quinta-feira, janeiro 12, 2017

No Marechal, marechais

Dias tão normais
Não diria iguais
Tem seus diferenciais

Na pausa pra refeição
Legumes, vegetais
Alimentos naturais
Sem fritos animais

Nas ruas laterais
Transversais
Gente no chão, pedindo reais
Na via, bikes e skates
Vi manobras radicais

Lojas com promoções fatais
Pra quem num 'guenta'
um descontinho a mais
as condições sensacionais
o pagar em parciais

Mercados, lojas de materiais
Borracha, lápis, cadernos de espirais
Doces, ôôô tentações desleais
Roupas descoladas e formais
Padaria, bicicletaria, banca de jornais

Tudo isso num quarteirão
Mais 3, 4 ruas pra trás
E nesse eu venho, tu vais
Vejo vendas ilegais

As ching-ling, de orientais
Nessas, é só caso pros fiscais
Em outras, aí só policiais
Tem as pontas iniciais
E consumidores finais

E nesse intenso e tenso leva e traz
A inspiração se faz
Atravesso sinais

Casas que atentam relações conjugais
Um hotel que recebe um montão de casais
Homo, hétero, bi, tri, tetra, penta, hexassexuais
Para encontros casuais
Para alguns, imorais

Num só bairro, tantos marechais
Soldados rasos, patentes maiorais
Desigualdades brutais
Nas ruas centrais
Sem camuflagem, visuais

Tem canções de artistas marginais
E agora meus versos; quase sempre, sociais.

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