Tijolos constroem
Casas, edifícios, escolas, guaritas
Tijolos constroem um lugar
Não histórias para contar
Tijolos fazem paredes onde a vida habita
E a vida é quem pode se narrar
Com tijolo se faz artes, artesanato
Vira cenário, vira cena pro ato
Lembremos que o tijolo edifica,
Onde um grupo se une e solidifica
O tijolo ouve cada relato
De tão discreto, sequer critica
Após construir lugares
Vira entulho dispensável
Sem apego no canto largado
Não ligue se ele for quebrado
Numa queda é até bem provável
Que outro fim tenha alcançado
Tijolo, entulho, resto de construção
Tijolo, duro, sustenta ação
Tijolo, frio, que aguarda o cimento
Tijolo é um perigo ao alcance da mão
Tijolo constrói o sonho de união
O muro do ressentimento
Ignorância, o põe em ação
Vai da situação, tijolo expressa sentimento
quarta-feira, dezembro 06, 2017
O Tijolo
Lembretes:
#poesiasdodiego,
casas,
constrói,
O Tijolo,
poema,
Poemas,
poesia,
Poesias,
Reflexões,
sentimento
terça-feira, dezembro 05, 2017
CensurOz
A Censura voltou
Podem comemorar
Já barraram show
Exposição, teatro popular
Na rua, na praça, na ocupação
Em todo lugar
Aqui em Osasco, no Calçadão
Já começaram a ocupar
E culpar artistas valentes
De ofensa moral aos princípios
Subvertem longe das lentes
Escondidos atos promíscuos
E na casa de lei, infringem-nas
Em envelopes nada cristãos
Discursos e ameaças misóginas
Exposta ao vivo em televisão
E ainda teve defensor
Quem inverteu a situação
Aplaudiu ato opressor
De censurar nossa expressão
É, minha gente, regime instalado
O desmonte cultural se implantou, é real
Osasco está encurralado
Resiste na Tenente e Marechal
Osasco, que asco dessa censura
Fiasco a legislatura
Que oprime
Artista, não o crime
Pois lhe falta envergadura
Ela só tem culhão
Contra encenação, exposição, canção
Declamação, literatura
Arte leva à reflexão
Hoje se leva a expressão
Ouve-se palmas à viatura
Podem comemorar
Já barraram show
Exposição, teatro popular
Na rua, na praça, na ocupação
Em todo lugar
Aqui em Osasco, no Calçadão
Já começaram a ocupar
E culpar artistas valentes
De ofensa moral aos princípios
Subvertem longe das lentes
Escondidos atos promíscuos
E na casa de lei, infringem-nas
Em envelopes nada cristãos
Discursos e ameaças misóginas
Exposta ao vivo em televisão
E ainda teve defensor
Quem inverteu a situação
Aplaudiu ato opressor
De censurar nossa expressão
É, minha gente, regime instalado
O desmonte cultural se implantou, é real
Osasco está encurralado
Resiste na Tenente e Marechal
Osasco, que asco dessa censura
Fiasco a legislatura
Que oprime
Artista, não o crime
Pois lhe falta envergadura
Ela só tem culhão
Contra encenação, exposição, canção
Declamação, literatura
Arte leva à reflexão
Hoje se leva a expressão
Ouve-se palmas à viatura
sexta-feira, outubro 27, 2017
Ódio x Amor
Com o ódio tão presente
Com o ódio instalado
Tem gente que odeia a gente
Sem motivo declarado
É como um óleo fervente
Por vingança, preparado
Queima quem é diferente
Só por isso é odiado
A gente precisa sim, é de mais amor
A gente precisa sim, pedir por favor
A gente precisa ter sim, mais compaixão
A gente precisa respeitar sim, a opinião
E quem duvidar que o amor é que pode mudar tudo isso
Faça então a reflexão no seu momento mais pessoal
Quem ganhou algo de bom sendo expansivamente destrutivo
Quem conquistou algo de bom só fortalecendo o mal
Amor quando a gente põe em canção ou declama em poesia
Não pode ser da boca pra fora nem somente aos mais chegados
Amor é algo que contempla uma tal de cidadania
Amor é rosto à mostra no baile dos mascarados
Ame igual o romantismo de um inspirado compositor
Ame igual amava como amava um pescador
Ame, por amar, para o ódio não se impor
Ame, ame, ame, seja amor, seja qual for
Seja pra cantar, pra dizer, pra ir na praça e declamar
Faça por onde, não deixar o amor silenciado
O ódio não cansa de se espalhar, de berrar, de gritar
Ele existia, com agonia, por covardia era calado
Agora, tão ostentado em qualquer lugar
Tal qual a peste, é facilmente proliferado
Você, quando está só você, já parou pra pensar
Se joga ódio no ar e busca ao fim ser amado?
Com o ódio instalado
Tem gente que odeia a gente
Sem motivo declarado
É como um óleo fervente
Por vingança, preparado
Queima quem é diferente
Só por isso é odiado
A gente precisa sim, é de mais amor
A gente precisa sim, pedir por favor
A gente precisa ter sim, mais compaixão
A gente precisa respeitar sim, a opinião
E quem duvidar que o amor é que pode mudar tudo isso
Faça então a reflexão no seu momento mais pessoal
Quem ganhou algo de bom sendo expansivamente destrutivo
Quem conquistou algo de bom só fortalecendo o mal
Amor quando a gente põe em canção ou declama em poesia
Não pode ser da boca pra fora nem somente aos mais chegados
Amor é algo que contempla uma tal de cidadania
Amor é rosto à mostra no baile dos mascarados
Ame igual o romantismo de um inspirado compositor
Ame igual amava como amava um pescador
Ame, por amar, para o ódio não se impor
Ame, ame, ame, seja amor, seja qual for
Seja pra cantar, pra dizer, pra ir na praça e declamar
Faça por onde, não deixar o amor silenciado
O ódio não cansa de se espalhar, de berrar, de gritar
Ele existia, com agonia, por covardia era calado
Agora, tão ostentado em qualquer lugar
Tal qual a peste, é facilmente proliferado
Você, quando está só você, já parou pra pensar
Se joga ódio no ar e busca ao fim ser amado?
Lembretes:
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Amor,
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sexta-feira, outubro 20, 2017
Dia da... Mas, sem poesia
Bem hoje, Dia da Poesia, vou desabafar aqui, sem rima, simplesmente pra tirar do meu peito esse incômodo que quase me sufoca. Hoje, me tira o sono. Por consequência, a paz. Paz? Que porra é essa de paz?!
Paz encontro na solidão, tão rara. Há quem possa entender o desejo de estar só, pois ninguém seria o suficiente pra mim; no entanto, vejo do lado oposto do prisma. Meu objetivo é não ser um estorvo, com minhas lamúrias (declaradas ou não), com minhas inseguranças.
Por vezes, escrevo pois vem inspiração. Por vezes, desabafo. Por vezes, a inspiração abafo. Por vezes, inspiro o desabafo. E não o expiro.
A esta hora da madrugada que escrevo, com sono perambulante, busco apenas passar pro papel a agonia de se sentir sem estar acordado e, ao mesmo tempo, sem sono. Como pode isso? É não procurar a renovação de energia pois não se sabe qual sua finalidade quando reposta.
Não se descansa pois não há motivo pra cansar e isso vira um ciclo.
Dizem: é o ciclo da vida.
Dizem que há uma para ser vivida, que há tanta vida lá fora... desculpe, mas não há nem aqui dentro...
Até pra ter coragem de ... enfim, deixa...
Até pra escrever, falta...
Paz encontro na solidão, tão rara. Há quem possa entender o desejo de estar só, pois ninguém seria o suficiente pra mim; no entanto, vejo do lado oposto do prisma. Meu objetivo é não ser um estorvo, com minhas lamúrias (declaradas ou não), com minhas inseguranças.
Por vezes, escrevo pois vem inspiração. Por vezes, desabafo. Por vezes, a inspiração abafo. Por vezes, inspiro o desabafo. E não o expiro.
A esta hora da madrugada que escrevo, com sono perambulante, busco apenas passar pro papel a agonia de se sentir sem estar acordado e, ao mesmo tempo, sem sono. Como pode isso? É não procurar a renovação de energia pois não se sabe qual sua finalidade quando reposta.
Não se descansa pois não há motivo pra cansar e isso vira um ciclo.
Dizem: é o ciclo da vida.
Dizem que há uma para ser vivida, que há tanta vida lá fora... desculpe, mas não há nem aqui dentro...
Até pra ter coragem de ... enfim, deixa...
Até pra escrever, falta...
quinta-feira, outubro 19, 2017
Covarde alcance
Não deixe ao meu alcance
Nada que me permita invadir
Nada que a pele avance
A ponto de o sangue cair
Nem uma ponta de lança
Nem um tambor pra munir
Se viva, a alma remansa
Na ânsia de se destruir
E viva, sem vivas e interjeições
Ela cumpre sua missão
Sem ousar fazer questões
Relega a emoção
Aceitou as frustrações
De um sorriso abriu mão
Projeta encarnações
Em troca dessa sem razão
Sem razão, ação, reações
Ligeira e fria pulsação
Roleta Russa em condições
Uma só! Libertação
Lembretes:
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Covarde,
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segunda-feira, outubro 09, 2017
Nordeste libertado
No Sul, há um movimento separatista
Coisa essa que já vi aqui de paulista
Mas, sou mais o Bráulio Bessa, cordelista
Nordestino, orgulhoso de seu lugar
Poetizar sobre a questão de separar
Queriam do Nordeste se libertar
Tudo começou pós eleição pra presidente
Em que o Nordeste teve peso influente
Teve um povo que ficou revoltado
Indignado por ter sido no voto derrotado
E o debate por isso foi alçado
Pensar num Brasil, com o Nordeste separado
Será que isso ocorrerá um dia
Bráulio Bessa, o poeta citado
Perguntou e explanou em versos como seria
O Nordeste sim que se livraria
Desse povo todo cult e arrojado
O que eu queria mesmo é que me fosse perguntado
Qual posição tomaria
Eu nem por um segundo dúvidas teria
Se aqui por São Paulo continuaria
Ou minhas malas arrumaria
Nem precisaria ficar tão preocupado
Com o que pela frente encontraria
Eu aprendo o dialeto complicado
Se o Brasil fosse "libertado"
Eu já escolhi pra qual lado eu iria
Por onde o visto é carimbado?
Posso entrar pela Bahia?
Coisa essa que já vi aqui de paulista
Mas, sou mais o Bráulio Bessa, cordelista
Nordestino, orgulhoso de seu lugar
Poetizar sobre a questão de separar
Queriam do Nordeste se libertar
Tudo começou pós eleição pra presidente
Em que o Nordeste teve peso influente
Teve um povo que ficou revoltado
Indignado por ter sido no voto derrotado
E o debate por isso foi alçado
Pensar num Brasil, com o Nordeste separado
Será que isso ocorrerá um dia
Bráulio Bessa, o poeta citado
Perguntou e explanou em versos como seria
O Nordeste sim que se livraria
Desse povo todo cult e arrojado
O que eu queria mesmo é que me fosse perguntado
Qual posição tomaria
Eu nem por um segundo dúvidas teria
Se aqui por São Paulo continuaria
Ou minhas malas arrumaria
Nem precisaria ficar tão preocupado
Com o que pela frente encontraria
Eu aprendo o dialeto complicado
Se o Brasil fosse "libertado"
Eu já escolhi pra qual lado eu iria
Por onde o visto é carimbado?
Posso entrar pela Bahia?
sexta-feira, outubro 06, 2017
Desisti
Eu desisti
Não vou mais debater
Resistir
Vou calar
Sucumbi
Aceitar que caí
Sem forças, me rendi
Nada a dizer
Palavras perdi
Não vou procurar
Tanto que pedi
Pra escutar, não consegui
Sigo cumprindo apenas a função determinada
Com total apatia a tudo que me circunda
O tempo vai deixando a olheira marcada
E a dor mais frequente em coluna corcunda
E hoje meu impulso está transformado em nada
Abaixo do nível, imerso corpo se afunda
A respiração rende-se, sem garra, afogada
A água que invade, a ideia inunda
Afoga-se, parte, sem dor perturbada
A ideia se foi, não mais se aprofunda
No fundo, no fundo, não será nem lembrada
Nem boiando em qualquer praia imunda
Para essa passagem de vida findada
Quando o corpo encontrar, sempre tem um que assunta
Será que essa história seria mudada, continuada
Ou sequer pensarão em fazer a pergunta?
Não vou mais debater
Resistir
Vou calar
Sucumbi
Aceitar que caí
Sem forças, me rendi
Nada a dizer
Palavras perdi
Não vou procurar
Tanto que pedi
Pra escutar, não consegui
Sigo cumprindo apenas a função determinada
Com total apatia a tudo que me circunda
O tempo vai deixando a olheira marcada
E a dor mais frequente em coluna corcunda
E hoje meu impulso está transformado em nada
Abaixo do nível, imerso corpo se afunda
A respiração rende-se, sem garra, afogada
A água que invade, a ideia inunda
Afoga-se, parte, sem dor perturbada
A ideia se foi, não mais se aprofunda
No fundo, no fundo, não será nem lembrada
Nem boiando em qualquer praia imunda
Para essa passagem de vida findada
Quando o corpo encontrar, sempre tem um que assunta
Será que essa história seria mudada, continuada
Ou sequer pensarão em fazer a pergunta?
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Reflexões,
Tristes
quinta-feira, outubro 05, 2017
Calam-me
Escrevo
Desbravo
Esquivo
Escravo
Agito
Reajo
O crivo
Um cravo
Cravam-me
Calam-me
Resvalo
Escapo
Travam-me
Barram-me
Reparo
Disparo
Gasto a letra na caneta ou digito
Tinta preta que não pinta, só escrito
Fico à margem desse ultraje infinito
A chantagem engrenagem onde habito
Não recluso, esse abuso eu relato
Não recuso, só acuso ou delato
Bolso cheio, só recreio em retrato
Vou no meio do recheio ou combato?
Sua posição, sua ação definirá
É aliado ou do outro lado, que lado está
Será o passado ultrapassado que voltará
Um novo Estado que deu errado retomará
Velho regime de novo imprime quem vai mandar
Não se redime e vem mais crime pra nos lembrar
Você nem finge, se não te atinge, o polegar
Que ele assassine a gente, assine pra nos calar
Tirar-nos a voz, devolver vosso ar
Desbravo
Esquivo
Escravo
Agito
Reajo
O crivo
Um cravo
Cravam-me
Calam-me
Resvalo
Escapo
Travam-me
Barram-me
Reparo
Disparo
Gasto a letra na caneta ou digito
Tinta preta que não pinta, só escrito
Fico à margem desse ultraje infinito
A chantagem engrenagem onde habito
Não recluso, esse abuso eu relato
Não recuso, só acuso ou delato
Bolso cheio, só recreio em retrato
Vou no meio do recheio ou combato?
Sua posição, sua ação definirá
É aliado ou do outro lado, que lado está
Será o passado ultrapassado que voltará
Um novo Estado que deu errado retomará
Velho regime de novo imprime quem vai mandar
Não se redime e vem mais crime pra nos lembrar
Você nem finge, se não te atinge, o polegar
Que ele assassine a gente, assine pra nos calar
Tirar-nos a voz, devolver vosso ar
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sexta-feira, setembro 29, 2017
Sentido
Uma arma na mão
na cabeça, pressão
agonia sem dimensão
Dedo no gatilho
comprimido
Pulso ferido
És vã, depressão
dada a condição
Agradeça em oração
Não faz sentido
Um infeliz sucedido
num disparo destruído
Sentido, palavra de ampla visão
Pode ter razão sem coração?
O que nos mantém vivo é pulsação
cabe a reflexão
Se você tem resistido
Merece ser aplaudido
Tem se mostrado aguerrido
Ao render-se à situação
O lado dor é o campeão
Sem comemoração
É um livramento concedido
Pros outros sofrido
Pro autor, sentido
Sentido no sentido de lesão
e sentido de por fim à depressão
É exatamente o contrário
Eu não quis chamar atenção
Ninguém desiste pra ser percebido
O descaso é a causa de ter desistido
É um triste combate definido
Não mais respirar em vão
O vão do disparo e no peito atingido
na cabeça, pressão
agonia sem dimensão
Dedo no gatilho
comprimido
Pulso ferido
És vã, depressão
dada a condição
Agradeça em oração
Não faz sentido
Um infeliz sucedido
num disparo destruído
Sentido, palavra de ampla visão
Pode ter razão sem coração?
O que nos mantém vivo é pulsação
cabe a reflexão
Se você tem resistido
Merece ser aplaudido
Tem se mostrado aguerrido
Ao render-se à situação
O lado dor é o campeão
Sem comemoração
É um livramento concedido
Pros outros sofrido
Pro autor, sentido
Sentido no sentido de lesão
e sentido de por fim à depressão
É exatamente o contrário
Eu não quis chamar atenção
Ninguém desiste pra ser percebido
O descaso é a causa de ter desistido
É um triste combate definido
Não mais respirar em vão
O vão do disparo e no peito atingido
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Tristes
quinta-feira, setembro 28, 2017
Poesia no Horizonte
Certa vez, um poeta e professor
Ensinou, publicou
Que a poesia está no ar
Está no olhar,
no observar
Com pretensa ousadia
Digo que a poesia
Não apenas flutua
Esperando que a peguem crua
E em linhas, a molde
Isso não resolve
Sua definição
Poesia é sim, visão
Olfato, tato, paladar
Sistema nervoso, coração
Batimento e pulsar
A poesia não só não está presa em nós
Cegos, atados, em nós
A poesia é o outro,
o encontro
De se por no lugar
De se imaginar
Como se sente, se é que sente
Se contente, se consente, se ressente
Poesia não é só dentro da gente
É saber que o horizonte não está
somente à frente.
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reflexão,
Reflexões,
Ricardo Dias
terça-feira, setembro 26, 2017
Campos iguais
Tá na reeedeee
A fome, a sede
Não elas, propriamente ditas
E sim, a fome e sede de vida
Uma copa no Brasil
Não o 7 a 1 que sucumbiu
Nossa amarela seleção
Copa dos refugiados da nação
No Pacaembu, o jogo decisivo
O futebol, suado lenitivo
Na final, Marrocos e Nigéria
A bola rola, é coisa séria
À Nigéria campeã, o respeito
Os sobreviventes do preconceito
Copa onde todos competidores
Driblaram a guerra, os goleadores
Os gols? Nesse caso sim, um mero detalhe
E o placar que de fato vale
É abrirmos nossa meta pro cobrador do penal
Que ele corra pro abraço mais natural
De quem vai pra rede, seja ou não a final
E que a gente o tratasse, o abraçasse
Feito um gol no mundial
A bola vai pra rede, o chutador vibra, o juiz apita
E também por uma rede, há uma dor que limita
Um disparo e o gol que a torcida grita
Campo de guerra ou campo de jogo
Todo mundo é igual. Reflita.
A fome, a sede
Não elas, propriamente ditas
E sim, a fome e sede de vida
Uma copa no Brasil
Não o 7 a 1 que sucumbiu
Nossa amarela seleção
Copa dos refugiados da nação
No Pacaembu, o jogo decisivo
O futebol, suado lenitivo
Na final, Marrocos e Nigéria
A bola rola, é coisa séria
À Nigéria campeã, o respeito
Os sobreviventes do preconceito
Copa onde todos competidores
Driblaram a guerra, os goleadores
Os gols? Nesse caso sim, um mero detalhe
E o placar que de fato vale
É abrirmos nossa meta pro cobrador do penal
Que ele corra pro abraço mais natural
De quem vai pra rede, seja ou não a final
E que a gente o tratasse, o abraçasse
Feito um gol no mundial
A bola vai pra rede, o chutador vibra, o juiz apita
E também por uma rede, há uma dor que limita
Um disparo e o gol que a torcida grita
Campo de guerra ou campo de jogo
Todo mundo é igual. Reflita.
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terça-feira, setembro 19, 2017
Adoece
Dois mil e dezessete
Setembro, acordei
Olho na manchete:
Permitida a cura gay
Não sei o que acontece
No tempo viajei
Pr’um tempo que precede
À época, não enfrentei
Um tempo que o cassetete
Era o senhor da lei
O soldado com seu cap
Marchava e se achava um rei
Momento que entristece
Cujo choro segurei
Com medo que regresse
Ainda não me adaptei
Que meu cérebro processe
Quem sabe aceitarei
Meu coração se compadece
Com o que sinto que verei
Ah, quem dera se eu pudesse...
Voltar no tempo? Já voltei!
Arte aqui se impede
Fala-se até de cura gay
Doença que se reverte
Nesse caminho, sofrerei
Em Brasília, tudo se pede
Se concedido, votarei
Contudo, o povo se perde
Num destino que vislumbrei
Aplaudiu, então merece
Não me compadecerei
Não será oração ou prece
Que eu acreditarei
Que o país laico progresse
Nem tampouco, marcharei
Pena que o povo esquece
Eu não apagarei
Pois nossa memória padece
E hoje me aproximei
De um passado que aborrece
Que pela frente viverei
Enquanto não me decepe
Pensarei
E meu verso não emudece
Escreverei
O retrocesso me adoece
Será dele que morrerei
Setembro, acordei
Olho na manchete:
Permitida a cura gay
Não sei o que acontece
No tempo viajei
Pr’um tempo que precede
À época, não enfrentei
Um tempo que o cassetete
Era o senhor da lei
O soldado com seu cap
Marchava e se achava um rei
Momento que entristece
Cujo choro segurei
Com medo que regresse
Ainda não me adaptei
Que meu cérebro processe
Quem sabe aceitarei
Meu coração se compadece
Com o que sinto que verei
Ah, quem dera se eu pudesse...
Voltar no tempo? Já voltei!
Arte aqui se impede
Fala-se até de cura gay
Doença que se reverte
Nesse caminho, sofrerei
Em Brasília, tudo se pede
Se concedido, votarei
Contudo, o povo se perde
Num destino que vislumbrei
Aplaudiu, então merece
Não me compadecerei
Não será oração ou prece
Que eu acreditarei
Que o país laico progresse
Nem tampouco, marcharei
Pena que o povo esquece
Eu não apagarei
Pois nossa memória padece
E hoje me aproximei
De um passado que aborrece
Que pela frente viverei
Enquanto não me decepe
Pensarei
E meu verso não emudece
Escreverei
O retrocesso me adoece
Será dele que morrerei
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sexta-feira, setembro 15, 2017
Leco Fez Nossa Vez
Leco, você fez
Chegar nossa vez
Mundiais são três
Brasileirão, são seis
Você está conseguindo sua missão
Sofrimento à nossa nação
Rebaixar-nos de divisão
Omisso, sequer tem culhão
E fala com uma soberba nojenta
Humilhação que o torcedor aguenta
Veste o manto, o vexame enfrenta
Em nada, há anos, nos representa
Você não tem a dimensão do que é o Tricolor
Hoje presidente; há uma década, diretor
Década triste, da qual é o autor
Recolha sua corja e se vá, por favor
Nossas estrelas te representam nada
Nossa torcida na arquibancada
Nossa trajetória menosprezada
Sua incompetência arquitetada
O São Paulo que faz bater meu coração
É aquele que em 3 vezes no Japão
Em todas, voltou campeão
Time inglês, italiano e o catalão
Será que quando chega ao seu lar
Ninguém o ousa questionar?
Papai, vovô, o São Paulo como está?
Confiem, eu sei administrar
Olhe no espelho e essa frase repita
Eu sei administrar. Realmente acredita?
Se é que consegue, por favor, reflita
Ou será o nome dessa herança maldita?
Não creio ser coincidência
Seu período na presidência
Tamanha decadência
Vergonha em evidência
Amoroso declarou: 'viraremos MorumTri'
Nossa camisa 10 foi usada por Raí
No tri nacional, comandante Muricy
Tratou o Mito como qualquer um por aí
Nosso escudo tem estrelas e três cores
Ilustram conquistas, nossos valores
Somos formadores
Éramos referência como administradores
Porém na mão dos senhores
Indignos, incapazes diretores
Repleto de juristas, doutores
Na bola, não passam de amadores
A cada jogo, temores
A cada gol, as dores
Culpa de projetos devastadores
Intencionais destruidores
Nós somos os construtores
Dessa fé, mantenedores
O maior entre os amores
Vocês não, não são torcedores
Talvez de times de outras cores
Que as glórias não fiquem no passado
Como no hino é cantado
Nós sim, somos tricolores
São Paulo Futebol Clube
Clube bem amado
De glórias e vencedores
Chegar nossa vez
Mundiais são três
Brasileirão, são seis
Você está conseguindo sua missão
Sofrimento à nossa nação
Rebaixar-nos de divisão
Omisso, sequer tem culhão
E fala com uma soberba nojenta
Humilhação que o torcedor aguenta
Veste o manto, o vexame enfrenta
Em nada, há anos, nos representa
Você não tem a dimensão do que é o Tricolor
Hoje presidente; há uma década, diretor
Década triste, da qual é o autor
Recolha sua corja e se vá, por favor
Nossas estrelas te representam nada
Nossa torcida na arquibancada
Nossa trajetória menosprezada
Sua incompetência arquitetada
O São Paulo que faz bater meu coração
É aquele que em 3 vezes no Japão
Em todas, voltou campeão
Time inglês, italiano e o catalão
Será que quando chega ao seu lar
Ninguém o ousa questionar?
Papai, vovô, o São Paulo como está?
Confiem, eu sei administrar
Olhe no espelho e essa frase repita
Eu sei administrar. Realmente acredita?
Se é que consegue, por favor, reflita
Ou será o nome dessa herança maldita?
Não creio ser coincidência
Seu período na presidência
Tamanha decadência
Vergonha em evidência
Amoroso declarou: 'viraremos MorumTri'
Nossa camisa 10 foi usada por Raí
No tri nacional, comandante Muricy
Tratou o Mito como qualquer um por aí
Nosso escudo tem estrelas e três cores
Ilustram conquistas, nossos valores
Somos formadores
Éramos referência como administradores
Porém na mão dos senhores
Indignos, incapazes diretores
Repleto de juristas, doutores
Na bola, não passam de amadores
A cada jogo, temores
A cada gol, as dores
Culpa de projetos devastadores
Intencionais destruidores
Nós somos os construtores
Dessa fé, mantenedores
O maior entre os amores
Vocês não, não são torcedores
Talvez de times de outras cores
Que as glórias não fiquem no passado
Como no hino é cantado
Nós sim, somos tricolores
São Paulo Futebol Clube
Clube bem amado
De glórias e vencedores
PPP: Perguntas Político-poéticas
O que você quer de verdade?
Acabar com a corrupção?
Vamos prender o ladrão?
O quê? Tem uma infinidade?
Até onde vai sua vontade?
Até todos estarem presos?
Ou quer alguns ilesos?
Quem não merece liberdade?
O ex-presidente?
O atual?
O concorrente?
É tudo igual?
O que temos na mão pra prisão?
Gravações de delação?
Qual delas é real?
Quem está com a razão?
Quem mente na cara-de-pau?
Qual dos companheiros mente?
Vai acreditar em qual petista?
Não era tudo vigarista?
Você fica com qual versão dos 'Batista'?
Na gravação entregue ao jornalista?
Ou na recuperada, já que deixou pista?
Quem merece crédito quando delata?
Por que o delator lá está?
Por questões morais?
Pra que o mal combata?
Quem ousa acreditar?
A palavra desses merece crédito?
Pela idoneidade, algum mérito?
Vamos falar de um recente pretérito?
Posso repetir o questionamento?
O que você quer de verdade?
O que fez pra essa meta?
Manifestou-se pela cidade?
Optou pela passividade?
Ou vai esperar ano que vem?
Ano que vem tem eleição, né?
Vai votar em quem?
Por favor, pode não me dizer?
Mas você votou na anterior?
Em quem ganhou o poder?
Ou em quem tomou ao se impor?
Absteve-se na hora H?
Por que não quis se posicionar?
Nenhum merecia te representar?
Agora merece?
Não? O que fez pra mudar?
O que mudou pra agora?
Não vai mais lá fora manifestar?
Todo político é bandido?
Bandido bom é bandido morto?
Numa sociedade cristã?
Quer matar, mas, punir o aborto?
Quer desabafar no divã?
Pode me explicar esse afã?
Quer uma sociedade justa?
De fato?
Me ajuda a entender seu relato?
Quer vingança por assassinato?
Quer o filho cristão, sensato?
Mas só espalha ódio... e esse hiato?
Esse ato é condizente?
Ao princípio moral de sua fé?
A propósito, qual é?
Pode, de novo, por favor, não me contar?
Posso te pedir pra repensar?
Religião é pra unir e amar?
O que tem feito pra melhorar?
Tem se posicionado pra opinar?
Posso aqui propor?
Antes de se declarar, pode avaliar?
Há base pra falar?
Esta semana você viu o furor?
Aquele da exposição sobre sexualidade?
A quantas exposições tem ido?
Terias deveras propriedade?
E o assunto da escola sem partido?
Acredita em imparcialidade?
Sendo bovinamente conduzido pela Globo e sua grade?
Sério mesmo que sobre tudo opina?
Votou em qual dos que recebeu propina?
No PT onde corrupção é sina?
Ou no do helicóptero cheio de ... declina
Você sabia que essa poltrona reclina?
Vai respondendo... me ensina?
Quer condição que conjumina?
Será que refletindo a gente atina?
Sabia que silêncio também combina?
Ódio em plena valorização divina?
Por favor, responde aí e assina!
Acabar com a corrupção?
Vamos prender o ladrão?
O quê? Tem uma infinidade?
Até onde vai sua vontade?
Até todos estarem presos?
Ou quer alguns ilesos?
Quem não merece liberdade?
O ex-presidente?
O atual?
O concorrente?
É tudo igual?
O que temos na mão pra prisão?
Gravações de delação?
Qual delas é real?
Quem está com a razão?
Quem mente na cara-de-pau?
Qual dos companheiros mente?
Vai acreditar em qual petista?
Não era tudo vigarista?
Você fica com qual versão dos 'Batista'?
Na gravação entregue ao jornalista?
Ou na recuperada, já que deixou pista?
Quem merece crédito quando delata?
Por que o delator lá está?
Por questões morais?
Pra que o mal combata?
Quem ousa acreditar?
A palavra desses merece crédito?
Pela idoneidade, algum mérito?
Vamos falar de um recente pretérito?
Posso repetir o questionamento?
O que você quer de verdade?
O que fez pra essa meta?
Manifestou-se pela cidade?
Optou pela passividade?
Ou vai esperar ano que vem?
Ano que vem tem eleição, né?
Vai votar em quem?
Por favor, pode não me dizer?
Mas você votou na anterior?
Em quem ganhou o poder?
Ou em quem tomou ao se impor?
Absteve-se na hora H?
Por que não quis se posicionar?
Nenhum merecia te representar?
Agora merece?
Não? O que fez pra mudar?
O que mudou pra agora?
Não vai mais lá fora manifestar?
Todo político é bandido?
Bandido bom é bandido morto?
Numa sociedade cristã?
Quer matar, mas, punir o aborto?
Quer desabafar no divã?
Pode me explicar esse afã?
Quer uma sociedade justa?
De fato?
Me ajuda a entender seu relato?
Quer vingança por assassinato?
Quer o filho cristão, sensato?
Mas só espalha ódio... e esse hiato?
Esse ato é condizente?
Ao princípio moral de sua fé?
A propósito, qual é?
Pode, de novo, por favor, não me contar?
Posso te pedir pra repensar?
Religião é pra unir e amar?
O que tem feito pra melhorar?
Tem se posicionado pra opinar?
Posso aqui propor?
Antes de se declarar, pode avaliar?
Há base pra falar?
Esta semana você viu o furor?
Aquele da exposição sobre sexualidade?
A quantas exposições tem ido?
Terias deveras propriedade?
E o assunto da escola sem partido?
Acredita em imparcialidade?
Sendo bovinamente conduzido pela Globo e sua grade?
Sério mesmo que sobre tudo opina?
Votou em qual dos que recebeu propina?
No PT onde corrupção é sina?
Ou no do helicóptero cheio de ... declina
Você sabia que essa poltrona reclina?
Vai respondendo... me ensina?
Quer condição que conjumina?
Será que refletindo a gente atina?
Sabia que silêncio também combina?
Ódio em plena valorização divina?
Por favor, responde aí e assina!
Lembretes:
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quinta-feira, setembro 14, 2017
Outro Beat
Que todos em casa me perdoem
Por mais que meus versos destoem
Das trilhas que me mostraram
O beat que vocês ouvem
Nos meus, nunca afinaram
E não tem o propósito dissonante
Exerço a pausa, silêncio constante
A ponto de ser apenas introdução
Ouço um a um, em seu tom vibrante
Não acrescento uma nota à canção
Se o fizesse, fora de tempo estaria
Pois ouço outra melodia
Que não adiantaria
Tentar detalhar, explicar
Pois já tentei isso dia após dia
Tamanha foi a apatia
Parece até que não se ouvia
Tanto faz meu calar ou falar
Já pensei calar de vez
Emudecer definitivo
Meu verso foi proibitivo
Ele me ouviu, foi cortês
Também mudo, compreensivo
Ao desabafo depressivo
Poesia no ar, no papel
Cada vez, menos linhas
Menos palavras ao léu
Menos conversas só minhas
Sozinhas
Por mais que meus versos destoem
Das trilhas que me mostraram
O beat que vocês ouvem
Nos meus, nunca afinaram
E não tem o propósito dissonante
Exerço a pausa, silêncio constante
A ponto de ser apenas introdução
Ouço um a um, em seu tom vibrante
Não acrescento uma nota à canção
Se o fizesse, fora de tempo estaria
Pois ouço outra melodia
Que não adiantaria
Tentar detalhar, explicar
Pois já tentei isso dia após dia
Tamanha foi a apatia
Parece até que não se ouvia
Tanto faz meu calar ou falar
Já pensei calar de vez
Emudecer definitivo
Meu verso foi proibitivo
Ele me ouviu, foi cortês
Também mudo, compreensivo
Ao desabafo depressivo
Poesia no ar, no papel
Cada vez, menos linhas
Menos palavras ao léu
Menos conversas só minhas
Sozinhas
Lembretes:
Desabafos,
Outro beat,
Poemas,
Poesias,
Reflexões
Minha bagagem
Minha bagagem não tem
Os grandes clássicos da literatura
Assumo a falha, mas, não aceito porém,
Questionar minha cultura
Li alguns grandes autores
Na escola e algum tempo depois
Que me desculpem os mestres doutores
Sou bem mais Nei Lopes, D2
Sou Bezerra, Dicró, Morengueira
Sou João e seu Nó Na Madeira
Sou Cacique, a tamarineira
Rainha Leci, Clara guerreira
Sou Martinho, partido e pandeiro
O lamento de Paulo Cesar Pinheiro
Leva Meu Samba, meu mensageiro
Almir e Da Cruz; Beth, as damas primeiro
Minha poesia pode até ser rebuscada
Culpa de Um Homem Na Estrada
Ao ouvir, minha alma é elevada
Num sarau, poesia declamada
Foram essas raízes, minha influência
Aos poucos, adquiri a consciência
Que estes construíram minha essência
Minha poesia? Só quer dar sequência...
Os grandes clássicos da literatura
Assumo a falha, mas, não aceito porém,
Questionar minha cultura
Li alguns grandes autores
Na escola e algum tempo depois
Que me desculpem os mestres doutores
Sou bem mais Nei Lopes, D2
Sou Bezerra, Dicró, Morengueira
Sou João e seu Nó Na Madeira
Sou Cacique, a tamarineira
Rainha Leci, Clara guerreira
Sou Martinho, partido e pandeiro
O lamento de Paulo Cesar Pinheiro
Leva Meu Samba, meu mensageiro
Almir e Da Cruz; Beth, as damas primeiro
Minha poesia pode até ser rebuscada
Culpa de Um Homem Na Estrada
Ao ouvir, minha alma é elevada
Num sarau, poesia declamada
Foram essas raízes, minha influência
Aos poucos, adquiri a consciência
Que estes construíram minha essência
Minha poesia? Só quer dar sequência...
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segunda-feira, setembro 11, 2017
Casas Abandonadas
Como me fascinam as portas trancadas
De casas abandonadas
É imediata a reflexão
Quanta história já aconteceu aí dentro
Seja uma portinha ou um casarão
No meu caminho contra o fracasso
Em dois desses locais, eu passo
Na casa, ninguém mora mais
Nem sei se é uma casa
Ou um quartinho de materiais
No outro, era point de diversão
Música, baile, bar, curtição
Hoje sobrou a desbotada pintura
Poeira no vidro por dentro
Foram brindes sem literatura
Copos que mancharam balcões
Olhares e vãs ilusões
Que o destino às vezes apronta
O último giro da chave que tranca
É menos gran finale que a última conta
História é pessoa; o lugar é cimento
Foi tudo "Era UmaVez" no envolvimento
E o cenário, ao fiado não resistiu
Fraquejou ao boom imobiliário
Mesmo a chave na mão do proprietário
A porta trancada, minha mente invadiu
De casas abandonadas
É imediata a reflexão
Quanta história já aconteceu aí dentro
Seja uma portinha ou um casarão
No meu caminho contra o fracasso
Em dois desses locais, eu passo
Na casa, ninguém mora mais
Nem sei se é uma casa
Ou um quartinho de materiais
No outro, era point de diversão
Música, baile, bar, curtição
Hoje sobrou a desbotada pintura
Poeira no vidro por dentro
Foram brindes sem literatura
Copos que mancharam balcões
Olhares e vãs ilusões
Que o destino às vezes apronta
O último giro da chave que tranca
É menos gran finale que a última conta
História é pessoa; o lugar é cimento
Foi tudo "Era UmaVez" no envolvimento
E o cenário, ao fiado não resistiu
Fraquejou ao boom imobiliário
Mesmo a chave na mão do proprietário
A porta trancada, minha mente invadiu
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sexta-feira, setembro 01, 2017
Importunação ao Pescoço
Não são apenas interjeições
Elas têm ligação
Não são apenas palavrões
Nesta situação
Porra do caralho!
Parece grosseiro meu linguajar
Esporraram na moça no coletivo
Chegou pro juiz avaliar
Não houve constrangimento ofensivo
Vai se foder, seu filho da puta
E quando isso acontecer, que te esporrem
No pescoço, na cara, na boca pra se calar
Enquanto na moça, as gotas escorrem
Com qual cabeça mesmo é pra pensar?
Juiz José Eugenio do Amaral Souza Neto
Quero este nome no poema registrado
José foi um Zé no tom mais negativo
De gênio, o Eugênio tem vacilado
De Amaral, daria boa rima neste ocorrido
Segundo ele não foi estupro ato tão escroto (do escroto do escroto)
E se fosse sua mãe, sua filha, o que acharia?
Houve até esse absurdo no debate
Seriam mais duas mulheres que a esta situação exporia
Elas não mereceriam abuso tão covarde
Nem elas, nem nenhuma outra, sem consentimento
Já ouvi relatos de quem foi roubado
Não se pode ir ou voltar dormindo
Você pode até ser esporrado
Sem tempo do pau ficar de novo armado
O estuprador já está saindo
Ah, não configura estupro, seu juiz
“Importunação ofensiva ao pudor”, definiu
Ofensiva ao pudor, não à moça violentada
Cobrador, inteligente o modo que agiu
Chamou a polícia e aguardou a chegada
Foi conduzido, protegido sem ser agredido
Teve o respaldo da condução policial
E ainda foi salvo de um linchamento
Que, nesse caso, seria reação natural
Da excitação do povo, não aquela do seu... Amaral
Achou normal, não foi violento
Não houve conjunção carnal
Entre aspas: “Não houve constrangimento”
Afinal, pra Justiça nossa cara é alvo banal
Pra ejacular a todo momento
Lembro de Raimundos, Esporrei na Manivela
Mas, a Justiça, se ao nível dela nivela,
Pro que ela faz...
Julga esse ato até pouco nojento.
Lembretes:
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quinta-feira, agosto 31, 2017
Discurso Grato
É com
imensa satisfação
Que
cumprimento estes nobres senhoresPela sábia decisão
De preservar nossos valores
Com aval da população
Deste povo brasileiro aguerrido
Fez coro à nossa missão
Foi amplamente difundido
Revista, hashtag, televisão
Sou realmente agradecido
Pela manifestação
Foi esse nosso povo trabalhador
Que agraciamos com a reforma
Ao estudante que lutou
O ensino médio se transforma
A quem é aposentado, minha senhora, meu senhor
É com prazer que o país informa
Que é por quem tanto se planejou
O benefício que conquistou, estorna
E de estorno em estorno, um retorno
A um passado de transtorno, estorvo
Em que tudo ao em torno
Volta a ser como era, morno, retorno
E eu retorno ao retrocesso do suborno
Daquele que não aceita o visível corno
De que foi o recheio e o contorno
Para tirar da engrenagem, o torno
E novamente botar o país no forno
Não no fogo gostoso de lareira
É fogo que corrói nosso verde bandeira
Não é a evolução brasileira
Manja o inferno? Estamos à beira
Num aquecimento hostil
Mercantil, municiado com fuzil
Que expressa em ódio viril
O sentimento mais vil
Preconceito no Brasil
De raça, de credo, de classe,
De formação estudantil
Olha pro
Rio
Nosso
cartão postal que se esquiveDa munição do novo Steve
Entre a bala e você, pode crer,
Ela é mais livre
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temer
Camisas Guardadas
Abro a gaveta
Ainda vejo lá a camiseta
Ou melhor, as camisetas
Com o símbolo da CBF
E a cada dia me entristece
A vergonha de usá-la
De sair na rua e ostentá-la
Com suas 5 estrelas
Em campo, fizemos por merecê-las
Isso, nenhum argumento abala
O que pouca gente fala
É o sentido que ela tomou
Quando o Brasil se separou
De um lado, um partido
De outro, um ideal curtido
Ideal que usou como vestimenta
A camisa do penta
Pra tirar a presidenta
E quem mais vier, o povo enfrenta
Enfrentariam qual faziam os esquadrões
De nossos times campeões
Mas, assim como a Copa no Brasil
Marcada pelo 7 a 1, nosso escudo caiu
Não põe medo algum
A não ser pelo Rio
Lá, o medo é comum
Mas, o assunto é a camisa canarinho
Pra andar na rua, dá vergonha de usar
Mas, guardo a 10 amarela, Ronaldinho
E a 8 azul, do Tricolor Kaká
E as duas que guardo, são pelos craques
Com a bola faziam truques
Enganando os beques
Com velocidades nos piques
Nas arrancadas, nos toques
Nos rankings, os tops
Troféus, hat-tricks
As camisas dobradinhas, guardadas
Será que serão de novo usadas?
O símbolo no peito terá sentido?
Não pela CBF, essa é caso perdido
Será que nossa nota será 8 ou 10,
Igual o número da camisa?
Em condição tão imprecisa,
A média não daria 9
Não creio que tão cedo, alguém prove
Que esta nota mereça recebê-la
A não ser pelo que a mídia promove
Nosso escudo teria sequer uma
Nem uma, solitária e única estrela
Ainda vejo lá a camiseta
Ou melhor, as camisetas
Com o símbolo da CBF
E a cada dia me entristece
A vergonha de usá-la
De sair na rua e ostentá-la
Com suas 5 estrelas
Em campo, fizemos por merecê-las
Isso, nenhum argumento abala
O que pouca gente fala
É o sentido que ela tomou
Quando o Brasil se separou
De um lado, um partido
De outro, um ideal curtido
Ideal que usou como vestimenta
A camisa do penta
Pra tirar a presidenta
E quem mais vier, o povo enfrenta
Enfrentariam qual faziam os esquadrões
De nossos times campeões
Mas, assim como a Copa no Brasil
Marcada pelo 7 a 1, nosso escudo caiu
Não põe medo algum
A não ser pelo Rio
Lá, o medo é comum
Mas, o assunto é a camisa canarinho
Pra andar na rua, dá vergonha de usar
Mas, guardo a 10 amarela, Ronaldinho
E a 8 azul, do Tricolor Kaká
E as duas que guardo, são pelos craques
Com a bola faziam truques
Enganando os beques
Com velocidades nos piques
Nas arrancadas, nos toques
Nos rankings, os tops
Troféus, hat-tricks
As camisas dobradinhas, guardadas
Será que serão de novo usadas?
O símbolo no peito terá sentido?
Não pela CBF, essa é caso perdido
Será que nossa nota será 8 ou 10,
Igual o número da camisa?
Em condição tão imprecisa,
A média não daria 9
Não creio que tão cedo, alguém prove
Que esta nota mereça recebê-la
A não ser pelo que a mídia promove
Nosso escudo teria sequer uma
Nem uma, solitária e única estrela
Lembretes:
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Política,
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sociais
Bolt e a Linha
Foi pela TV
que eu vi
Um ou dois
dias já tinham passadoE todos já tinham passado
Ultrapassado
O ultra, passado
O passado ficou marcado
E dali pra frente
Seria presente
Um músculo fisgado, uma dor latente
Fez justamente naquele instante
Que todos à frente olhassem pra trás
Assim como ele pouco antes
Passava rindo dos demais
Quem viu, viu; quem não viu, não verá mais
Nunca fui fã de atletismo
E das provas de corrida
Mas, naquela cena sentida
Naquela fisgada doída
Pelo menos, uma vez na vida
Meu pensamento foi mais veloz
Que a última linha vencida
Dessa vez, não teve recorde
Medalha, troféu e o raio
Parecia sim, um raio forte
Que poderia ter tido mais sorte
Ter sido disputado no esporte
Seria retardatário
Acabou, linha cruzada
Sem medalha pra estante
A Jamaica sentiu com a gente
Não haverá prova seguinte
Uma revanche que desponte
Que no futuro, alguém pergunte
Quem foi esse Bolt?
Como se fala? Usain ou Usein?
Faz assim, como falar, tudo bem
Cite-o como o raio que encantou o Brasil
Nas Olimpíadas 2016, no Rio
Aqui ele correu, ganhou, se divertiu
De praxe, fecharia o revezamento
Simbólico momento
Recebe o bastão e parte
Fisga, repuxa, arde
E aquele ar de campeão, ali, no chão
Deixará saudade, será inspiração
Pra que a adversidade
Trombe um moleque de coragem
Que vai correr na contramão
Lembretes:
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contusão,
corrida,
fisgada,
linha de chegada,
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segunda-feira, julho 24, 2017
O Preço do Gosto
Ah, mas, o dinheiro vale a
pena...
E a grana que está ganhando?
Com esse tanto não vê
problema
Vê lá se ele está reclamando
Grana é bom; e pior,
necessário
Só ela, por si, pelo
numerário
Que estampa a nota do cachê
ou salário
Não completa meu valor, maior
que monetário
Nem sendo funcionário, nem
sendo empresário
Não prego o mundo ideal no
imaginário
Mas, quero o sal do mar, não
o motor do aquário
Conta chega, custo de tudo
que é lado
Pago, porém, aquele dinheiro
suado
Você escolhe! Você o move ou
por ele é guiado?
Ele engrena seu sonho ou já
está alugado?
Bate ponto, vende 1 conto
Tem seu ponto, dá desconto
Chega o rapa, eu desmonto
Se bem cedo me apronto
Estou pronto, pro encontro e
pro confronto
Alugue, venda seu sonho, eu
compro
Você quer sonhar? Sonhe tendo
dinheiro
Quer trabalhar? Faça o que dá
dinheiro
A grana é boa, vai recusar?
Ó o trouxa perdendo dinheiro
O que você quer fazer da
vida? Ganhar dinheiro
Tem tantas coisas que o
dinheiro não compra
Puta clichê babaca, coisa de
cabeça fraca
Faz por onde que a grana te
tromba
Com bolso cheio se destaca
Cada um corre pelo que
acredita
Respeito, mas, no fundo,
lamento
Por quem nem sabe do que
estou falando
Não tem nem ideia por mais
que reflita
Do que é fazer por sentimento
Ter o pelo do braço
arrepiando
E a alma transcendendo,
viajando
O coração, pressão padrão,
não palpita
O motivo do que está fazendo
São apenas notas se somando
Não o 10 na prova de outro
tempo
Notas e níqueis na conta do
banco
Não consigo estabelecer
proporção
Entre o valor que pinga e
satisfação
O cachê tentador trazer
frustração
Num outro voluntário, ó lá o
otário
Ser puro tesão
Tesão, emoção, arrepio,
pulsação
Nada paga boleto fatura e
imposto
Dê seu preço pra cumprir a
missão
Recebendo, não há desgosto
O numeral junto ao cifrão
Diz se há refluxo no gosto
Lembretes:
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financeiro,
grana,
monetário,
nem tudo é poesia ou é,
nota,
poema,
Poemas,
poesia,
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poeta,
poetas,
valor
quinta-feira, julho 20, 2017
Transcende
Aí do nada,
surge, aparece...
E junta tudo de mais foda
O jeito, o cheiro, a forma, a pele
Em mim, a reação incomoda
Mistura-se ao foco e à moda
E o olhar que entorpece
Domina o jogo, põe na roda
Sabe aquele olhar invasor
Que se bate de frente intimida
Não ouse tentar se impor
É tipo beco sem saída
É sem liberdade concedida
O sol só resolverá se expor
Se os lábios juntos ganharem vida
E nesse ar, nesse gesto, pode ser noite ou dia
Você tem todas as estações e ações fenomenais
O vento, um beco, trança o enigma que sorria
Sinto de químicos temperos aos sabores naturais
A paisagem verde, o grafite urbano, no preto e branco dos jornais
É a ação que nem a confissão perdoaria
Mas, pra quê? Se já vai ao céu, vai querer o que mais?
Por você? Sim, tudo, todo pecado, profanação valeria
Transcenderia razões: espirituais e carnais.
A ordem (ou desordem) tanto faz
E junta tudo de mais foda
O jeito, o cheiro, a forma, a pele
Em mim, a reação incomoda
Mistura-se ao foco e à moda
E o olhar que entorpece
Domina o jogo, põe na roda
Sabe aquele olhar invasor
Que se bate de frente intimida
Não ouse tentar se impor
É tipo beco sem saída
É sem liberdade concedida
O sol só resolverá se expor
Se os lábios juntos ganharem vida
E nesse ar, nesse gesto, pode ser noite ou dia
Você tem todas as estações e ações fenomenais
O vento, um beco, trança o enigma que sorria
Sinto de químicos temperos aos sabores naturais
A paisagem verde, o grafite urbano, no preto e branco dos jornais
É a ação que nem a confissão perdoaria
Mas, pra quê? Se já vai ao céu, vai querer o que mais?
Por você? Sim, tudo, todo pecado, profanação valeria
Transcenderia razões: espirituais e carnais.
A ordem (ou desordem) tanto faz
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quarta-feira, junho 28, 2017
No Pé do Tenente
Em Osasco, na Rua do tenente
Tem muita voz, tem o Nós de Oz
E a gente sente o busão veloz
A rua treme e treme forte no no pé
Ninguém me contou, estou direto aqui e senti
Na rua da Escola de Artes Cesar Antonio Salvi
Poesia, música, interpreta/ ação, literatura
Do começo ao fim, longínquo enredo
De nome pomposo: Avelar Pires de Azevedo
E quando o tenente avança o sinal, cruza o Marechal
Nesse caso não é afronta à autoridade
Há tanta particularidade nessa cidade
Tão perto ali da rua que treme
Está o largo, o calçadão, o fluxo mais quente
Do cachorro, de gente, do comércio equivalente
Bares, feiras, representantes do mundo inteiro
Chinês, nigeriano, osasquense, pernambucano
Olha o chip! Aleluia, irmão! Passou! Faz um 10 no suco do baiano
A rua quando o busão passa, trepida
Foi num desses que esse verso chegou de carona
Nem dá sinal, desce, atravessa e me toma
Eu não pretendo pagar de conheço todas quebrada
Por onde ando e andei já tem muito poema no ar
Ultimamente, a pauta é polícia e a causa parlamentar
Tem espaço também pra violência urbana
Chacina, insegurança, parece que tá no gene
E aqui perto da rua que treme, tem o quarteirão que geme
De prazer nos hotéis onde se hospedam minutos
Suficientes pro objetivo nada formal e razão mais impura
Do outro lado da rua, geme e teme quando chega a viatura
Pela droga encontrada, vai perder tempo na chefatura
Do outro lado da rua, um albergue, um puteiro e uma igreja
A rua tem cheiro de tudo, inclusive de amanhecida cerveja
Todas essas estrofes partiram do tremor do chão
Dessa vez, busão. Mas, um terremoto no passado já foi noticiado
Na Tenente, se sente no pé Osasco e sua intensa vibração
E nem precisa ter bebido, e nem precisa estar chapado.
Lembretes:
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chão,
nem tudo é poesia ou é,
ônibus,
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terremoto,
treme,
tremor
segunda-feira, junho 26, 2017
O Homem de Capa
O homem de capa
Não sai na capa (do jornal)
Sua capa o cobre
E o jornal não cobre
Por suas linhas,
Mas cobre nas noites frias
O homem que atravessa a rua
Enrolado num cobertor
Parecendo uma capa, tipo a do
Batman
Escura, sombria
Não sai na capa no outro dia
Nem em qualquer página
Sua capa não é mágica
Não salva o mundo na hora
trágica
Nem poderia,
Sua capa não aparece uma
marca
Não tem nada de especial
Também... custa 8 e 90 no
promocional
Aliás, a capa tem poder sim
Um poder que muitos gostariam
por alguns minutos de ter
Ser invisível
Em um tempo em que todos têm
que estar cada vez mais disponível
E olha que incrível
O homem de capa é totalmente
destrutível
Pra um gibi, inconcebível
Dessa forma, o homem de capa
não se enquadra em nenhum nível
Esse homem de capa não tem
status de herói
Talvez, de heroína, de crack
e cocaína
Sua capa, pra fumaça, vira
cortina
Não as de renda dos casarões
Pois, não tem varões na
esquina
Nem renda nos lixões
A capa deixa o homem sem face
Nem morcego, nem galã, nem
aranha
Talvez um rato que lhe
mordiscasse
Enquanto o frio noturno
apanha
O homem de capa sem espaço na
capa
Não escapa de, mesmo sem
face, toda hora um tapa
O homem sem face já era
invisível
Não precisava que o apagasse
Mas, parece que só assim foi
possível
Que ganhasse uma capa
Foi justo com uma capa que o
cobriram
Finalmente o cobriram
A identidade do homem de
capa?
Nunca descobriram
Lembretes:
#poesiasdodiego,
batman,
capa,
homem,
jornal,
nem tudo é poesia ou é,
poema,
Poemas,
poesia,
Poesias,
Vídeos
sexta-feira, junho 23, 2017
Na Testa da Sociedade
Como ciclista, queria essa
comoção social
Quando roubam uma bicicleta, quando nos fecham na rua
Queria que a população se revoltasse igual
Quando atropela um de nós na via
Seja expressa ou até naquelas que não requer pressa
Na vila, no bairro, na tensa relação do dia a dia
Queria tanto que houvesse essa comoção pra protegermos a ciclovia
E foi pego no flagra por dois
E alguns instantes depois, esses dois, o ladrão levava
Um deles tatuava, o outro filmava
Na testa do rapaz gravava: sou ladrão e vacilão
Quando roubam uma bicicleta, quando nos fecham na rua
Queria que a população se revoltasse igual
Quando atropela um de nós na via
Seja expressa ou até naquelas que não requer pressa
Na vila, no bairro, na tensa relação do dia a dia
Queria tanto que houvesse essa comoção pra protegermos a ciclovia
Mas, ok, não dá pra esperar
isso
É que a população se revoltou
contra um cara que uma bike furtavaE foi pego no flagra por dois
E alguns instantes depois, esses dois, o ladrão levava
Um deles tatuava, o outro filmava
Na testa do rapaz gravava: sou ladrão e vacilão
Vixi, o caso repercutiu e
teve gente contra e a favor
Do ladrão e do torturador
Pesada a palavra né?
TOR-TU-RA-DOR!
É, mas, não tem outro nome
O menor que roubou estava
errado perante a lei
O outro também. Agora, me
responde:
Friamente, torturar é uma
reação pertinente?
Nossa lei não prevê olho por
olho dente por dente
Sendo esta a reação aceitável
e por você apoiada
Você não é contra o crime. De
alguns, é até a favor
A reação do tatuador
torturador indignada
Só mostra quem é você, sem
coragem de expor
Manchete: Ladrão rouba
bicicleta
Passaria facilmente batido
Justiceiros o pegam e o
tatuam na testa
Parece torcida, em lance de
perigo
Vai levantando, preparando o
grito
Vou ter dó de vagabundo que
não presta?
Ah, como eu queria que fosse
comigo
Vingaria toda a raiva que me
infesta
Que por covardia, em mim,
abrigo
Surgiram então, aqueles que
na rede postaram
Com os direitos humanos se
revoltaram
Porque fizeram captação de
recurso coletivo
A popular vaquinha
Mas, a raiva não é por esse
motivo
É por causa mesquinha
Que suas empreitadas não
atingem as metas
E esse ladrão torturado na
testa
Terá seu amparo enquanto
outras causas não causam comoção
O Brasil é uma sociedade que
apoia ladrão
Sim, basta ver a eleição,
basta ver a nossa corriqueira corrupção
Em Brasília, por exemplo, não
é caso raro
Mas, meu caro, você que sobre
todos os assuntos opina
E posta
Pode ficar tranquilo que não
vou dar sequência à rima acima
Pra não baixar o grau, o tom
do poema não combina
Seja quem você é, mas, bota
no papel se seu discurso afina
Tipo arranjo musical
Não misture sua raivinha
boçal
Com defender princípio moral
Lembretes:
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quinta-feira, junho 22, 2017
Lendo Reações
Hoje resolvi começar diferente
Andei pela rua sem muita atenção
Tirei o celular da minha frente
E resolvi andar de livro na mão
Confesso que minha percepção
Além da leitura, foi na reação
Das pessoas que olhavam
Testas franziam, se perguntavam
Como andava eu pela rua desatento
Com um livro aberto fechando a visão
Poderia tropeçar a qualquer momento
Numa pisada, desagradável sensação
Segui lendo, o conteúdo era atrativo
Não era tela, muito menos aplicativo
Meus passos seguiram pra onde eu ia
Quem com cel fica off, pouco entendia
Como eu não tropeçava, como eu não caía
Dos buracos desviava, mantendo a postura
Eu também me questionava se ninguém percebia
Que o pescoço trava e entorta a curvatura
Desabilitam nossas funções essencialmente racionais
Somos plugados no fone, ligados em likes, buscando virais
Andei pela rua sem muita atenção
Tirei o celular da minha frente
E resolvi andar de livro na mão
Confesso que minha percepção
Além da leitura, foi na reação
Das pessoas que olhavam
Testas franziam, se perguntavam
Como andava eu pela rua desatento
Com um livro aberto fechando a visão
Poderia tropeçar a qualquer momento
Numa pisada, desagradável sensação
Segui lendo, o conteúdo era atrativo
Não era tela, muito menos aplicativo
Meus passos seguiram pra onde eu ia
Quem com cel fica off, pouco entendia
Como eu não tropeçava, como eu não caía
Dos buracos desviava, mantendo a postura
Eu também me questionava se ninguém percebia
Que o pescoço trava e entorta a curvatura
Ficar vidrado nos tablets e aparelhos multifuncionais
Tais quais antivírus nos nossos sistemas operacionaisDesabilitam nossas funções essencialmente racionais
Somos plugados no fone, ligados em likes, buscando virais
Lembretes:
#poesiasdodiego,
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Leitura,
Literatura,
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terça-feira, junho 13, 2017
Eu me Recuso
Que uma doutora
Que teve tanto que estudar, se especializar
Fez isso
Foi até a porta de uma emergência
De uma criança com urgência
E deixou o caso omisso
A criança morreu
Um ano e meio de idade
E isso só aconteceu
Porque a doutora percebeu
Que estava ficando tarde
Quase na hora dela ir e encerrar o expediente
Ela rasgou o chamado e seguiu em frente
O motorista da ambulância partiu
A criança também, a mãe nunca mais verá seu neném
E todos os dias, se um dia ainda rezar e disser amém
Vai se perguntar: E se?
E se fosse outra médica?
Seria tão antiética
Seria tão histérica
Por não ser especialista na pediátrica
Daria esta pontuação final trágica?
Eu me recuso a crer que este abuso, este ultraje
A qualquer humanidade tenha partido de alguém que salva vidas
Nesse caso, não fez questão alguma
A mãe ficou lá e não foi atendida
Uma vida perdida, uma família destruída
Almas sofridas, compaixão nenhuma
Eu me recuso a aceitar isso, essa falta de compromisso
Eu me recuso a tanta coisa no dia a dia
A banalidades, a coisas que eu não concluiria
E todo mundo já se recusou um dia
Mas, você tendo uma vida em suas mãos, o que faria?
Eu me recuso, gente, a aceitar que isso foi um humano
Eu me recuso quando dizem que pra tudo Deus tem plano
Qual seria então o plano divino nesse caso?
Colocar aquela pessoa, naquela ambulância
Naquele horário, pra ocorrer o descaso
De salvar a criança e deixa-la morrer num abraço
Da mãe, do pai, que apelavam ao mesmo Deus pra que os médicos chegassem
Resgatassem o bebê, levassem, salvassem
E, se não fosse possível, se esforçassem
Pois, pode crer não há amor maior no mundo que um filho
E não deve haver também dor maiorQue pensar que o que aconteceu foi um trem no trilho
Cujo maquinista é o destino traçado
Sem mudar a plataforma do percurso
Deu quase tudo certo, não faltou recurso
Faltou lembrar do discurso, do juramento que fez ao pegar o diploma
E depois que o desprezou deixou um hematoma
Invisível
Interno nesses pais, que jamais, podem ser cobrados de serem
desconfiadosVão confiar em quem mais, nas preces divinais?
Nos hospitais?
Junto com a frase do aqui jaz
Esses pais, terão outra frase, ou melhor, uma pergunta
Que por toda vida vão os perseguir:
E se?
E se?
E se?
E se?
...
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quinta-feira, junho 08, 2017
Unidade
Como é bom se
inspirar por paixão
Sentir o peito daquele jeito, apertado
Como se a saudade tivesse tomado
Por inteiro o coração
Mas, paixão pode ser fogo de palha
Só um desejo momentâneo
Um prazer mais instantâneo
Pra se entregar, talvez não valha
Paixão também cresce e evolui
Sem proporção pra qual tamanho
O batimento fica estranho
E só aí que se conclui
O que poderia ser banal
Só um caso de momento
Abre então pro sentimento
O caso passa pra casal
E quando isso acontece
Sem motivo alheio
É tão bonito de se ver
Declarações, cartões, flores, corações
Bombons com recheio
E naquele meio, naquele espaço
Entre um beijo, um amasso
Um carinho
Ouve-se ao longe um compasso
Se for o caso, dão uns passos
De dança bem lentinho
Pra marcar aquela canção
Como o som da esperança
Um novo passo avança
Do que era só uma paixão
Não se pode tratar paixão como só
Ela nunca é só
A não ser amor platônico
Arranjo não sinfônico
Cordas musicais com nó
as, quando as cordas se afinam
Compõem a mais bela sinfonia
Seja ela erudita ou popular
Tem que ser bonita no cantar
Compreensível melodia
Pra qualquer um interpretar
Talvez esta minha canção
Pode um dia encontrar-se num tom
Pois foi feita como mero poema
Talvez alguém a coloque num som
Para algum casal vire tema
Personagens nos despertam emoções
Sensações que os amantes não entendem
Sentem
Às vezes, com todo o repertório não aprendem
Compreendem o que cabe em dois corações
E suas mais insanas razões atendem
Mas, amor de verdade é um pouco insanidade
Vontade, saudade, mais vontade que invade
Toma conta, atropela sem piedade
Mas, se eles assim se permitem
Não há forças que dividem
Não há forças que duvidem
Que paixão e amor
Podem sim ser felicidade e realidade
As duas, em dois, em duas, numa só unidade
Sentir o peito daquele jeito, apertado
Como se a saudade tivesse tomado
Por inteiro o coração
Mas, paixão pode ser fogo de palha
Só um desejo momentâneo
Um prazer mais instantâneo
Pra se entregar, talvez não valha
Paixão também cresce e evolui
Sem proporção pra qual tamanho
O batimento fica estranho
E só aí que se conclui
O que poderia ser banal
Só um caso de momento
Abre então pro sentimento
O caso passa pra casal
E quando isso acontece
Sem motivo alheio
É tão bonito de se ver
Declarações, cartões, flores, corações
Bombons com recheio
E naquele meio, naquele espaço
Entre um beijo, um amasso
Um carinho
Ouve-se ao longe um compasso
Se for o caso, dão uns passos
De dança bem lentinho
Pra marcar aquela canção
Como o som da esperança
Um novo passo avança
Do que era só uma paixão
Não se pode tratar paixão como só
Ela nunca é só
A não ser amor platônico
Arranjo não sinfônico
Cordas musicais com nó
as, quando as cordas se afinam
Compõem a mais bela sinfonia
Seja ela erudita ou popular
Tem que ser bonita no cantar
Compreensível melodia
Pra qualquer um interpretar
Talvez esta minha canção
Pode um dia encontrar-se num tom
Pois foi feita como mero poema
Talvez alguém a coloque num som
Para algum casal vire tema
Mas, palavras
de amor sempre rendem
Histórias,
romances, livros, coleçõesPersonagens nos despertam emoções
Sensações que os amantes não entendem
Sentem
Às vezes, com todo o repertório não aprendem
Compreendem o que cabe em dois corações
E suas mais insanas razões atendem
Mas, amor de verdade é um pouco insanidade
Vontade, saudade, mais vontade que invade
Toma conta, atropela sem piedade
Mas, se eles assim se permitem
Não há forças que dividem
Não há forças que duvidem
Que paixão e amor
Podem sim ser felicidade e realidade
As duas, em dois, em duas, numa só unidade
Lembretes:
#poesiasdodiego,
Amor,
casais,
declaração de amor,
nem tudo é poesia ou é,
paixão,
poema,
Poemas,
poesia,
Poesias,
Românticas,
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