quarta-feira, fevereiro 19, 2020

Versão Osasco


A cidade dormitório
Hoje é cidade escritório
Consultório,  casório... comunitário

Osasco já foi um portal pro paulistano
Que do letreiro pra cá, era tudo Osasco
Carapicuíba? Osasco
Itapevi? Osasco
Jandira? Osasco
Barueri? Osasco
Era tipo um complexo metropolitano
Era tudo Osasco, mano.

Osasco, mostrando bem seus limites
Tinha logo na entrada O-S-A-S-C-O
Era só cinza, depois pintou, depois tirou
É bem na frente do Continental
Não se sabe onde muda a pista
Ali na Vila Yara, eu confundo
Até onde é Corifeu e onde vira Autonomistas

Continental, adjetivo propício
ao nosso município
A Osasco que, em 2003, concursei e passei
Me atribuiu à Escola Maestro Domingos Blasco, Novo Osasco

Logo eu, sempre musical, me enturmei
Na Rádio Geração FM, comecei como locutor
E fazia samba na Dona Nice
De frente pro terminal

O Maestro pra mim, desafinou
Jornalismo no Unifieo começou
Da Sul pra norte, cruzei
Tobias Barreto, Avenida São José
Chegava tão cedo, que raramente eu ia
Na padaria, nem pr'um expresso café

Dali, pro Manoel Barbosa, extremo norte
Área que o poder público dá ZERO suporte
Mas, dentro do que pude,
eu tomei as atitudes
Pra quebrada ser mais forte

Oficina de rádio, jornal escolar
Lá onde a Bonança não é certeza de chegar
E depois da tempestade, o que vem é a Record, Band, SBT, Globo

Passa ao vivo no Datena
Alô, comandante Hamilton
Sobrevoa o Rochdale?
Sim, Datena, novamente esse desastre
Essa enchente que invade

Casas e o noticiário
E hoje, bem no aniversário
Quero falar também, tão bem do Calçadão
Nosso centrão do comércio popular

Tem o suco do Baiano e chip de celular
Tem um cara demonstrando umas raízes pra curar
Tem um cara com a bíblia que não para de gritar
Tem a base da Guarda e uns fiscais pra atrasar

Tem sul-americano, boliviano, colombiano, peruano, não dá pra chutar
Tem uma 'pá' de africano, se pá, nigeriano, sei lá
Nas maletas, o brilho dos relogião chega a ofuscar

A Tenente é a rua que treme o pé
Que eu já falei noutro poema
E nosso museu, hein? O chalé (Brícola)
Casa do Dimitri Sensaud de Lavaud
Foi lá que o homem voou
E conquistou o céu azul

Dos Remédios ao Bonança
Da Yara ao D'Abril
Não é minha cidade natal
Mas, é como Natal pra criança
Encanto que, em mim, construiu

Paulistano da gema
Osasco é muito meu poema
Osasco é muito do meu tema
Osasco é o mundo num funil

Não é só brasileiro
O ano mal começou, 19 de fevereiro
Nem começou,  não passou o carnaval
Com só 58, és ainda um menino
No principado de Altino, o nosso vôlei nacional

Tem outra coisa importante
Não dá pra falar de tudo
Sem pausar pra refeição
Gastronomia aqui é relevante
Nem vou falar de restaurante
Praça Padroeira, Maria Campos e Antônio Agu, no Calçadão

Somos a terra do dog,
Do cachorro quente e com purê
E não se abre discussão
No prato, cê precisa ver
Não tem competição

Barracas mil, variados complementos
Osasco é o melhor dos temperos,
Com sabor tradicional
Osasco é o Oeste em movimento
Baita vizinho pra capital

Agora, nosso símbolo é o viaduto
A ponte metálica
Que ganha cores temáticas
Setembro, verde amarelo, independência
Outubro Rosa, Novembro azul, consciência

Dezembro, Natal, verde e vermelha a iluminação
Combinando com a decoração
A ponte se vê de longe
Harmonizada ao pavilhão
Como diz no hino
O brasão da vitória
Do sim sobre o não

Osasquense não no documento
Só no título pra eleição,  minha opção
CEP 0656
OSASCO - SP
Na moral, de coração.

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Muitíssimo obrigado. Coloca aí quem é vc. É sempre bom interagir com quem visita e comenta aqui no blog.

      Excluir
  2. Parabéns Diego!! Lindo e real! O Bonança invisível que só se torna visível qdo acontecem desgraças e junto com a imprensa chegam os políticos pra aproveitar a propaganda.

    ResponderExcluir
  3. Não sei quem é você, o nome não está identificado, porém, agradeço muito a visita e a iniciativa de comentar. Isso me deixa muito feliz.

    ResponderExcluir