Encantador
Canto de paz
De gentilezas
De sorrisos fáceis
Jequi, calor
Do amor que faz
As fartas mesas
Intermináveis
Acolhedor
Local apraz
Faz sutilezas
Tão improváveis
Esse poema surgiu d’uma frase
De um mestre, trovador sem querer
Que na alegria cheia de um copo
Proclamou, ousou dizer
Que amava sua terra
E queria após morrer
Mesmo depois de uma era
Ter opção de renascer
E sendo assim, voltaria
Se pudesse, escolheria
No seu registro teria
Ou melhor, seria,
Ah, e como seria...
Bem diferente
Além de outro nome de gente
A cidade natal mudaria
Ser de novo araçuaiense?
Isso não gostaria
Outra localidade preferia
Tanto faz, indiferente
Não nasceria nessa terra quente
Não pisaria no chão fervente
Mas até conheceria
a pobreza que por aí se noticia
Pois teria o prazer de um forasteiro
E por esse canto tão brasileiro
Novamente se apaixonaria
E ao pisar nesse terreiro
Nesse índice em primeiro
Sua imagem construiria
A realidade constataria
E esse amor tão verdadeiro
Se expandiria e abrangeria
O Jequitinhonha inteiro
E pensar na agonia
De viver no estrangeiro
A saudade consumia
E sempre,
Sempre mesmo, prometia
Vou voltar pra cá um dia
Pra ser mais um ‘kaiauzêro’.
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