E as panelas continuam ecoando seu som de vazio...
Cheias, vão às mesas, enchem pratos e calam bocas
Nas varandas se batem, ouve-se o som do aço frio
Razões pra batê-las, pode crer, não são poucas
Vermelho na tela, janela; se a cor do discurso que antecede a novela for outra...
Mesmo que lhe tire a quirela
A batida vira palma ou silêncio e se afrouxa
Ao mesmo tempo, burro e mentor da sacanagem
Prendam-no e aos seus e tudo volta à calmaria
Como sempre, até então, vivemos
E tudo voltará a ser bom, como já foi um dia
Se bem que... ainda são. Não saem mais de casa, nem batem que vão pra rua
Quando iam, modelito em dia com seu valor ético e na moda do padrão estético
Mas, não mais as ouço enquanto nos tiram as cobertas e nos deixam a pele nua
O país gira em torno de um
só processo
Delatores libertos, levando
tudo que o culpavaAo final, a decisão nos trará o progresso
Uma única pessoa ameaçava
Era a ameaça que carecia
nossa mais viril linha dura
Mas, diante de todo o
desejo, cadê quem tem a dita duraPra batê-la na mesa e seguir adiante?
Faça o que se espera de sua
moldura, de tudo que se espera de sua postura
Com candura, com bravura, de
quem se espelha em sua figuraTe homenageia num quadro na estante
Mas, precisei me estender um pouco mais
Afinal, diz aí, né, o país agora tá bem melhor?!
Reconquistamos nossos
valores nacionais
Readotamos como
comportamento a meritocraciaEquidade é uma porra, corre aí e faz o seu
Se você não teve o que merecia
É que não fez o corre, se
fodeu
E esses protestos são tudo
coisa de vagabundo sindicalista Que não quer perder mamata e só fica gritando golpista
Mudando é melhor, vou economizar na diarista
Esses que no fundo no fundo,
entra no grupo caviar esquerdista
Quando aguçar sua vista,
direitista, esquerdista, centrista,Não terá mais patrão, bem vindo (de novo) à era escravagista
Sugiro um nome à profissão
O que acha de PANELISTA?
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