segunda-feira, agosto 05, 2013

Mudança (1ª parte)

Vamos mudar. Muitas vezes, uma vontade Em muitas mais, necessidade. E assim começa a saga quando estas duas palavrinhas entram pela porta.

O primeiro impacto causa angústia, desespero, ansiedade e mais uma porrada de sentimentos que não caberiam escrever aqui, já que internet e blog exigem mais agilidade e, na real, não é muita gente que tem tempo e saco pra ler os detalhes esmiuçados, por mais saborosos que deixem o texto. Mas, vamos lá. Primeiro passo, tirar as malas que ficam em cima do guarda-roupas. Continue tirando. Agora, a poeira dentro e fora delas. Paninho úmido e beleza, os ácaros e o estado de quase mofo se foram.

Um ponto bom da mudança é se livrar de roupas que você realmente não usa mais, nem usará. E melhor, livra espaço na bagagem também. Putz, tem que desmontar o guarda-roupas. E só quem sabe como é mudança, sabe que sempre tem um parafuso que não sai nem f... E nessas horas, aparecem duzentos entendidos que se oferecem e são conhecedores de técnicas imbatíveis para "desacochar" os parafusos espanados. A batalha está só no começo.

Caminhão de mudança. Fica a dica: nunca aceite indicação ou procure alguém que se chame tal coisa e um apelido em seguida. Exemplo: João Sabiá, Zé Rodinha ou qualquer porra parecida. Já de antemão, aviso: vai dar bosta. Depois que você optou por contratar esse serviço, prepare-se. Chegou a hora de embalar tudo. Correndo todos. Direto para o supermercado mendigar umas caixas de papelão para embalar aquela cacarecada que guarda há anos. Conseguiu? Beleza. Vamos providenciar aquela fita marrom de embalar caixa que, duvido que você que lê este texto, sabe o nome correto. Como eu também não sei, é fita grossa marrom de embalar caixa.

A casa começa a ficar aquela zona e sua regra alimentar de meses vai pro saco e, consequentemente pra pança ou para as gorduras localizadas. No meu caso, localizada em todas as partes do corpo. Gorduras à parte, mudança dá um trabalho. Às vezes até compensa a ingestão calórica. Às vezes.

Quilos a mais à parte, nessas horas se escolhe se isso leva ou isso fica. O que fica, se vende a preço de banana, mas, ajuda um bocado nessas horas de mudança. E você que já mudou, tem sempre um espelho ou um vidro da estante que dá um medo de quebrar... Pega a coberta! Frio? Não. Para enrolar o espelho e proteger as pontas. E tem mais uma preocupação, arrumar jornal. Pra procurar um novo emprego? Também. Mas, pra fazer aquelas embalagens para proteger copos e pratos. É tanta coisa para se preocupar e tem cada situação inusitada. Quem já subiu num caminhão aberto para ajudar a escorar a mudança de um bairro pro outro? Nessas horas, cada quilômetro rodado é uma senhora aventura. Segura no caminhão, a outra mão em algum móvel estratégico para manter a ordem da tralha toda, posição de cócoras ou escorado no caminhão. Balança, segura, se equilibra e é fato, dá um medo da porra. De cair do caminhão? Também. E mais ainda: de cair tudo em cima de você e pior, quebrar tudo.

(continua...)

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