segunda-feira, janeiro 18, 2010

Não sei se chega lá

Muitas previsões caíram por terra
O fim do mundo está pra chegar
Ano dois mil passou, já era
Uma década vai completar
E nada de o mundo acabar
Mas nada na história é exato
Não tem data fixa do fato
Tudo envolve um processo
Uma série de acontecimentos
Que nos fazem refletir
Sobre nossos sentimentos
Sobre tudo que está por vir
Sobre nossas ações dia a dia
Que instauram questionamentos
E o amanhã, nossa agonia

Irmãos morrem sobre suas vidas
Sob ou sobre casas construídas
Pelas águas e até mesmo, pelo chão
Que situação! Não apresenta solução
Mortes no varejo e no atacado
Fica a gosto do freguês
Aproveite a promoção!
Cada forma tem seu preço estipulado
Morrem mil de uma só vez
No Haiti, não se medem à unidade
Lá se contam às toneladas
As vítimas que o terremoto fez
Que o mundo todo comoveu
E em cada canto promoveu
Ações em prol dos haitianos
A situação trágica lá já é normal
E desde sempre ignoramos
Terremoto, tragédia mundial
A culpa é do ser racional
Que afrontam o natural, a natureza
Que não é nada indefesa
Reage, bate e mata com firmeza
Tal como a reação de uma ágil presa
Que escapa de seu predador
Que foge para sobreviver
Assim como nós humanos...
Péra lá, eu disse humanos?!
Deixa pra lá, é melhor renomear
Sei lá como nos definir
Isto é, se tem nomenclatura
Quem criou a ditadura,
quem destrói o universo,
Quem mata sem piedade
Quem despreza a humanidade
Na definição mais pura
E é só isso que eu peço
Como chamar essa criatura?

2012 já ta chegando...
Será que acaba tudo?
Será que será o fim do mundo?
Se não acabar até lá, talvez
Talvez perdure a conjuntura
O passo a passo para o fim
Não vai acabar assim, do nada
Mas que parece que ta acabando
Isso, sem dúvida, parece
Mas não carece de tentarmos salvar?
Como? Alguma sugestão pra dar?
Já entramos em processo terminal
Não sei se o tempo vai esperar

Não ponho fé em profecias
Falo pelas atuais evidências
Resultados, consequências
Que vemos nos nossos dias
Matamos, destruímos, acabamos
Com tudo o que recebemos
Pois somos inteligentes
Pegamos e revendemos
Hoje, lucros obtivemos
O futuro, no futuro pensaremos
A maçã no paraíso mordida
Hoje cheia de venenos
Por nos é engolida
Será que não percebemos?

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