Ponto final
Começo assim
A descrever meu fim
Que temia tanto
E agora não há pranto
Que recue o tempo
As palavras que propaguei
Que defendi e me orgulhei
Caíram por terra
Assumo, falhei
Com orgulho ferido, errei
E a terra que caiu
Hoje sufoca e me cobre
Lembrando brincadeira de praia
De infância
Ser coberto por areia
Agora é terra
Onde o ar não permeia
E sem brincar, mata
às vezes, lentamente
às vezes, tão veloz
Que tão subitamente
Perde a voz
E nessa vida não tem após
Tem a continuidade
Igual prova de revezamento
Um para, o outro vai
Passa o bastão
E naquele exato momento
Pra esse acabou, fim da linha
Pro último, a de chegada
A glória da faixa final
Na vida, queria terminar a prova
Mas errei na condução
Saiu a punição
Eliminado
Para mim, acabou.
Agora, deixo reticências...
Nenhum comentário:
Postar um comentário