanto bem me faz

Mas não dá, não posso esconder
A vontade de outro prazer
Mas, respeito dá a quem se tem
E eu não quero machucar ninguém

Minha atração eu não posso mentir
Posso negar, posso tentar fingir
Mas falo apenas pra não me entregar
Meu corpo pede, mas pra mim, não dá

segunda-feira, maio 02, 2011

Será a paz?

Pronto, enfim matamos
A paz, agora sim, reinará
Prendemos, capturamos
Será o fim? Será?
De todo o mal nos livramos
Repito a pergunta. Será?

Vamos à rua comemorar
O assassinato do mal
De hoje em diante, tudo normal
O inimigo morreu
Então vencemos
Não nos enganemos...

Osama não é/era só terrorista
Era uma ideia, um símbolo
Assim como as torres de lá
Que feriram não só pessoas
Mas uma alma nacional
Que preparou seu rival

Para o ataque, para o combate
Quem vier, “mate”
Sem essa de empate
Somos a ostentação do poder
A nos atacar, quem ousará?
Se ousar, em breve morrerá
Ninguém se atreverá

Somos evoluídos, democráticos
Democráticos ou demagógicos?
Questionamentos enigmáticos
Sobre pensamentos tão lógicos

Como sonhar democracia
Se à nossa revelia
Atacamos quem contraria
Não somente ataque, revidamos também

Afinal, matamos pelo bem
Pelo nosso bem
Somos o bem
Gera dúvida de alguém?
Se sim, cuidado
Pode ser o próximo assassinado
Não pode ser apoiado
Quem está do outro lado
Outro lado: traduzindo, o mau

Já que o mal se foi
Também vou sair
Vou saltar pelas ruas
Quero me divertir

Ouvir o quase xará
O que ele pronunciará
O assunto é segurança
Fizemos vingança

Usamos a própria mão
Para o deleite da nação
Fez-se a lei de talião
Resolvida a questão

Soma mais este na lista
Bin Laden: terrorista
No décimo aniversário
Pra salvar nossa gente
Vai no dente por dente
Só aqui morre inocente
Nosso ataque é consciente

Vou rumo ao bi da conquista
Cabeça com cabeça
Algumas perfuradas
Outras, desmotivadas
Generalizadas, vingadas
Ensanguentadas

Mas, como disse, o bi é nosso
Sempre faço o que posso
No combate ao terror
Pelo Nobel da paz universal
Mesmo que o meu rigor
Seja proporcional
À violência a nós imposta
Ou em caso de resposta
Deixo aqui a minha aposta

O terror não era um
Um indivíduo qualquer
Não aceita jejum
Acredita quem quer

Sempre haverá mais um
Enquanto o sentimento houver
Use a arma que tiver
Nenhuma bala matará
Será?