quarta-feira, fevereiro 27, 2013

Sonhos de ilusão

É triste se perder em sonhos
Procurar liberdade cercado
Meu mundo um metro quadrado
Onde tudo que cerca ao meu lado
Perturba até o meu sono
Também quando estou acordado

Uma chave e as portas se abrem
E sonhando tropeço nos passos
Atropelo até meus compassos
E até o que não fiz, eu desfaço
Que as ilusões não se acabem
E ao fim da conta, não venha o traço

Não seja o fim, infeliz
Não tenha o verso vazio
Para que tudo o que eu fiz
Não se equilibre num fio

Que pode romper ou partir
E ao chão me lançar
Será que se assim eu cair
Meu chão está lá

Não sei voar nem pousar
A queda vai me ferir

Relembrando, me perdi

Relembrando ao som da música
Traz o tom daquela voz que ouvi
Toda a noite em que me perdi
Ruas, bares, na mão única

Rumo às rimas que não escrevi
Traço versos à procura
Risco passos que jamais sonhei
Transcender sonho em loucura

Ando sem chão para pisar
Tão no ar que nem sei
Impossível me lançar
Tão sozinho como esta
Intimidade de escrever
Tão triste ainda na espera

Resisto à sua presença aqui
Tento e sofro ao não ouvi-la
Amor demais, só me feri
Tristeza vem me consumir

Existe maior agonia
A um coração apaixonado
Que espera ouvir do outro lado
Da sua voz, alô, bom dia

Rimos à toa bem juntinhos
Intimamente o amor da gente
Tem mais prazer, bem mais carinho
Até o lençol é sempre quente