segunda-feira, novembro 30, 2009

Continua a humanidade (?!)

Nos anos 2000, os primeiros 10 anos estão terminando. A família está se acabando. Não quero ser antiquado, mas olhe por esse lado. Há muitos filhos largados, abandonados, menosprezados ou até deixados em um dos lados dos rios e lagos. Lagos ou latas. De lixo. Século XXI, não quero ser mais um a cooperar com a loucura. Maluquice pura. Egoísmo demais. Um filho a mais. Símbolo de paz? Isso ficou pra trás. Sobra muito choro e um “Aqui jaz”.

Não me parece tão normal reforçar esse sistema que não é nada legal. Mas não tem problema. O maior dilema é datar a cena. A pergunta é quando e não por que. Por quê? Por que é claro, vivemos pra deixar. Deixar o que? Para quem? Mas relaxa, tudo bem. Deus vai nos ajudar. O governo também. Tem bolsa e auxílio tudo, mas afirmo e não mudo que tudo o que é dado não é valorizado, não vem do suado trabalho pesado, vem doado, como esmola pra pesar na sacola do supermercado.

Hoje está legal pra viver? Você que tem que dizer. Se vir um amigo sofrer, o que vai fazer? Socorrer? Pense pra valer antes de responder. Em meio a crimes banais, passionais, rivais, brutais, fiscais, morais, você quer mais? Quer ver um filho teu revoltado, indignado, ou não vê-lo fugir da luta, como canta o hino? Quer uma personalidade bruta, vil ou um pateta imbecil?

Não é só educação. É conscientização. É superlotação. É sua emoção e a desse coração que mal iniciou a respiração, mas tem pulsação, emoção, tensão, razão e por que não mais um boneco da televisão, os Comand(ad)os em Ação? Ação comandada sem ser questionada, indagada, interpelada por quem não sabe nada, nem que veio ao mundo e porque o colocaram num canto imundo. Não falo do lixo da rua, mas da cidade inteira. Rios vias, ar. Pessoas, dinheiro, lar.
Tudo parece uma lixeira, isso sem falar na enorme sujeira que nos cerca, independe para onde você olhar. Não dá para relutar! É ruim aceitar e não é brincadeira.

Por falar em brincadeira marionete, vê se para de jogar confete em quem te apunhala a canivete.
O corte é cada vez mais fundo e não é como cirurgia, que tem direito à anestesia, ou como um parto cesária para dar à luz outra vida, outra alegria, a quem tanto essa criança esperava. O furo da faca fere firme, frio, forte, fundo, fixa, puxa e abre da barriga até o peito e parece que não tem jeito.

É a norma. Entendamos que norma e normal tenham origem na mesma palavra, no entanto, tudo o que é norma é normal? Por quê? Coincidentemente também rima com igual. Isso é bom ou mau? Por mais que a métrica poética não favoreça, prefiro as rimas anormal, ideal ou até diferente, mesmo que não mereça nomeação condizente.

Hoje, pra resumir a história, guardo o passado, a glória, a memória, a honra e a vitória, só não quero redigir mais enredo. O futuro dá medo. Todos sabem, não é segredo, que os problemas vêm mais cedo e cada um à sua forma. Eu tento fugir da norma, mas me ronda e põe limites pra caminhar, mas outro caminho vou trilhar, vou desviar. Como a expectativa é de amargar, não vou participar desse rito milenar e fazer a humanidade (?!) continuar... se destruindo como está.

Um comentário:

  1. Então..... Nem preciso dizer nada né....


    Você sabe que gosto muito da maneira que você escreve.

    Você tem muito talento....

    Beijossss

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