quinta-feira, fevereiro 04, 2010

Não é um qualquer José

Zeca: apelido de qualquer José
No caso, de um tal Jessé
Será que sabem quem é?
É o atual malandro,
nada tem de mané
Pois é,
Tu ta morando “ondé”?
Apesar do apelido
Ter um tom pejorativo
Ele altera esse sentido
O Pagodinho é diferente,
Envolvente, malandro, decente
O cantor da nossa gente
No partido ou no dolente
Com a voz da boemia
Melancólico ou alegria
Enfim, samba, poesia
Tem o dom, a maestria
É o samba em pessoa
E uma imagem muito boa
No Brasil, seu cantar ecoa
E à raiz, seu samba coroa
Impõe estilo em seu cantar
Sabe o samba entoar
Fazer o peito emocionar
Põe o povo pra sambar
Homenagens, sempre vai ter
Tenho algo mais a dizer
Não sei o que posso fazer
Mas queremos te agradecer
Por seu samba com respeito
Inconfundível, não tem jeito
Ser brasileiro é um conceito
E renegá-lo é um despeito
Tem seu copo sempre ao lado
Amarelinho, suado
Show e palco iluminado
Faz o elo ao passado
Zeca é unanimidade
Intérprete da realidade
Ô Iaiá, como é louca a saudade
Mais que um bamba
É o samba, a Verdade

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