Saiu.
A lágrima de dor, presa nos olhos, caiu
O sorriso de contentamento se abriu
Há quem vai julgar se chorei ou sorri
Comemorei ou me enraiveciHá quem vá condenar, menosprezar o que senti
Posso até ser rotulado por esse ou aquele ali
Mas, aquele ali
Meus passos, não viuNão sabe por onde andei,
Nem o quanto chorei
E, mesmo assim, a mim dirigiu
Seu julgamento, que eu poderia chamar de
vazioJulgamentos... sempre agudos, dedo em riste
O que pra uns é tudo, pra outros, nem existe
O juiz, de toga e martelo, pode batê-lo, abatê-lo
Diante da justiça hilária
Em nome de Deus, em nome da pátria
Mas, não há Supremo que possa prender
pensamento
Ele surge e aos poucos se espalhaAtinge um sentimento
Que nenhum aprisionamento
Tenha força que o valha para detê-loMuito menos contê-lo em seu nascimento
Em missão adversária, há um exército sangrento
E minha forma literária, por vezes, simplória, precária
Vai de encontro ao violento
Não com golpe preparado
Ou pr’um confronto armadoMão livre, verso livre
Só a rima de argumento
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