Ouça o poema na voz de Diego Machado
Medo
São tantos
Tantas fobias
Tanto pavor que agonia
Mas o medo muda, varia
Hoje é conformado
E outro problema se cria
Aceitos os medos
Conformando-se com eles
Resta descobrir
Como se portar, como reagir
Surge então outro problema
O medo cede seu espaço
Para seu próprio combate
Reação vingativa e revolta
Enfrentar sentimento covarde
Que a vida, com tempo esgota
todas as possibilidades
Do problema maior que apavora
Numa cadeia de relações
Entre atos e omissões
Que o tempo deteriora
Com a cruel concordância
Inércia em constância
Com o que se pune
Nossa estima e capacidade
De ver sempre tão imune
A ilegal sagacidade
E por mais que se apure
Por mais que se acuse
A triste verdade
É faltar atitude
Inclusive pra reagir a isso
Mas, parece inevitável
O tempo me torna domável
Não muito amável
Quando me vejo de fora
Torna o absurdo aceitável
Viro um ser domesticável
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