terça-feira, abril 02, 2013

IPI / Não foi acidente

Apesar de os últimos dias e recentes postagens poéticas, voltemos hoje às críticas e opiniões sobre fatos do cotidiano e comentários diversos.

IPI. Mantida a redução no IPI. Muito bom para quem vai comprar um carro, trocar o seminovo, melhor ainda para as grandes indústrias automobilísticas por aquecer o mercado. Mas, a compra de um carro, em inúmeras parcelas, em muitos casos, implica na dívida por um longo tempo. E, para um bem material, geralmente, indispensável para uma saudável locomoção, já que os transportes públicos são uma vergonha.

Contudo, eis o questionamento. Temos comprado, temos superado crises com mais compras, mas assim como quase tudo, esta é mais uma ação vazia. A compra pela compra. Não investimos, não fomos educados para isso. Nosso objetivo é ter dinheiro para comprar, não importa o que, nem para que serve.

Mas, por que não se reduzem os impostos para os livros e itens escolares? E essa ideia copio do jornalista Alexandre Garcia, do qual geralmente discordo de suas opiniões, mas, isso não vem ao caso. Por que não estimular a compra de livros, o investimento em formações superiores e/ou técnicas? Por que não se reduzir impostos pagos pelos professores? Por que não se reduzir impostos nos alimentos? Para a boa formação das pessoas, além da educação tão escassa em qualidade no setor público, é necessário boa alimentação. E isso custa. E custa muito. Por falar nisso...

Tanto se faz para conquistarem nossa gula. Redes de fast food nos seduzem com enormidades suculentas, saborosas e com promoções. Por que o governo não investe pesado em campanhas para uma alimentação saudável. Isso sim, seria muito inteligente.

Experimente ir a qualquer lanchonete. Salvo raras exceções, um copo de suco de laranja é mais barato que um refrigerante, por exemplo, que em alguns casos, serve dois ou três. Procure um local saudável para lanchar. Em poucos, você pagará menos que em uma rede de comidas rápidas. Por quê? Calcule isso quando você for ao mercado. Você, mesmo em pouca quantidade gastaria menos no preparo de alimentos saudáveis em comparação a lanches mais 'caprichados' e quentes. Será que para grandes redes ou lanchonetes (mesmo as de bairro) não seria viável? Provavelmente, mas nos falta essa educação de vida saudável desde os nossos primeiros passinhos.

Já que o discurso é sempre incentivar o bom desenvolvimento infantil, por que não fazer isso desde a infância? Por mais que as crianças tenham informações e cardápios regulares em merendas (quando as têm), não adianta sair do portão da escola e não encontrar à mão alimentos saudáveis; apenas, hot dogs, hamburgueres e doces mil.

Comprar e gastar é um direito. Cada um faz o que bem quer. Mas, por que não aproveitar cada centavo gasto e fazê-lo muitas vezes render? Não apenas em números, mas, em conhecimento, em aprendizado, em você.

E por falar nessas campanhas que deveriam existir, indico e peço o apoiuo de todos para participar de uma que já existe. NÃO FOI ACIDENTE. Na página inicial do blog, lá em cima tem o link para você também participar e assinar a petição. Faço esse apelo: NÃO FOI ACIDENTE. Vamos colaborar para punir quem bebe e dirige. Não compactue com essa irresponsabilidade.

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