terça-feira, novembro 18, 2014

É que a menina quando faz 15 anos...

Essa frase do título foi o impulso para o texto que segue. Calçadão de Osasco. Rumo ao trabalho. Não lembro se pela manhã ou no retorno da hora do almoço. Enfim, isso é o que menos importa. Ao passar por uma lanchonete de salgados a R$1,50 e outros exemplos de comida barata e, relativamente, pelo preço, boa, deparei-me com uma mulher morena e uma criança. Dela, só saberia dizer que deve ter entre 30 e 40 anos e pouco menos de 1,70m. 

Percebi rapidamente quando passou (aram) por mim. E nesse 1 segundo que cruzamos, ouvi a frase: “é que a menina quando faz 15 anos...”; e eles se foram. Ah, esqueci de dizer que a rua da lanchonete é conhecida em Osasco como Rua das Noivas. O nome mesmo, não sei. Mas, é chamada de Rua das Noivas por ter trocentas lojas de locação e venda de trajes para casamento e festas de debutante. 

Voltando à frase da mãe (provavelmente era) ao filho, segui meu caminho e por mais esses dois dias de intervalo entre o ocorrido e o relato escrito, fiquei pensando como continuaria a conversa. Como a mãe explicaria ao menino o porquê ou detalhes de uma festa dessa? E mais: como ele entenderia? São tantas opções e versões... 

Trabalho há seis anos com festas como essa e fiquei formulando maneiras de explicar ao garoto. Em vão, para ambos. Eles já se foram e eu não encontrei nada didático para explicar isso a um rapazinho de seus 8 anos, mais ou menos.

(27/03/2014)

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