terça-feira, novembro 24, 2009

O barato é loco

O barato é loco
E o processo é lento
A frase do momento
Pra dizer que a fase
é de muito tormento
Em outra época
Se dizia: sujou, fechou o tempo
Mas a questão não é a expressão, o termo utilizado
é a tensão que está em todo lado

Muros que caíram
Ou foram derrubados
Outros que fugiram,
Tantos que partiram
Muitos que sumiram,
Pois foram censurados
Nem todos conseguiram
Resistir lá no passado
Têm os que oprimiram...
Os que redigiram, fatos omitiram
Têm aqueles que permitiram
E claro, os que proibiram
Nesse processo, milhares sucumbiram e desistiram
Mas há os que insistiram...

Sobreviveram e guerrearam
Desafios enfrentaram
Inimigos arrumaram
Mataram, mataram e mataram
Em nome da paz universal
Esse é o pensamento
Siga o entendimento
Para acabar com o mal
É só eliminar o oponente
Não se aceita conviver com essa gente
Raciocínio conveniente
Do outro lado, o ponto de vista é coerente
Então se matem
Até restar um sobrevivente
E deste, retomar o conceito de sociedade
Unilateral,
Todo mundo pensando igual
Quem pensar diferente
Terá que bater de frente
E voltamos à questão latente
Para definir o bem e o mal



Matamos em prol da paz,
em prol da crença
em prol de tudo
que julgamos doença
não importa o conteúdo
A que Deus eu saúdo
E nem o que você pensa

Realmente, o barato ta loco
E não é pouco, não
Esquecemos a união,
A palavra consideração
Já sumiu do dicionário
O vizinho não é irmão
Apenas adversário
Pra tudo é competição
Não queremos perder o páreo
Em um mesmo dia
Vemos miséria
E gasto à revelia
Às vezes, na mesma via
E passamos sem perceber
Sem notar outra vida
Abandonada, perdida
Sem ter direitos
Sem ser ouvida

Seja por terra ou por santo
Matamos e matamos tanto
Infringimos mandamentos,
Sem ressentimentos
Principalmente o primeiro
Que nos pede o respeito
Ao próximo como a si
Um dia, vamos evoluir
Os outros, eu nem comento,
Se o básico é infringido
O mundo está perdido
Cada dia mais destruído
Na questão da ecologia
Da alimentação e moradia
Da família que existia
Onde a paz prevalecia
Hoje resta a agonia
E a pressão nos angustia
Desde a era monarquia
Até hoje, hierarquia
Mas há de chegar o dia
Que a fé não matará
Que a cor não matará
Que a terra não matará
Aleluia, axé, amém, saravá.

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