segunda-feira, outubro 29, 2018

Madeira de Lei

Meu sono anda perturbado
Por um sombrio passado
E a iminente volta
Tanto que massacre, tortura
Têm sido abrandados
Com nome de movimento e revolta

Revolta, reviravolta, revólver
Radical de revolução se dissolve
Sob a batuta nada musical do canadura
Será tudo como o tempo bom de antes
Anuncia: Se der no jornal, remove
Das bibliotecas, das escolas, das estantes

Militantes! Gritam e gritam os militares
Militar a limitar conteúdos escolares
O tira retira, raso como a patente
Afronte à sua pretensa postura
História não é Exatas, então são incontáveis
A dor de um passado, se faz tão presente, tristemente perdura

Transparente, sem gente no  cavalo de madeira
O pau vai cantar, não como na missão de Nogueira
Madeira de lei ou a lei da madeira, brutal?
Troncos quebrados por fúria
Publica-se um bolo de macaxeira
Versão espúria, editada a mando: ‘sim senhor, general’

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