Ela tem um quê que eu não sei explicar
Misteriosa que só ela
talvez ela nem exista
seja coisa da minha imaginação
mas penso que não
a minha não é tão fértil a ponto de desenhá-la como a vejo
como em sonhos passados, me esbaldei com desejo
não pode ser real
como dizem por aí: é muita areia pro meu caminhãozinho
mas como imaginar é permitido, quero acreditar que foi real
era tanto fluido...
corporal, espiritual, sentimental, carnal
era poesia pura, essências além do normal
eram olhos que me encaravam sem a doçura de amor,
tinha tudo menos ternura
Como disse, era poesia pura,
porém aguda, ofensiva, direta sem meneios
era pra frente pro ataque
e quando me atacou como presa fácil fui ao chão
sem acreditar no que sentia
nem havia bebido pra delirar tanto e viajar para aquele novo mundo
Tudo parecia novidade, tanto que nem soube direito o que fazer e assim aquele dia ganhou novos ares
apresentou um novo limite ao céu, que eu sequer conhecia
E a cada manhã que abre o próximo dia, visito meus sonhos,
Lá está o manto negro, misterioso, de silhueta definida,
para colocar em questão:
toda vez que te vejo é mais um sonho
ou o sonho ideal ganhou vida?
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