E junta tudo de mais foda
O jeito, o cheiro, a forma, a pele
Em mim, a reação incomoda
Mistura-se ao foco e à moda
E o olhar que entorpece
Domina o jogo, põe na roda
Sabe aquele olhar invasor
Que se bate de frente intimida
Não ouse tentar se impor
É tipo beco sem saída
É sem liberdade concedida
O sol só resolverá se expor
Se os lábios juntos ganharem vida
E nesse ar, nesse gesto, pode ser noite ou dia
Você tem todas as estações e ações fenomenais
O vento, um beco, trança o enigma que sorria
Sinto de químicos temperos aos sabores naturais
A paisagem verde, o grafite urbano, no preto e branco dos jornais
É a ação que nem a confissão perdoaria
Mas, pra quê? Se já vai ao céu, vai querer o que mais?
Por você? Sim, tudo, todo pecado, profanação valeria
Transcenderia razões: espirituais e carnais.
A ordem (ou desordem) tanto faz
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