Viva à escola cívico-militar
Já que elegeram um para presidente
Coloque os camuflados pra ensinar
Vamos às regras daqui pra frente
Meninos com orelhas à mostra
Nada de barba pra rapaziada
A cabeleira curta sem cair pras costas
E a farda, muito bem alinhada
Pros adereços, meninas, discrição
Cabelos longos, pera lá, tem condição
Coque acima da cabeça ou simples trançado
Cabelos presos, sem o vento dar direção
Esquece o raspado do lado
E também os armados
Desarma! Desarma! O cabelo
As pessoas, 'táoquei', à vontade
Na raiz, quem poderá detê-lo
Prendem-no pela identidade
Cabelo armado, rendido
Preso numa touca de grade
Volte a ficar escondido
Armas à solta na cidade
Precisamos de rigidez com essa molecada
Não respeitam mais idoso, professor
No meu tempo, era palmatória e orelha puxada
Criança não ousava se impor
Vamos formar soldados, capitães, generais
Vamos apagar a versão lá do livro
Cale a voz do oprimido
Paulo Freire, referência em bibliografias internacionais
Não fazia e pra essa gente não faz
À direita, volver
SEN-TI-DO
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