quinta-feira, abril 11, 2013

Revivi sonhos

Uma outra impressão
Antiga miragem
Uma linda imagem
O olhar calado
Intimidado
Pela idade, maturidade

Por uma tela,
Reencontro
Paisagem tão bela
Cores e sorrisos, em pose
Anos atrás, talvez doze
Quinze ou mais
Que hoje me guiam
Viajo
No tempo irreal

Um sonho profano
Um desejo sagrado
O olhar frontal
Ou rosto de lado

Um livro guardado
Decorado, não impresso
Não se fez material
Assim como o sonho
Tudo inspirado
Aqui contado
Ilustrado, ideal

No meu ideal
A ilha de encanto
Meu desejo é tanto
Que tanto me perco
Procurando, esperando

Assim como ao quarto, a fresta do sol
 Espero o vento soar um sim
no meio ou no fim
Sem nota bemol
Dissonante, destoante
A nota mais firme, mais natural
Quando canta o destino
Sem semitons e os sons que espero
Gritos, sussurros
Censurados agora
Vivem livres por hora

Entre 4 versos na estrofe
Entre 4 paredes
Unidas em redes
Que ainda se cruzam
E quem sabe se ousam, se usam
Nas flores repousam
Se esbanjam, se abusam

Para exalar a essência
E perfume de flor
Sentimentos que acusam
A paixão onde for

E traduzem na natureza
A função de seduzir
E assim atrair
A abelha e o homem
Que, cada um ao seu jeito
às flores se entregam
Com amor, se apegam
Se tocam, se esfregam
E por fim, se consomem

Quando não se destroem
Vez em quando florescem
Se as imagens aparecem
Terra e flores se permitem
Mais primaveras acontecem

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