Não queria começar esse poema
Pedindo a você empatia
Por algo que não é seu problema
Não adianta eu pedir seu cuidado
Com quem sofre pelo que é, todo dia
E pedir que você fique ao lado
Não posso esperar sua comoção
Em um discurso pela democracia
Se não viveu sob opressão
Não despertarei seu sentimento
Sobre preconceituosas fobias
Em cada ataque violento
Não creio que assumirá tal postura
Quem releva, se abstém ou silencia
Posiciona-se: a opressão atura
Não ouvirei levantar sua voz
Por quem sofre covardia
De ataque como agora, feroz
Seus vários nãos são positivos
Indicativos de sua posição
Omitir-se, jeito um tanto expressivo
É uma forma de corrupção
Há o consciente infrator ativo
E o que encobre a visão
Há quem não veja motivo
Pra tanta preocupação
Curiosamente, se chama passivo
Ao discurso sem paz, ELE NÃO
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