Imperdível show!!!
- Opa, beleza? Vamos ao show esse final de semana?
- Nem vou. Não curto esse som.
- Ah, “vamo aí”. Todo mundo vai...
- Todo mundo quem?
- Ah, todo mundo...
- Beleza, quanto “tá”?
- Faz assim. Eu vou comprar pro pessoal, depois você acerta.
- Fechado.
Quantas vezes você já não foi um dos personagens desse diálogo? E faço outra pergunta: por que pagar (ou não) para ir a um show (?!) de um artista (?!?!?!) que você nem conhece ou gosta?
- Porque vou para me divertir com meus amigos – alguém argumentou.
Nããããooo! Não!
Esse papinho se ouve com frequência com uma justificativa mais esfarrapada ainda: porque nesses shows têm muitas mulheres.
Não! Mil vezes não! Meu ouvido não é pânico e não vou disponibilizar minhas tão preciosas horas de lazer para acompanhar uma atração que, em nada, me atrai.
- Ah, mas é bom sair pra conhecer pessoas diferentes... outro argumento imbecil.
Parou! Se pretendemos conhecer novas pessoas, devemos procurar pessoas que combinem com a gente, que tenha gostos similares aos nossos. É isso o que nos aproxima de alguém, ou não é?
- Por favor, me explique (quem puder):
- O que uma pessoa que gosta de rock, por exemplo, conversaria com alguém em um show
sertanejo? Ah, e vice-versa.
Tem algo muito estranho...
E tem mais: o que dizer de shows que todos (e todos mesmo) acham ruim (ou se envergonham em dizer que gostam) e as bilheterias batem as dezenas de milhares de ingressos vendidos? Ou até esgotados. Impressionante!!!
Se ninguém assume gostar e os shows estão sempre lotados, tem algo muito mais que estranho.
Porra! Show ruim lotado é um forte incentivo para que haja constante manutenção de produções descartáveis e cada vez piores.
Contratantes veem resultado financeiro e se todas essas músicas compostas em um caderninho ao lado da privada forem sempre incentivadas, aplaudidas, cantadas por multidões, lotadas e assistidas por quem não tem atitude para dizer não a essas merdas todas, a tendência e o futuro não são nada animadores. Seja você. Curta o seu estilo. Não se importe com quem vai. O que importa é aonde você vai.
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