sexta-feira, agosto 07, 2020

Sua Entrega de Racismo Chegou!

Não é coincidência
Nem lapso de inconsciência
É isso mesmo, assim que a banda toca
E toca alto saiu da toca
Toca na rua, condomínios, avenidas
A banda toca as notas que ficavam escondidas

Dó, ré, ra-cismo
Dó, ré, pré-conceito
Dó, ré, mi-soginia
Dó, ré, mi, fa, fobia

Fobia seria medo, mas, é ódio
E esse ódio está na cara
E no resto da pele
Por mais que pra respirar se apele
Que a internet cancele
Isso não para

Assim como o relógio bacana que o Matheus comprou
E em poucas voltas do ponteiro do segundo
O mundo girou e ele foi encurralado
Pelo racismo, cercado, humilhado
Queria que esse relógio pudesse voltar ao passado
Uns minutos atrasado
Nada disso ter acontecido

Atraso é palavra que pesa no vocabulário
e salário do Mateus entregador
Como o racismo não vê cara, mas, vê cor
Outro Matheus, também entregador, viu um racista se impor
O racista também era Matheus, só que contador

Aos 2 Matheus, sua entrega de racismo chegou!
Contou vantagem, que o entregador teria inveja, 
De sua casa, de sua pele, de sua grana.
Não se engane, não se inveja o que se enoja

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