Fico pensando como seria
Se do Carnaval pegasse a alegria
Se não fosse apenas fantasia
Nos 4 dias de folia
Máscaras na identidade
Gente usando o que tem vontade
No tumulto normal da cidade
A alegoria do enredo é a realidade
É cada fantasia... um disfarce divertido
Um homem grande, de amarelo, vestido
O cabelo era verde, bem forte, tingido
Uma tiara de coroa, um abacaxi, ultra mega servido
Fico pensando como seria o metrô
Trajes curtos, parecendo um maiô
Sendo a roupa adequada ao calor
Sem nenhum insaliente invasor
Se a alegria carnavalesca fosse permanente
Virasse lei federal daqui pra frente
A rede social morreria como indigente
Todo mundo sairia, é tanto ódio ali: notificação pendente, notificação pendente
Se fantasia não fosse só vestes de Carnaval
As pessoas brilhariam num dia normal
Um dia, herói; no outro, vilão. Bom, isso é igual.
Quer disfarce melhor que um traje social?
Os 4 dias de momo, de avenidas
Paulistas, cariocas, comunidades reunidas
Harmonia e evolução são o que se busca na vida
E o cinza da quarta, discrição garantida
domingo, fevereiro 23, 2020
quarta-feira, fevereiro 19, 2020
Versão Osasco
A cidade dormitório
Hoje é cidade escritório
Consultório, casório... comunitário
Osasco já foi um portal pro paulistano
Que do letreiro pra cá, era tudo Osasco
Carapicuíba? Osasco
Itapevi? Osasco
Jandira? Osasco
Barueri? Osasco
Era tipo um complexo metropolitano
Era tudo Osasco, mano.
Osasco, mostrando bem seus limites
Tinha logo na entrada O-S-A-S-C-O
Era só cinza, depois pintou, depois tirou
É bem na frente do Continental
Não se sabe onde muda a pista
Ali na Vila Yara, eu confundo
Até onde é Corifeu e onde vira Autonomistas
Continental, adjetivo propício
ao nosso município
A Osasco que, em 2003, concursei e passei
Me atribuiu à Escola Maestro Domingos Blasco, Novo Osasco
Logo eu, sempre musical, me enturmei
Na Rádio Geração FM, comecei como locutor
E fazia samba na Dona Nice
De frente pro terminal
O Maestro pra mim, desafinou
Jornalismo no Unifieo começou
Da Sul pra norte, cruzei
Tobias Barreto, Avenida São José
Chegava tão cedo, que raramente eu ia
Na padaria, nem pr'um expresso café
Dali, pro Manoel Barbosa, extremo norte
Área que o poder público dá ZERO suporte
Mas, dentro do que pude,
eu tomei as atitudes
Pra quebrada ser mais forte
Oficina de rádio, jornal escolar
Lá onde a Bonança não é certeza de chegar
E depois da tempestade, o que vem é a Record, Band, SBT, Globo
Passa ao vivo no Datena
Alô, comandante Hamilton
Sobrevoa o Rochdale?
Sim, Datena, novamente esse desastre
Essa enchente que invade
Casas e o noticiário
E hoje, bem no aniversário
Quero falar também, tão bem do Calçadão
Nosso centrão do comércio popular
Tem o suco do Baiano e chip de celular
Tem um cara demonstrando umas raízes pra curar
Tem um cara com a bíblia que não para de gritar
Tem a base da Guarda e uns fiscais pra atrasar
Tem sul-americano, boliviano, colombiano, peruano, não dá pra chutar
Tem uma 'pá' de africano, se pá, nigeriano, sei lá
Nas maletas, o brilho dos relogião chega a ofuscar
A Tenente é a rua que treme o pé
Que eu já falei noutro poema
E nosso museu, hein? O chalé (Brícola)
Casa do Dimitri Sensaud de Lavaud
Foi lá que o homem voou
E conquistou o céu azul
Dos Remédios ao Bonança
Da Yara ao D'Abril
Não é minha cidade natal
Mas, é como Natal pra criança
Encanto que, em mim, construiu
Paulistano da gema
Osasco é muito meu poema
Osasco é muito do meu tema
Osasco é o mundo num funil
Não é só brasileiro
O ano mal começou, 19 de fevereiro
Nem começou, não passou o carnaval
Com só 58, és ainda um menino
No principado de Altino, o nosso vôlei nacional
Tem outra coisa importante
Não dá pra falar de tudo
Sem pausar pra refeição
Gastronomia aqui é relevante
Nem vou falar de restaurante
Praça Padroeira, Maria Campos e Antônio Agu, no Calçadão
Somos a terra do dog,
Do cachorro quente e com purê
E não se abre discussão
No prato, cê precisa ver
Não tem competição
Barracas mil, variados complementos
Osasco é o melhor dos temperos,
Com sabor tradicional
Osasco é o Oeste em movimento
Baita vizinho pra capital
Agora, nosso símbolo é o viaduto
A ponte metálica
Que ganha cores temáticas
Setembro, verde amarelo, independência
Outubro Rosa, Novembro azul, consciência
Dezembro, Natal, verde e vermelha a iluminação
Combinando com a decoração
A ponte se vê de longe
Harmonizada ao pavilhão
Como diz no hino
O brasão da vitória
Do sim sobre o não
Osasquense não no documento
Só no título pra eleição, minha opção
CEP 0656
OSASCO - SP
Na moral, de coração.
Lembretes:
#poesiasdodiego,
aniversário,
emancipação,
hino de Osasco,
história,
Osasco,
Poemas,
Poesias,
poeta,
poeta osasco
terça-feira, fevereiro 18, 2020
Ainda Quebra-Cabeça
Em tempos de plataformas digitais
Só ouve música merda quem quer
Nem vou me concentrar
Em dizer o que é ruim e o que não é
Sua consciência, eu creio, é bem capaz
E foi ouvindo Gabriel, o Pensador
Que então me dei conta
Do papel que desempenhou
Quebra cabeça. 23 anos e ainda não se monta
Olha que nem foi peça que faltou
Falava de aborto, violência, saúde, quero mais
Fez uma festa com som de tudo quanto é jeito
Mostrou a guerra que há contra o cachimbo da paz
O índio quer apito, não quer bala no peito
E hoje, eu confesso, meu verso tem das suas digitais
As linhas tortas no caderno que carrego
É porque escrevo num bloco não pautado
Mas há um bloco de assuntos que me apego
E não me entrego se o som não sai rimado
É 35. A lavagem? Não, o poder da viagem
E essa não tem fiado nem se põe no prego
Tem o nome de um grande amigo
Sua obra, Pensador, formou uma legião
Aprendi a ouvir o que não era dito
Nas palavras repetidas em refrão
Fui aprendendo a dizer o não escrito
Pensador, minha reverência sem a continência
À indecência militar que tá na moda
É a tendência da milícia à presidência
Bala perdida por aqui tem boina e rota
O povo ainda diz: hoje eu tô feliz
Acabou a previdência
Estupidez em evidência
E a ditadura está de volta
Só ouve música merda quem quer
Nem vou me concentrar
Em dizer o que é ruim e o que não é
Sua consciência, eu creio, é bem capaz
E foi ouvindo Gabriel, o Pensador
Que então me dei conta
Do papel que desempenhou
Quebra cabeça. 23 anos e ainda não se monta
Olha que nem foi peça que faltou
Falava de aborto, violência, saúde, quero mais
Fez uma festa com som de tudo quanto é jeito
Mostrou a guerra que há contra o cachimbo da paz
O índio quer apito, não quer bala no peito
E hoje, eu confesso, meu verso tem das suas digitais
As linhas tortas no caderno que carrego
É porque escrevo num bloco não pautado
Mas há um bloco de assuntos que me apego
E não me entrego se o som não sai rimado
É 35. A lavagem? Não, o poder da viagem
E essa não tem fiado nem se põe no prego
Tem o nome de um grande amigo
Sua obra, Pensador, formou uma legião
Aprendi a ouvir o que não era dito
Nas palavras repetidas em refrão
Fui aprendendo a dizer o não escrito
Pensador, minha reverência sem a continência
À indecência militar que tá na moda
É a tendência da milícia à presidência
Bala perdida por aqui tem boina e rota
O povo ainda diz: hoje eu tô feliz
Acabou a previdência
Estupidez em evidência
E a ditadura está de volta
Lembretes:
#poesiasdodiego,
1997,
cd,
Gabriel o pensador,
Poemas,
poesia,
Poesias,
quebra-cabeça,
rap,
referência
segunda-feira, fevereiro 17, 2020
Aquela Mina
Tá vendo aquela mina?
Ela explode se alguém pisar
Mesmo que por acaso
Ela não cria caso
Só manda tudo pro ar
Tá vendo aquela mina?
Muitas vidas por um pouco dela
E esse pouco, muda vidas
somente ao sol, tonalidade amarela
Tal qual a luz no breu de avenidas
Tá vendo aquela mina?
Mesmo apagado prevalece
O desconhecido também fascina
O que sai da mina nos aquece
Ao incendiar, iluminan
Tá vendo aquela mina?
Todo mundo tá vendo aquela mina
Mina com valores naturais
Extrações sem extratos numerais
Aquela mina explosiva, reativa
Reagiu. Deixou de ser passiva
Nas questões sentimentais
Quer, merece e vai ter mais
Aquela mina, sempre defensiva
Cansou da relação abusiva
Da violência opressiva
Feliz nas imagens casuais
Mas, da porta pra dentro
E pelo mundo afora
Sofre invasões sexuais
Estupro. Sem distorções nominais
Ofensas morais
Sabe aquela mina?
Sei.
Olha ela mais de quina, de esquina
No cantinho da retina
Às vezes, se culpa por padrões estruturais
A saia era curta, mas a culpa é de quem faz
A comunicação feminina
Não se cabe no Houaiss
É a sintonia mais fina
Que nem sempre se dá
nas formas verbais
Ela explode se alguém pisar
Mesmo que por acaso
Ela não cria caso
Só manda tudo pro ar
Tá vendo aquela mina?
Muitas vidas por um pouco dela
E esse pouco, muda vidas
somente ao sol, tonalidade amarela
Tal qual a luz no breu de avenidas
Tá vendo aquela mina?
Mesmo apagado prevalece
O desconhecido também fascina
O que sai da mina nos aquece
Ao incendiar, iluminan
Tá vendo aquela mina?
Todo mundo tá vendo aquela mina
Mina com valores naturais
Extrações sem extratos numerais
Aquela mina explosiva, reativa
Reagiu. Deixou de ser passiva
Nas questões sentimentais
Quer, merece e vai ter mais
Aquela mina, sempre defensiva
Cansou da relação abusiva
Da violência opressiva
Feliz nas imagens casuais
Mas, da porta pra dentro
E pelo mundo afora
Sofre invasões sexuais
Estupro. Sem distorções nominais
Ofensas morais
Sabe aquela mina?
Sei.
Olha ela mais de quina, de esquina
No cantinho da retina
Às vezes, se culpa por padrões estruturais
A saia era curta, mas a culpa é de quem faz
A comunicação feminina
Não se cabe no Houaiss
É a sintonia mais fina
Que nem sempre se dá
nas formas verbais
Lembretes:
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aquela mina,
mina,
MULHERES,
Poemas,
Reflexões
sexta-feira, fevereiro 14, 2020
À Direita, Volver
Viva à escola cívico-militar
Já que elegeram um para presidente
Coloque os camuflados pra ensinar
Vamos às regras daqui pra frente
Meninos com orelhas à mostra
Nada de barba pra rapaziada
A cabeleira curta sem cair pras costas
E a farda, muito bem alinhada
Pros adereços, meninas, discrição
Cabelos longos, pera lá, tem condição
Coque acima da cabeça ou simples trançado
Cabelos presos, sem o vento dar direção
Esquece o raspado do lado
E também os armados
Desarma! Desarma! O cabelo
As pessoas, 'táoquei', à vontade
Na raiz, quem poderá detê-lo
Prendem-no pela identidade
Cabelo armado, rendido
Preso numa touca de grade
Volte a ficar escondido
Armas à solta na cidade
Precisamos de rigidez com essa molecada
Não respeitam mais idoso, professor
No meu tempo, era palmatória e orelha puxada
Criança não ousava se impor
Vamos formar soldados, capitães, generais
Vamos apagar a versão lá do livro
Cale a voz do oprimido
Paulo Freire, referência em bibliografias internacionais
Não fazia e pra essa gente não faz
À direita, volver
SEN-TI-DO
Já que elegeram um para presidente
Coloque os camuflados pra ensinar
Vamos às regras daqui pra frente
Meninos com orelhas à mostra
Nada de barba pra rapaziada
A cabeleira curta sem cair pras costas
E a farda, muito bem alinhada
Pros adereços, meninas, discrição
Cabelos longos, pera lá, tem condição
Coque acima da cabeça ou simples trançado
Cabelos presos, sem o vento dar direção
Esquece o raspado do lado
E também os armados
Desarma! Desarma! O cabelo
As pessoas, 'táoquei', à vontade
Na raiz, quem poderá detê-lo
Prendem-no pela identidade
Cabelo armado, rendido
Preso numa touca de grade
Volte a ficar escondido
Armas à solta na cidade
Precisamos de rigidez com essa molecada
Não respeitam mais idoso, professor
No meu tempo, era palmatória e orelha puxada
Criança não ousava se impor
Vamos formar soldados, capitães, generais
Vamos apagar a versão lá do livro
Cale a voz do oprimido
Paulo Freire, referência em bibliografias internacionais
Não fazia e pra essa gente não faz
À direita, volver
SEN-TI-DO
quinta-feira, fevereiro 13, 2020
Di(mimimi)nuir
Como eu odeio o termo mimimi
porque, geralmente
Minimiza
Um preconceito
Como eu odeio quando alguém diz mimimi
Porque geralmente
Vem de um me-me-merda
Que quer ter seu "direito" de diminuir
Quem é diferente
É quem diz que é mimimi
Repara, geralmente
É alguém aceito
Mimimi
O feminismo, o anti-racismo,
O anti-fascismo, o anti-nazismo
Olha bem contra quem o mimimi se aponta
E se levar em conta
Outras razões encontra
O mimimi vem de quem 'tá' na outra ponta
Pode me chamar de mimizento,
Dizer que é vitimismo
Mas esses seus "ismos"
No fundo (e você sabe) gera um ato violento
Como eu odeio ouvir que é mimimi
Quem o define é o atingido
Mimimi pra você é reagir
Ao ataque proferido
Vou te explicar o que é mimimi
Limpa bem o ouvido
Mimimi é o caralho
E tá entendido?
porque, geralmente
Minimiza
Um preconceito
Como eu odeio quando alguém diz mimimi
Porque geralmente
Vem de um me-me-merda
Que quer ter seu "direito" de diminuir
Quem é diferente
É quem diz que é mimimi
Repara, geralmente
É alguém aceito
Mimimi
O feminismo, o anti-racismo,
O anti-fascismo, o anti-nazismo
Olha bem contra quem o mimimi se aponta
E se levar em conta
Outras razões encontra
O mimimi vem de quem 'tá' na outra ponta
Pode me chamar de mimizento,
Dizer que é vitimismo
Mas esses seus "ismos"
No fundo (e você sabe) gera um ato violento
Como eu odeio ouvir que é mimimi
Quem o define é o atingido
Mimimi pra você é reagir
Ao ataque proferido
Vou te explicar o que é mimimi
Limpa bem o ouvido
Mimimi é o caralho
E tá entendido?
Lembretes:
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racismo,
Revoltas
quarta-feira, fevereiro 12, 2020
Silêncio no Alto
Do alto de um prédio
De uma janela no hospital
Vejo abrir e fechar o sinal
Com som nem mono, nem stereo
Da UTI, não se ouve o motor
Nem a buzina que não para
Só se você foca e repara
Na rua, é perturbador
O pneu, o asfalto, o atrito
A comida quente na moto tem pressa
De longe, já estressa
Aquele bi bi biiiiiii...infinito
Aqui do alto vejo um relógio
Diz que 'tá' boa a qualidade do ar
32 graus e uma fumaça de engasgar
Ar bom na capital? Mentira, óbvio
Lá embaixo é tudo intenso
Do alto, minimizado
Som isolado, ar condicionado
Estou por cima, me convenço
Seja elevador ou escada
Uma hora a gente desce
O prédio lá de baixo, cresce
E se planeja a escalada
Que ao subir, não seja aqui
Onde o silêncio acústico é quebrado
Por um choro ao lado, desesperado
Tão comum numa UTI
De uma janela no hospital
Vejo abrir e fechar o sinal
Com som nem mono, nem stereo
Da UTI, não se ouve o motor
Nem a buzina que não para
Só se você foca e repara
Na rua, é perturbador
O pneu, o asfalto, o atrito
A comida quente na moto tem pressa
De longe, já estressa
Aquele bi bi biiiiiii...infinito
Aqui do alto vejo um relógio
Diz que 'tá' boa a qualidade do ar
32 graus e uma fumaça de engasgar
Ar bom na capital? Mentira, óbvio
Lá embaixo é tudo intenso
Do alto, minimizado
Som isolado, ar condicionado
Estou por cima, me convenço
Seja elevador ou escada
Uma hora a gente desce
O prédio lá de baixo, cresce
E se planeja a escalada
Que ao subir, não seja aqui
Onde o silêncio acústico é quebrado
Por um choro ao lado, desesperado
Tão comum numa UTI
Lembretes:
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hospital,
Poemas,
poemas tristes,
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poetas,
prédio,
saúde,
UTI
segunda-feira, fevereiro 10, 2020
Morro do Socó
Morro do Socó
Quem socorre?
Só corre lá
Em agosto, setembro
Vai cada um com seu demônio
Espalhar santinho
E não é de Santo Antônio, o padroeiro
Em Osasco, é fevereiro
No Socó, só cabe um caminho
Olha quanta ironia
Socó, vereadores só comparecem
No ano olímpico
Só compram votos
Só colocam nas fotos sorrisos cínicos
E não é nenhuma novidade
o aguaceiro nesse mês
E não passou nem da metade
Ainda faltam 9 pra emancipação
E vem mais água até aquelas
De março fechando o verão
Socó, só cobrança
Em cima de uma molecada
Que só continua estudando nem sabe pra quê
Porque a galera estudada
Não manja da linguagem
Nem dá conta da quebrada
Que leva o nome, haha, de Bonança
Que futuro essa criança vê?
Ela vê que o Socó fica no Colinas
E mesmo mais perto lá de cima
É que tudo vem abaixo
É estranho, não combina
Mesmo no alto, ninguém atina (só se atira)
E tiram proveito
Aí sim que se afina
Vereador e prefeito
Socó, só coberto pela proteção divina
Colinas D'Oeste
Em algumas terras, chuva é bênção
Por aqui, é tipo peste
Se vê mais longe da colina
Parece até a visão de um gigante
Gigante da Colina, lembrei de futebol
Ironicamente, do Rio de um mês antes
Nossa colina, mais perto do sol
Não carrega a cruz de malta
Do C.R. Vasco da Gama
Aqui não tem olhar de ribalta
Sobra vergonha que falta
Na Câmara, mera pauta
É Osasco na tela, com jus à sua fama
Bombeiro aqui é pra enchente
Bombeiro aqui é pra chama
Chama! Chama! Socó! Socorre!
De novo se lê em caixa alta
Zona sem norte, Osasco na alma.
Quem socorre?
Só corre lá
Em agosto, setembro
Vai cada um com seu demônio
Espalhar santinho
E não é de Santo Antônio, o padroeiro
Em Osasco, é fevereiro
No Socó, só cabe um caminho
Olha quanta ironia
Socó, vereadores só comparecem
No ano olímpico
Só compram votos
Só colocam nas fotos sorrisos cínicos
E não é nenhuma novidade
o aguaceiro nesse mês
E não passou nem da metade
Ainda faltam 9 pra emancipação
E vem mais água até aquelas
De março fechando o verão
Socó, só cobrança
Em cima de uma molecada
Que só continua estudando nem sabe pra quê
Porque a galera estudada
Não manja da linguagem
Nem dá conta da quebrada
Que leva o nome, haha, de Bonança
Que futuro essa criança vê?
Ela vê que o Socó fica no Colinas
E mesmo mais perto lá de cima
É que tudo vem abaixo
É estranho, não combina
Mesmo no alto, ninguém atina (só se atira)
E tiram proveito
Aí sim que se afina
Vereador e prefeito
Socó, só coberto pela proteção divina
Colinas D'Oeste
Em algumas terras, chuva é bênção
Por aqui, é tipo peste
Se vê mais longe da colina
Parece até a visão de um gigante
Gigante da Colina, lembrei de futebol
Ironicamente, do Rio de um mês antes
Nossa colina, mais perto do sol
Não carrega a cruz de malta
Do C.R. Vasco da Gama
Aqui não tem olhar de ribalta
Sobra vergonha que falta
Na Câmara, mera pauta
É Osasco na tela, com jus à sua fama
Bombeiro aqui é pra enchente
Bombeiro aqui é pra chama
Chama! Chama! Socó! Socorre!
De novo se lê em caixa alta
Zona sem norte, Osasco na alma.
Lembretes:
#poesiasdodiego,
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Críticas,
morro do socó,
Osasco,
Poemas,
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