domingo, novembro 14, 2010

Continuidade

Nos anos 2000, os primeiros 10 anos estão terminando. A família está se acabando. Não quero ser antiquado, mas olhe por esse lado. Há muitos filhos largados, abandonados, menosprezados ou até deixados em um dos lados dos rios e lagos. Lagos ou latas... de lixo!

Século XXI. Não quero ser mais um a cooperar com a loucura. Maluquice pura. Egoísmo demais. Um filho a mais. Símbolo de paz? Isso ficou pra trás. Sobra muito choro e um "aqui jaz". Não me parece tão normal reforçar esse sistema, que não é nada legal. Mas, não tem problema. O maior dilema é datar a cena. A pergunta é quando, e não por que. Por quê? Porque é claro, viemos pra deixar. Deixar o quê? Pra quem? Mas relaxe, tudo bem. Deus vai nos ajudar. O governo também. Tem bolsa e auxílio tudo, mas afirmo e não mudo: tudo o que é dado, não é valorizado, não vem do suado trabalho pesado, vem doado, como esmola pra pesar na sacola do supermercado.

Hoje está legal pra viver? Você que tem que dizer. Se vir um amigo sofrer, o que vai fazer? Socorrer? Pense pra valer. Em meio a crimes banais, passionais, rivais, brutais, fiscais, morais, você quer mais? Quer ver um filho teu revoltado, indignado ou não vê-lo fugir da luta, como canta o hino? Quer uma personalidade bruta, vil, ou um pateta imbecil? Não é só educação. É conscientização. É superlotação. É sua emoção e a desse coração que mal iniciou a respiração, mas tem pulsação, emoção, tensão, razão e por que não mais um boneco da televisão?

Comandados em Ação? Não! Ação Comandada, sem ser questionada, indagada, interpelada por quem não sabe nada, nem que veio ao mundo e por que o colocaram num canto imundo. Não falo do lixo da rua, mas, da cidade inteira. Rios, vias, ar. Pessoas, dinheiro, lar.

Tudo parece uma lixeira, isso sem falar na enorme sujeira que nos cerca, independe para onde você olhar. Não dá pra relutar! É ruim aceitar e não é brincadeira. Por falar em brincadeira, você marionete, vê se para de jogar confete em quem te apunhala a canivete.

O corte é cada vez mais fundo e não é como cirurgia, que tem direito à anestesia ou como um parto cesária para dar à luz outra vida, outra alegria, a quem tanto essa criança esperava. O furo da faca fere firme, forte, fundo. Fixa, puxa e abre da barriga até quase o peito e parece que não tem jeito, é a norma. Entendamos que norma e normal tenham origem na mesma palavra, tudo o que é norma é normal? Por quê? Sei lá se por coincidência, rima com 'igual'. Isso é bom ou mau? Por mais que a métrica poética não favoreça, prefiro as rimas 'anormal', 'ideal', ou até diferente, mesmo que não mereça nomeação condizente.

Hoje, pra resumir a história, quando o passado, a glória, a memória, a honra, a vitória, só não quero redigir mais enredo. O futuro dá medo. E não que se deva fugir dele; ao contrário, o certo é encará-lo, mas, se achamos que algo não será bom, podemos evitá-lo. É direito fugir da norma, mas sempre ronda e põe limites na caminhada, mas outra mão será trilhada. Como o mundo não vai melhorar, não quero ser responsável pela humanidade (?!) continuar... se destruindo sem pensar!

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