A qualquer fé, eu imploro
Amenize essa dor no meu peito
Que não encontra termos, nem meio-termo
Que me faça fugir desse modo
Um modo extremo
Com qualquer água, me afogo
Escrevo em meio ao barulho intenso
Aspirador, avião, teclas, notificações
Uma janela de metal em movimento
A colcha da cama, molhada em porções
Nas tristezas, sempre vem à cabeça, canções
"Mas, a minha lágrima o vento seca"
A lágrima que seca com o vento
A causa, que nem sempre tem claras razões
Só desaguam a dor por dentro
Dor que solta o choro preso
Choro que às vezes nem se entende
Choro que se cobre no leito
Ao travesseiro se prende
A fronha não questiona, compreende
A linha do caderno faz o mesmo
Hoje, eu chorei novamente
E novamente chorando, eu escrevo
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