quarta-feira, março 23, 2011

Preciso chorar

Preciso chorar
Não queria, mas preciso
Não é por simples vontade
É caso de necessidade

Mas, de tanto choro contido
Deve estar até entupido
O canal que irriga o olhar
Que põe o sal na lágrima
E possibilita-nos chorar

E gota a gota com sal
Nos faz expor a lástima
Faz a vida repensar
E em rios, desaguar o mal
Pois não há receita igual

Pra desanuviar o sorrir do sol
Como no desenho maternal
Em que o sol queima cada dia mais forte
E na agonia da calmaria
Meu choro se abriria e arderia
Pelo calor, pela falta de sorte
Ou até pelo receio de uma real ou interna morte
Já que nem chorar eu consigo
Duvido até se estou vivo
Não quero, mas preciso

segunda-feira, março 21, 2011

Saudade

Como dói a saudade
Uma dor que invade
Sem limite e fronteira
De corpo e sentimento
É um distanciamento
Que arde, dói, queima
Machuca demais
E, com palavras informais
E, em dias normais,
Em instantes reais
Não valoramos
Julgamos sem mais
Não vivemos
Não sentimos
não curtimos
Não aproveitamos
Não percebemos
E quando perdemos
Aí sim, sofremos
Quando não temos mais

terça-feira, março 08, 2011

São Paulinas

Ser mulher é uma benção
Ser são paulina é uma dádiva
As mulheres nos encantam
As são paulinas nos completam
Mulheres são dignas de homenagem
São paulinas, de cortejos
Mulheres merecem companhia
São paulinas, as têm
Mulheres são seres divinos
São paulinas, carregam a santidade no peito
Mulheres se arrumam, se perfumam
São paulinas também, mas com o manto soberano
Mulheres são fortalezas e guerreiras
São paulinas, têm o espírito da luta
Mulheres amam
São Paulinas também
Mulheres sabem viver
São Paulinas vivem do aprendizado da vida
Mulheres são movidas à emoção
São Paulinas são a própria emoção
E mulheres têm seus defeitos, qualidades, o seu dia
São Paulinas; ah, as sãopaulinas...
São mais cores, mais amores, são tricolores.

Perfeita Criação

HOMENAGEM AO DIA DAS MULHERES

Belezas indescritíveis
Somente comparadas
Às imagens mais sensíveis
Flores, luas, combinadas

Na cor, na forma perfeita
Que o ser mulher conjumina
Na alma entregue, verdadeira
Da força e garra feminina

Traz no ventre, a ternura
Do nascituro e sensualidade
A mais perfeita criação ilustra
A forma humana da divindade

É poderio e romantismo
Vaidosa e em maioria
Suplantou o tal machismo
Venceu com o dia a dia

Manias elas tem também
Sequer ousamos entender
São ao nosso próprio bem
Somos incapazes de perceber

Por isso, que o charme causa encanto
E faz de nós o que bem quer
Qualquer sensação não causa espanto
Se frente a ela, está a mulher


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Segredo é o amor


De novo, pra falar de amor
Quando vem do coração, sai sem pudor
De rima-lo com a frequente dor
Sem qualquer, receio, vergonha, temor

Perdão agora quero pedir
Antes cantado, vou repetir
Perdoe a minha simplicidade
Abusar das rimas: amor e saudade

Amar é fórmula que simplifica
Tal equação, nem Freud explica
Amor é ato repetitivo
Remédio com princípio ativo

Que tem contra-indicações
Ferir dois, três corações
E pode não ser reagente
Solidão é vírus tão presente

Amor, transcedental
Química física, sexual
Lamento quem nunca amou
Quem também não se entregou

Pois esse, da vida não pode dizer
Que conhece alegria e prazer
Se puder, ame, ame, ame, sem medo
Já amei tanto, muito amarei, e hoje eu sei
Que a felicidade se esconde nesse segredo