Ficam os dedos
Vão-se os anéis
Ditado bem apropriado
Fica o povo esfolado
Contando merréis
(ah... escassos merréis)
(ah... escassos merréis)
E os anéis logo vão
Cruzar o mundo, lá pro Japão
Vão juntar mais bilhão, trilhão, quadrilhão
Em moeda, papéis, medalhão
Daqueles de ouro bem bonito
Que o campeão ostenta no peito
Impõe um puta respeito
Comemora no grito
Pra quem compete
É mais que uma medalha
É o topo
É a perfeição, sem falha
Se houve, teve quem errou mais
Sensação de superação
De insuperável
De invencível
De que enfim, foi capaz
De ultrapassar tudo e todos
De ser incrível
Mas, fora o atleta
Que tem sua meta
Do recorde mundial
Ou a meta pra defender
No handebol ou futebol
Os jogos serão sem igual
Não sei se em outra edição
Estava tão bagunçada a nação
O povo é seu próprio rival
Um refém no seu próprio local
Comercial, residencial
A própria casa virou a prisão
Todos trancados no quarto
E na sala, um festão bacanal.
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