quinta-feira, janeiro 05, 2017

Nós por Nós Mesmos

Todos dizemos
Como tem filho da puta por aí
Nos surpreendemos
O que tem de pilantra, não está no gibi

Nossa... fui no arco da velha
Essa expressão não tá no gibi
É lá de outra era
Do tempo que o Dondon jogava no Andaraí

Mas, voltando à nossa visão
Que de sacanas estamos cercados
Se todos têm essa percepção
Estamos então todos errados?
Todos bons num convívio prejudicado?

Se somos bons e bondosos
E todos dizem ser
Se não colecionamos remorsos
Ou cruel maldizer

Se não poupamos esforços
Para o bem exercer
Onde estão os maldosos?
Eu bem queria entender...

Nós, tal qual um jogo da verdade
Sem qualquer fio ou aparato
Encare o espelho sem falsidade
Olho no olho e o seu relato

Seu mais confesso pecado
Sua mais pervertida vontade
Sua roupa de sair, seu traje guardado
Infinitas versões de realidade

Chaves da porta aberta e do cadeado
Sem polígrafo, se invade
E nesse cofre, está lá, trancado
O espelho embaçado
E o RG da sociedade

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