Manhã comum como qualquer outra
Sol porém nem frio nem calor de arder logo cedo
Contudo, é apenas mais um dia
Rotina
E como gosto de transporte público...
Todo mundo estranha
Mas vejo no aperto tanta história que a curiosidade me fascina
Assim como a beleza feminina e sua variedade
A primeira a entrar foi uma negra escultural, cada curva do corpo desenhada à mão.
A pele chegava a brilhar, assim como os lábios, também desenhados,
contornados em um tom mais escuro que a pele.
Não sei seu nome, mas tem 'cara' de Regina. A primeira a entrar e a primeira a sair.
A blusa branca a contrastar, calça vermelha a colorir.
Uns 3 pontos depois, desceu uma jovem estudante.
Mochila nas costas, com quem por vezes já pouco conversei, se bem me lembro, de nome Bianca.
Deve ter seus 19. Jovem, rosto inocente e com jeito de guerreira.
Deve trabalhar, estudar, levar no peito a canseira.
Desceu, acho que hoje sem me ver por aqui.
E mais alguns pontos depois, desceu a que estava em minha frente.
E nessa altura do percurso, o sol entrava pela janela e nela brilhava.
No sorriso bonito, nos olhos amarelados como o sol que nasce,
nos cabelos cacheados nesta manhã sem vento que o balançasse
Usava tênis, calça colorida e uma mochila cinza estourando de tão cheia
Pela roupa parecia ir à academia, mas pela maquiagem, não.
Bem feita como quem vai ao trabalho ou a uma importante reunião.
A moça era bonita, talvez entre seus 28 e 32. Parecia tranquila e feliz.
É bom ver gente assim. E logo depois deu sinal e saiu.
O nome Não sei talvez Renata, Fernanda ou Marilia.
As três partiram, eu segui com um livro de poemas
e inspirado, por agora, pelo menos, esqueci os problemas
e os dilemas que em vez de inspiração têm me trazido agonia.
Mas não da tempo pra isso desci do ônibus, peguei trem, metrô e assim continua o dia.
E ainda são 8h13 da manhã...
Nenhum comentário:
Postar um comentário