terça-feira, abril 23, 2013

Que amor é esse?

Bm / Bm7

C#m5-7  
Que amor é esse?
F#7          Bm
De um ciúme febril
             Em
Noites e noites a fio
A7           D
Tentando imaginar
C#m5-7   F#7
Onde poderia estar

Essa mulher tão amada
Que retribui o amor
Mas aguça um sabor
para a boca amargar
Faz o meu corpo vibrar

Bm          E79
De emoção, de tesão
                        Bm         
Quando quer me prender
Mas, pra eu me perder
                G7+
Sempre busca razões
        E
São só provocações
        F#7/4
Pra eu não te esquecer

E assim, sofrimento
Um motivo incerto
Ferimento encoberto
Te amar e sofrer
Sem saber onde está
Impossível viver

quinta-feira, abril 18, 2013

São Paulo 2 x Galo/Ronaldinho 0

Assumo. Não acreditava nem na classificação, nem na vitória. Mas, já que veio, ótimo. Mais uma chance pro time engrenar. Não tanto para o título, mas... já estamos no lucro. No entanto, a entrevista de Ronaldinho ao deixar o campo, me decepcionou bastante!
Ele disse que "eles sabem que agora é outra coisa". O que o cabeludo do Sul quis dizer com isso? Gosto do Ronaldinho e nesse tempo que moro em Minas, gosto também do Galo. E do vencedor desse confronto, seguirei minha torcida até o final da competição. Espero que seja o meu Tricolor paulista, mas, como segunda opção, passando o Galo, torcerei por ele para levar a Libertadores.

Mas, voltando ao que disse o camisa 10 e 49 atleticano, ele acha que está jogando onde? No Barça? Por melhor que seja o atual time do Atlético, a tradição do Galo não mete medo em ninguém. Só tem um brasileiro e trocentos campeonatos mineiros. Nada mais. Quando o Ronaldinho ironizou, só pude lamentar pela simpatia que tenho pelo craque e pelo clube que joga. Da forma que se colocou, parecia que o "galo forte e vingador" fosse o Boca Juniors brasileiro. Ou será que ele quis dizer que, em decisões, o São Paulo pipoca?

Essa opção, por mais dolorosa e incômoda, parece mais aceitável. Mas, calma lá Ronaldinho, você joga no Atlético Mineiro. Espero que estas mudanças de elenco e perfil, com esse time reforçado se tornem tradição no Galo para não sofrer mais quedas e situações complicadas como há certo tempo. Mas, acordem, por pior que seja a fase e melhor que seja o adversário, desculpem, é só o Atlético Mineiro. Sem menosprezo, afinal, tem um time melhor que meu SPFC e mostra isso em campo. Espero que isso não se confirme nos próximos dois jogos.

Quanto ao time Tricolor, o Ganso ainda vai ser um grande ídolo e vai jogar o que jogou no Santos ao lado do Neymar. E quanto ao esquentadinho da camisa 9, fez falta, simplesmente para grudarem mais e abrir espaços, porque gol em jogo decisivo que é bom, NADA!!!

quarta-feira, abril 17, 2013

Consideração e compreensão


Consideração e compreensão
Sentimentos que até rimam
Só no poema
Em nada combinam
No problema

Quando um lado compreende
Quem não considerou
Por mais que o coração perdoou
A ferida ainda se sente

E quando não se compreende
Uma real consideração
Sentimento intransigente
Ultrapassa a emoção
Chamado amor ou paixão
Inevitável nossa compreensão

Quando se considera
Quando a compreensão espera
A consideração se espera
E a ausência de uma delas
Degenera

Destrói as outras sensações
As outras emoções
As perdidas ligações
Que esse algo a mais 
Até saudade supera

Quando a compreensão desaparece
A consideração se entristece
Queria que do outro lado viesse
Em dobro, o que a mim quisesse

Triste mesmo é a gente querer
Uma recíproca consideração
Se desse alguém não puder obter
Respeite e aceite com compreensão 

domingo, abril 14, 2013

Saudade ou solidão?


Saudade e solidão
Entre os dois
Quero a segunda opção

Solidão se ameniza
Saudade não
Solidão se elimina
Saudade não

Solidão se disfarça
Na multidão
Solidão se maquia
Numa falsa ilusão

Solidão se engana
Não se engana a razão

Solidão é cruel
Não mais que a saudade
Essa é sem piedade

Saudade não se ameniza
Se o peito invade
Saudade não se disfarça
Só há uma verdade

Saudade só se mata
Com a proximidade
Saudade não se ilude
É a realidade

Saudade é dependente
Não tem identidade

Saudade vai e vem
Saudades, pluralidade
Saudade tem alguém
Outra metade

Por isso, prefiro a solidão
Posso sentir sozinho
Sentimento nada vão
Sem ninguém no caminho

Sem qualquer obstrução
Livre como passarinho
Não precisa ligação
Basta apenas um cantinho

Já a bendita da saudade
Precisa voar de avião
Tem a triste capacidade
De destruir um coração

Um não, uma infinidade
Qual a sua opinião?
A mais repleta de maldade
Assassina da felicidade
Saudade ou solidão?

quinta-feira, abril 11, 2013

Revivi sonhos

Uma outra impressão
Antiga miragem
Uma linda imagem
O olhar calado
Intimidado
Pela idade, maturidade

Por uma tela,
Reencontro
Paisagem tão bela
Cores e sorrisos, em pose
Anos atrás, talvez doze
Quinze ou mais
Que hoje me guiam
Viajo
No tempo irreal

Um sonho profano
Um desejo sagrado
O olhar frontal
Ou rosto de lado

Um livro guardado
Decorado, não impresso
Não se fez material
Assim como o sonho
Tudo inspirado
Aqui contado
Ilustrado, ideal

No meu ideal
A ilha de encanto
Meu desejo é tanto
Que tanto me perco
Procurando, esperando

Assim como ao quarto, a fresta do sol
 Espero o vento soar um sim
no meio ou no fim
Sem nota bemol
Dissonante, destoante
A nota mais firme, mais natural
Quando canta o destino
Sem semitons e os sons que espero
Gritos, sussurros
Censurados agora
Vivem livres por hora

Entre 4 versos na estrofe
Entre 4 paredes
Unidas em redes
Que ainda se cruzam
E quem sabe se ousam, se usam
Nas flores repousam
Se esbanjam, se abusam

Para exalar a essência
E perfume de flor
Sentimentos que acusam
A paixão onde for

E traduzem na natureza
A função de seduzir
E assim atrair
A abelha e o homem
Que, cada um ao seu jeito
às flores se entregam
Com amor, se apegam
Se tocam, se esfregam
E por fim, se consomem

Quando não se destroem
Vez em quando florescem
Se as imagens aparecem
Terra e flores se permitem
Mais primaveras acontecem

quarta-feira, abril 10, 2013

Doce(mente) Poesia

Poesia de rua
Palavra crua
Expressão dia a dia

Poesia de estrada
História contada
Nem sempre existia

Sempre tão criticada
Por não ser lapidada
Pela burguesia

Nem se quer a margem
Nem se quer massagem
Por hipocrisia

Poesia de fato
É um doce relato
De rebeldia

A injustiça acariciar
A violência, adocicar
Cruel poesia

Sabe sim iludir
Ressaltar, omitir
Ou ousar ironia

Rebuscado vocabulário
Exige dicionário
Que exclui a maioria

Poesia quem sente
Sente o corpo mais quente
O tesão de uma orgia

Poesia direta
Tem apenas a meta
de causar agonia

Por ansiedade, saudade, liberdade,
Vontade, identidade, maldade
Do amor à crueldade
E o peito em versos
Junto a outros dons e universos,
Mesmo em casos adversos
Docemente anuncia

terça-feira, abril 09, 2013

#Compartilhar

Compartilhar
A palavra da hora
Encontros consonantais
Dígrafo, vogais

É distribuir, dividir
Sinônimos demais
Vagos demais

De definir compartilhar
Compartilha-se unido
Compartilha-se partido
Compartilha-se sozinho

Espalham-se idéias
Espalham-se iniciativas
Espalham-se na esquina
Nem sempre se espalham

Nem sempre alcançam
A quem compartilhas
E perdem-se a parte
Isola-se em ilhas

Tais quais as famílias
Os quartos das filhas
Um mundo confidencial
Compartilhado, virtual

Compartilhamos tanto em rede
Mas, ao vivo, cara a cara, seca a sede
Nada compartilhado
Cada um pro seu lado

E eu apenas divido e separo espaços
Com muros, cercas e grades
Guardando pra si a saudade
Esquecendo pra que serve um abraço
Esse sim, real, compartilhado.

segunda-feira, abril 08, 2013

Eu


Eu
Muita gente chama de egocentrismo
Para alguns, vaidade; pra outros, egoísmo
Nada disso

Eu
Pode ser a mais intensa vontade
Condicional à liberdade
De ação e juízo

Eu
Um ser reduzido, renegado
Olha sempre para o lado
Submisso

Eu
Que sou amado e aprazível
Faço além do impossível
Nada que preciso

Eu
Que construo reinados e castelos
Construo sorrisos belos
Eu não sorrio

Eu
Que a vida levou toda minha essência
Inexplicável até pra ciência
Desvalorizo

Eu
Condenam tanto essa pessoa primeira
Exigem que eu foque em segunda e terceira
Pra essas, vivo

Eu
Até me incluem na primeira do plural
E aceite a regra e decisão geral
Não acredito

Eu
Sou infinitos números de documentos
Sou o macaco de outros tempos
Não assimilo

Eu
Sou um dentre tantos entregues à opinião
Sou tal qual um relógio e cumpro a função
Sem motivo.

quinta-feira, abril 04, 2013

Os Sinais

Sinais
No ar
No som
Visuais

Na mente
Que mentem
Que dizem
Que escondem

Fechados
Livres
Verdes
Vermelhos
Proibidos

Discretos
Amarelos
Azuis
Castanhos
Sinais
Códigos curtos
Toques
Os sinais

Pretos
Longos
bem pretos
Que brilham
Voam
Soam, ressoam
ecoam, destoam
E esses sinais
Me atordoam

Quando sinais não se cruzam
Quando olhares não se cruzam
Quando os sinais não se encontram
E quando os encontros não encontram sinais

Quando os sinais se perdem
Perdem-se declarações
Perdem-se emoções
Perdem-se discussões

Perdem-se sinais
Falados, escritos
Obscuros, implícitos
Declarado, explícito
Narrado, descrito
Detalhado, definido
Universalizado, infinito

Sinais abreviados
Proferidos, gritados
Aos quatro ventos
E de todas as formas, anunciados
Quietinhos, calados

Mas o sinal pode ser um sorriso
O sinal mais preciso
O seu que mais preciso
Um sinal assimilado
Compreendido

Silencioso, mas é ouvido

Propagado, repercutido
Transtorna o sentido
Sentido racional

Um sinal nunca perdido
Se encontra à frente
Um espelhado sinal
Correspondido

quarta-feira, abril 03, 2013

Se te cobram

Se te cobram ações
Não seja impulsivo

Se te cobram cautela
Não seja contido

Se te cobram paixões
Não seja marido

Se te cobram família
Precisa ter filho

Se te cobram caráter
Só estar bem vestido

Se te cobram segurança
Não fique desprevenido

Se te cobram gerações
Procure motivos

Se te cobram trabalho
Descubra seu tino

Se te querem simpático
Abra um sorriso

Se te cobram inovação
Renove o estilo

Se te cobram o novo
Não seja antigo

Se te cobram passado
O que tenha aprendido

Se te cobram a paz
Não dispare mais tiros

Se te cobram respeito
Você tem recebido?

Se te cobram personalidade
Não faça o que eu digo

Se te cobram atitude
Não seja passivo

Se te cobram as metas
Construa objetivos

Se te cobram limites
Sonhos são permitidos

Se te cobram caminhos
Não esteja perdido

Se te cobram as rotas
Chame-as de destino

Se te cobram respostas
Seja reflexivo

Se te cobram palavras
Não seja prolixo

Se te cobram  verdades
Não seja evasivo

Se te cobram, se te cobram
Ignore os pedidos
Irracionais, corrompidos
Tenha o pleno sentido
De justiça contigo 

terça-feira, abril 02, 2013

IPI / Não foi acidente

Apesar de os últimos dias e recentes postagens poéticas, voltemos hoje às críticas e opiniões sobre fatos do cotidiano e comentários diversos.

IPI. Mantida a redução no IPI. Muito bom para quem vai comprar um carro, trocar o seminovo, melhor ainda para as grandes indústrias automobilísticas por aquecer o mercado. Mas, a compra de um carro, em inúmeras parcelas, em muitos casos, implica na dívida por um longo tempo. E, para um bem material, geralmente, indispensável para uma saudável locomoção, já que os transportes públicos são uma vergonha.

Contudo, eis o questionamento. Temos comprado, temos superado crises com mais compras, mas assim como quase tudo, esta é mais uma ação vazia. A compra pela compra. Não investimos, não fomos educados para isso. Nosso objetivo é ter dinheiro para comprar, não importa o que, nem para que serve.

Mas, por que não se reduzem os impostos para os livros e itens escolares? E essa ideia copio do jornalista Alexandre Garcia, do qual geralmente discordo de suas opiniões, mas, isso não vem ao caso. Por que não estimular a compra de livros, o investimento em formações superiores e/ou técnicas? Por que não se reduzir impostos pagos pelos professores? Por que não se reduzir impostos nos alimentos? Para a boa formação das pessoas, além da educação tão escassa em qualidade no setor público, é necessário boa alimentação. E isso custa. E custa muito. Por falar nisso...

Tanto se faz para conquistarem nossa gula. Redes de fast food nos seduzem com enormidades suculentas, saborosas e com promoções. Por que o governo não investe pesado em campanhas para uma alimentação saudável. Isso sim, seria muito inteligente.

Experimente ir a qualquer lanchonete. Salvo raras exceções, um copo de suco de laranja é mais barato que um refrigerante, por exemplo, que em alguns casos, serve dois ou três. Procure um local saudável para lanchar. Em poucos, você pagará menos que em uma rede de comidas rápidas. Por quê? Calcule isso quando você for ao mercado. Você, mesmo em pouca quantidade gastaria menos no preparo de alimentos saudáveis em comparação a lanches mais 'caprichados' e quentes. Será que para grandes redes ou lanchonetes (mesmo as de bairro) não seria viável? Provavelmente, mas nos falta essa educação de vida saudável desde os nossos primeiros passinhos.

Já que o discurso é sempre incentivar o bom desenvolvimento infantil, por que não fazer isso desde a infância? Por mais que as crianças tenham informações e cardápios regulares em merendas (quando as têm), não adianta sair do portão da escola e não encontrar à mão alimentos saudáveis; apenas, hot dogs, hamburgueres e doces mil.

Comprar e gastar é um direito. Cada um faz o que bem quer. Mas, por que não aproveitar cada centavo gasto e fazê-lo muitas vezes render? Não apenas em números, mas, em conhecimento, em aprendizado, em você.

E por falar nessas campanhas que deveriam existir, indico e peço o apoiuo de todos para participar de uma que já existe. NÃO FOI ACIDENTE. Na página inicial do blog, lá em cima tem o link para você também participar e assinar a petição. Faço esse apelo: NÃO FOI ACIDENTE. Vamos colaborar para punir quem bebe e dirige. Não compactue com essa irresponsabilidade.