Inteira

Ouça o poema na voz de Diego Machado

Sob a lua quase inteira

A vida quase inteira

A noite quase inteira

Reflexo quase inteiro

Sob a lua em fase cheia

A vida quase cheia

A noite quase cheia

O amor é quase cheio

Na lua quase inteira

Faltava um pedaço

Na vida em poesia

Sempre falta um traço

Falta a rima perfeita

Na palavra inesperada

Plena e falsa ilusão

ao dizer que falta nada

Sob a lua quase inteira

A poesia quase inteira

A mentira quase inteira

Em um copo quase inteiro

Nesse copo, tem a noite quase inteira

Na mentira, uma vida quase inteira

Na poesia, a ilusão quase inteira

E eu vivo quase inteiro

Quase, pois sempre falta alguém

Quase, pois o passado nos traz alguém

Quase, pois o futuro reserva alguém

Nesse mundo quase inteiro

No mundo, no fundo, no peito quase cheio

No amor, no sonho, no desejo quase cheio

No verso, no encanto, em tudo quase cheio

Percebemos que, na real, não passamos de meio.

(acordei hoje com esta poesia"quase inteira" pronta na cabeça. Precisava transcrevê-la imediatamente. Boa poesia e bom dia aos leitores.)

Amor x Guerra

Um intenso conflito

À La Bagdá, Afeganistão

É a nossa relação

Desde sempre são tiros

Sem trégua de paz

Sem nenhuma razão

Sobreviver na trincheira

Esquivado em barreira

Pra fugir da explosão

É um tempo de guerra

Que o amor não encerra

Uma pura paixão

Que precisa guerrear

Sem motivo atacar

Por amar e amar

Essa tensa emoção

De enfrentar aviões

Bombardeios, nações

Por um amor tão real

Bate no coração

Quer a paz nesse amor

Quer que o pleno calor

Seja o tom da canção

E as palavras trocadas

Não sejam armas viradas

Em nossa direção

Quem conhece um casal?

Ouça o poema na voz de Vivi Andrade

Quem aí não conhece um casal?
Que escondido à penumbra
Ou no escuro das sombras
Viva um amor real

Quem aí não conhece um casal?
Que no carro, na rua
Que, fugindo da lua
Tenha um templo carnal

Quem aí não conhece um casal?
Que se entregam se traem
Cujos corpos se atraem
Ao prazer casual

Quem aí não conhece um casal?
Que a aliança vive feliz
Que não quer destruir a matriz
Construí-la numa filial

Quem aí não conhece um casal?
Que acorda e já manda mensagens
Indiretas em várias postagens
Ciúmes em rede, até não virtual

Quem aí não conhece um casal?
Que anseia esse amor além da trama
De um romance intenso, prazer que inflama
Relação de um desejo não conjugal

Não se afaste

A gente sabe tão bem que a nossa história
Não termina no sim, branco véu e as joias
Mesmo assim, eu preciso dizer
Quero você

Ando em vias e becos com passos no chão
Nosso amor tão real, mas não vivo ilusão
De ter você pra sempre,
Comigo, presente

Nas escuras, na noite ou então alvorada
Um amor tão intenso, um tudo ou nada
Pois há tempos não me inspirava
E nada declarava

Só quero pedir, por favor não se afaste
Se não retribuísse, se eu não me entregasse
Até poderia entender
Mas, você sabe o que eu sinto
Então, me explique por quê...

Reprovado! E o aluno?

Mais uma vez, o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, reprovou um alto índice de bacharéis aspirantes a advogado. Dessa vez, 90%.

A metralhadora imediatamente se direciona às universidades e ao imenso número de faculdades que existe no país. Na maioria, sem o renome das grandonas.

Diferente da maioria, não acredito que o número de faculdades prejudica a qualidade do ensino. Muito pior, seria não ter. Para quem tem recursos mais abastados, essa é a tese. Para quem concluiu o ensino superior em outras instituições, como eu, posso garantir que a faculdade oferece as ferramentas para você ser um profissional reconhecido no mercado. Não que eu tenha atingido tal status, porém, considero-me competente no cumprimento de minhas atribuições jornalísticas. E nem todos que se formaram comigo, conseguiram ir além do transmitido em sala.

Faculdades mil por aí não são a solução para o ensino no Brasil. No entanto, rechaço qualquer ataque a estas opções, pelo simples fato de que, para estas funcionarem, há um setor regulador que as permita; e que no Brasil, isso pode ser fruto de ações ilegais e favorecimentos. Ok, mas, por que não reavaliar as autoridades que permitem a criação destas instituições e a permissão de funcionamento? Esquecemos de algo. E o aluno?

Eventos universitários de integração geralmente são micaretas. Independente de gostar ou não deste tipo de festa, mas, fica muito fácil dispararmos somente contra os formadores e, raras vezes, contra os formandos.

Prefiro que existam Faculdades e opções de estudo com financiamento e apoio à impossibilidade de até certo tempo atrás, que chegava lá quem tinha condições. Quem não tinha... paciência.

Os profissionais antigamente eram melhores? Pode até ser. Mas, diga-me o que não piorou ao longo do tempo? Tudo hoje é mais superficial. É mais vazio. E não é a exclusão de universidades mais baratas e alternativas que vai solucionar este problema.

Amor sem Raiz

É tão bom saber

Que sempre tem alguém

Que quer o nosso bem

Mesmo que não vá dizer

É tão bom viver

Amar e ser amado

Amor compartilhado

Mas ter que esconder

Triste é viver uma história feliz

Amor só de flores, sem fruto e raiz

Que no vaso ou jardim

É o limite e o fim

Pois não vai florescer

É encanto e perfume de rosas enfim

É a vida e você, em sorrisos pra mim

Que refletem desejo

Nas carícias do beijo

Que jamais posso ter

Já que sonhos se fazem em contos e lendas

Mas a vida é outra, espero que entendas

Nós queremos demais

Viver juntos, em paz

Mas, o que fazer?

Nossa história não abre em ‘era uma vez’

Carruagens, palácios, sem nada cortês

É a fuga das ordens do rei

Imoral, infringimos a lei

Pro amor viver

Lua minguante

A lua não mais refletia
Sua imagem
Teu rosto já foi luz do dia
Paisagem

Hoje, com nuvens no céu
O sol logo se acinzentou
O sonho passou pro papel
O brilho, enfim ofuscou

A luz que já fez lua cheia
Tão minguante, e em passado, crescente
Lua nova se apaga na areia
Sem mais ondas, maré que rebente

O beijo de olhos fechados
Enxerga no fundo o que é solidão
E os batimentos acelerados
São controlados na dura razão



(esta é a postagem 200 no blog)

Fabuloso, só o marketing...

e olhe lá...

Não consigo entender essa idolatria da torcida são paulina com o Luis Fabiano. Esse domingo, Milton Neves definiu bem o que eu já digo há tempos: Luis Fabiano é o artilheiro de gols inúteis. Salvo raríssimas exceções, ele decide. Ele tem trocentos gols pelo São Paulo. É um dos maiores artilheiros da história, mas posso apostar que, na maioria desses gols é contra times fracos, jogos sem importância, fora de decisões e confrontos diretos.

Quem aí pode citar ídolos de rivais? No Palmeiras, Edmundo, Evair e até o Valdivia. As lembranças imediatas remetem a gols de título, por mais que no caso do chileno seja o Paulista, mas é.

No Corinthians, Marcelinho, Edilson, Sheik, Guerrero. Decisivos. Dispensa mais explicações e detalhes. Quando se lembra desses nomes, a imagem (triste ou feliz) é da corrida desse jogadores em direção à torcida na comemoração de gols importantes.

Desafio: lembre um gol de título do Fabuloso... Um só. Aquele gol que decide e dá números finais a um campeonato.

Reconheço que é bom ter um atacante como ele no time, mas na hora que precisa... Cadê as fábulas?

E o péssimo futebol do São Paulo não é culpa dele. Os times campeões pelo SPFC tomavam poucos gols. Diferente do que está acontecendo nesse início de ano. Sendo assim... fica difícil.

E sobre o Ganso, ainda acredito que vai ser um excelente jogador com a camisa 8 do nosso manto.

Trote é brincadeira us cambau...

De novo, mais casos absurdos de trotes universitários. Desta vez, na UFMG, com nazismo e racismo. Apesar da rima, temas nada poéticos. E pior que serem alunos de direito, assim como no caso do jovem que morreu há alguns anos em um trote de uma universidade de medicina (se não me engano, por afogamento), é simplesmente serem universitários. Se bem que o termo hoje banalizou geral mesmo. Tem forró, pagode e sertanejo universitário. Acredito que antigamente, muito além do status de ser universitário, pressupunha-se que havia algo mais de capacidade de esforço, de empenho nesses que recebiam esse rótulo de estudante de ensino superior.

Lamentavelmente, isso mudou. E mudou muito. Triste mesmo, muito além da brincadeira (não creio que essas atitudes imbecis se chamem brincadeira, mas, vá lá...) é que jovens que vão operar pessoas, cuidar das leis, escrever em jornais ou exercer qualquer atividade especializada profissional tenha ideias tão imaturas e idiotas assim. 

Cultura é caro???

Ontem (ter, 19/03) comprei um DVD do programa Ensaio da TV Cultura da Elis Regina. Paguei R$7,90. Fiquei feliz pelo meu bolso, mas, triste por lembrar que um DVD de uma dessas celebridades instantâneas custa, em média, R$39,90. Isso que eu chamo de Inversão de Valores.

E a nota triste do dia...

Morreu Emílio Santiago. Para mim, a mais bela voz que o Brasil já teve depois de Nelson Gonçalves. Recomendo duas canções: Flamboyant e ouça também Amigo é para essas coisas, com ele e João Nogueira. 

Chuva é novidade?

Já cantava o poeta: São as águas de março, fechando o verão...

Ou seja, muito antes disso inclusive, já chovia e chove muito em março. Lamentável é que, por mais que se saiba disso, por mais avanço tecnológico que exista nos estudos de meteorologia, esse problema parece algo impossível de se resolver. Curioso é que muitos outros países também devem sofrer com as chuvas, mas não com enchentes e inundações como aqui. Por que será?

Este final de semana, em entrevista à Marília Gabriela, Fernando Haddad, prefeito de São Paulo negou que há possibilidade de se prever estes índices de milímetros de chuva que surpreendem a todos. Como assim não dá para prever isso?

Ok, vamos "acreditar" nessa possibilidade... Então, por que não trabalhar previamente para estruturar a mais do que o previsto? Certamente, amenizaria o problema. A população também tem sua parcela de culpa por jogar lixo nas ruas e rios. Mas, por favor, órgãos públicos, não transfiram a responsabilidade integral ao povo. Assumam a incompetência em não se preparar para as águas de março que fecham o verão...

Como eu sempre digo, chuva é um mal necessário. Atrapalha pra sair, pra fazer um monte de coisas. Chuva é bom pra agricultor e pra vendedor de sombrinha. Só.

E os 10%?

Já com cara de série, estas reclamações e opiniões em prol do consumidor no blog, segue hoje mais uma que, por mais que seja legal, não seja abusiva, seja opcional, francamente, não consigo entender o motivo.

OS 10% DE SERVIÇO COBRADOS NOS RESTAURANTES.

Por favor, acompanhe o raciocínio:
- Você vai a uma farmácia com qual finalidade? Adquirir medicamentos e cosméticos, geralmente. Você já foi cobrado mais 10% sobre o valor do remédio? Acredito e espero que não.

- Você quando vai a uma loja de roupas, o atendente te pede os dez porcento sobre o valor do que você quer comprar? Você quando quer adquirir qualquer produto, você recebe uma cobrança de 10% a mais?

Assim como o exemplo da farmácia, geralmente quem procura um restaurante é para se alimentar. Logo, você "compra" todo o serviço que ele tem para te oferecer. E em um restaurante os serviços oferecidos são a preparação do alimento escolhido e a condução dele até o local onde esteja o cliente.

O cliente quando escolhe restaurante X e não Y, certamente é pela identificação com tal estabelecimento. Logo, o proprietário deveria recebê-lo com satisfação pela visita e com alguns quês de cortesia. E não cobrar valor a mais por ele ter optado ir até aquele estabelecimento.

Há quem vá discordar. Ótimo. Opine aqui. Mas, francamente, não é muito compreensível para mim tal cobrança. E para quem preferir o argumento do opcional pagamento, deixo a sugestão. Experimente dizer no caixa: "Sem os dez por cento, por favor". Via de regra, você se sentirá como se estivesse nu e cheio de gente a sua volta te olhando como um mesquinho e miserável, sem falar naquele comentário de canto de boca do casal que está atrás de você na fila.

Se você leu até aqui, deposite 10% do valor que você paga de internet na conta..............

Brincadeira, seja bem vindo sempre e opine.

Parabéns, consumidor!

Hoje é dia do consumidor

Parabéns a você,

que é enganado

Ludibriado, maltratado

Parabéns, consumidor

Que é mal atendido

Que fica na espera

Baita tempo perdido

Parabéns, consumidor

É importante a sua ligação

Vou estar transferindo

Espere, não desligue, não

Atenção, vendedor

Comece a compreender

Que não fazemos o favor

Implorar pra nos atender

Hoje é dia do consumidor

Parabéns a você,

que é enganado

Ludibriado, maltratado

Parabéns, consumidor

Que é mal atendido

Que fica na espera

Baita tempo perdido

Parabéns, consumidor

É importante a sua ligação

Vou estar transferindo

Espere, não desligue, não

Atenção, vendedor

Comece a compreender

Que não fazemos o favor

De pedir pra nos atender

Parabéns, consumidor

Por sua enorme paciência

E atenção, quem faz as leis

Por favor, mais consciência

Seja bem vindo, volte sempre

Por favor, muito obrigado

Se voltar a ser cliente

É atendimento aprovado

Parabéns consumidor,

Tudo está evoluindo

Em seus direitos, a seu favor

Será que está progredindo?

Mas, atenção consumidor

Tem Zeca Urubu, espertalhão

Que engana e passa a perna

Inventando promoção

Descontinho ou parcelando,

Com vantagens, garantia

Juros, boleto, cartão,

Parabéns consumidor,

e atenção, hoje é seu dia.

Ação de desprezo

Com tanto desprezo
É inevitável a reação
Ninguém só esquece a sensação
De ser invisível
De ser reduzido a abaixo do não

Pois quando o amor
Um dia termina
Esse coração até pode sofrer
Pela rejeição, por amar em vão
Mas, nem ser mais visto,
Sequer ser ouvido
Por aquela voz que ouvia dizer

Que me amava
Que me dava
Bem mais que esperança
Bem mais que prazer

Que me ouvia
Que dizia
Feliz ao seu lado
um dia vou ser

E por que tudo mudou
Sol se foi e o tempo nublou
Meu amor, meu olhar
Ignorou
E até para um oi,
o rosto virou

Melancolia

Pra quê escrever poesia?
Se a vida é uma prosa
Se nada tem rima,
nem tem melodia

Pra que combinar versos
Se tudo é o inverso
Ao que planejamos
Pra ter harmonia

Num pleno universo
Se as nossas ações
interpretações
São hipocrisia

Pra que cantar que é feliz
Enganar o que o coração diz
Viver aquilo que não se quis
O falso sorriso do dia

E à noite descansar
Em vão, vai sonhar
Só que quando acordar
Bom dia,
Melancolia.

Papa argentino

Como não sou especialista em nada e tenho pouquíssimos conhecimentos religiosos para abordar e discutir a escolha do novo papa, o que resta é me divertir com o bom humor de tanta gente após a escolha da nova santidade da igreja. Imagens do cantor Latino de papa, o Inri Cristo de mobilete dizendo que perdeu a eleição e estaria voltando ao Brasil, entre outras, certamente divertiram muita gente nas redes sociais. Até os nomes entraram nas brincadeiras, já que os últimos dois papas foram Chico e Bento. 

Além das brincadeiras, o que chamou a atenção nesse momento pré eleição foi a boca de urna. Ninguém entendendo nada do assunto, mas todo mundo com palpites na ponta da língua. E muitos deles, com toda a banca de um "especialista". Mas, brasileiro curte uma aposta, um pitaco, um "chute". E, por falar em chute, até nossa rivalidade futebolística entrou em jogo. Houve quem não gostou por Jorge Mario Bergoglio ser argentino. Fala sério, né? Mas, nem parecia que era eleição de papa. O clima parecia de fim de novela, de eliminação do BBB, enfim...

E quanto ao brasileiro... Tudo que é evento importante, a gente só faz figuração. É "tipo" cota. Vai lá, faz umas micagens e acreditamos que dessa vez vai, vai... e não vai. Olimpíada, Oscar, e agora, o conclave. É só medalha de honra ao mérito mesmo.

Justo ele?

Por mais contraditório e incoerente que seja este país, precisamos destacar que a incoerência começa em nós mesmos. Dizemos algo e fazemos o contrário. Citando Renato Russo: "ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação", pergunto:

- Quem não conhece alguém que arruma notas frias para abater no Imposto de Renda?
- Quem aí sabe de fatos que poderiam ser denunciados e nos calamos?
- Quem aí nunca usufruiu do tal jeitinho brasileiro?
Resposta: Todos nós.

Somos contra muitas falcatruas políticas, mas de menor relevância, as cometemos na esquina. Não vou defender o pastor eleito para a comissão de Direitos Humanos, Marco Feliciano. Afinal, não tem defesa alguém que diz isso: "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição".

Mas fomos nós que o elegemos deputado. E elegemos os deputados que o colocaram no cargo. Agora, resta lamentar não conhecermos melhor nossos candidatos antes de depositamos o voto a eles na urna.

Absurdo os pensamentos desse cara? Sim, absurdo. No entanto, ninguém pode obrigá-lo a pensar diferente. Pelo menos, parece que esse é o anseio geral dos críticos ao deputado. Que tal simplesmente entender que ele pensa diferente e que, se ele infringir qualquer lei que ataque qualquer grupo, etnia ou classe, aí sim, criticá-lo como qualquer outra pessoa?

Mas, convenhamos, precisaria ser justamente um deputado com pensamentos assim, o eleito para a comissão de direitos humanos? Poderia se evitar tanta polêmica.

Você já viu fração de centavo?

Por favor, alguém me explique: o que seria uma fração de centavo? Se cobram este valor de nós, consumidores de combustível, ele deve existir.

Surgem tantas leis e reivindicações em prol dos direitos do consumidor e bla bla bla. Mas, por que ninguém questiona isso? Existe algo mais obscuro que você ser cobrado em um valor que não existe na moeda vigente do seu país? 2,899 / 2,099 / 1,899. Ahn? Como assim?

Transparência, uma das palavras do momento. Quem apresenta este valor de frações de centavo para o consumidor acompanhar como está sendo cobrado isso? Nem a bomba de combustíveis deve calcular com exatidão. E, se calcula, esconde dos clientes de postos.

Se a gente for pensar que para encher um tanque, essa diferença não chegaria a 40 centavos aproximadamente, que tal calcular que são 40 centavos de todos os dias, todos os carros. Isso em um mês, se bobear, deve pagar até o salário de um dos frentistas ou de um funcionário. E essa cobrança sai do nosso bolso e nem sabemos como contar isso.

Pior que isso, só aquelas letrinhas minúsculas nos comerciais de TV que piscam com um texto enorme em um segundo... 

País da incoerência

Não consigo entender como conseguimos ser tão incoerentes. E também, contraditórios. Agimos extamente da forma oposta da qual idealizamos e da qual julgamos correta. Digo julgamos, pela opinião pública, geralmente em concordância em casos como a morte do boliviano Kevin. 

Sem clubismo algum, hoje, uma universidade se propôs a oferecer um curso gratuito a este jovem após resolver a situação perante à Justiça. Queria muito saber qual é esta universidade. Para nunca citá-la de forma positiva. É uma afronta contra os alunos que lá estudam, trabalham e suam cada segundo para financiar tal investimento. E uma afronta com tanta gente que sequer teve a oportunidade de avançar a níveis escolares como o superior e pós-graduação.

Mas, como nesse país, o errado sempre é quem se dá bem... Parece que o certo é matar, roubar e seguir nesse rumo. Quem rouba, deixa um legado de auxílio reclusão. Quem é roubado ou morto... paciência. Azar dele. 

E aqui, ainda conseguimos nomear como presidente da comissão de Direitos humanos e minorias, um pastor que diz não ter preconceito, apesar de declarações dele já comprometerem este discurso politicamente correto. "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição". Foi isso o que este cidadão postou no twitter. 

Merece mais comentários esta nossa incoerência?

(Continue seguindo o blog. O objetivo é comentarmos os principais assuntos do dia e propor uma nova visão sobre alguns fatos).

E claro, o principal motivo pelo qual este blog foi criado: POEMAS!