domingo, outubro 27, 2013

Hat-Trick do Boi Bandido. Quem diria...

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Insisto na análise que o Aloisio não é atacante para o São Paulo, mas é o que temos. Espero que um clube gigante como meu Tricolor tenha no setor ofensivo, jogadores com mais qualidade. No entanto, merece destaque a entrega em campo do nosso camisa 19. Hoje, ele resolveu. Na última quarta, também. Indiscutivelmente, tenho que me render à efetividade do apelidado Boi Bandido. Até o titular da posição, o endeusado camisa 9 tem sido pior. Afinal, quando precisa, ele nunca joga. Mas, sigamos no camisa 19.

Aloisio deixou 3 na vitória de hoje contra o Inter e o melhor de tudo: quebrou o tabu de perdas de pênalti. Pra compensar, teve dois e ele guardou nas duas ocasiões. Bateu como qualquer jogador deveria bater. Que diria o Pato... mas, foi lá, com toda sua falta de habilidade técnica e bateu forte, o que, independente de onde vá no gol, já é mais um dificultador para o arqueiro.

Como disse que me rendo à efetividade do Aloisio, preciso aqui ressalvar uma análise pessoal sobre o Ademilson. Não é atacante para o Tricolor também, no entanto, o Muricy descobriu como fazer ambos renderem mais. O Ademilson, como camisa 11 que é, cria jogadas para que o tradicional 9 (vestindo a 19), complete pras redes.

Sendo assim, Luis Fabiano que, tecnicamente, é melhor que ambos, porém não joga quando é clássico ou jogo importante, retorna na quarta pela Sulamericana  e tira a vaga de um. Provavelmente, do 11, Ademilson. Luis Fabiano, como 9 que é (ou deveria ser) passa o Aloisio para armar as jogadas para ele. E nessas situações como 11, o 19 não rende como o tradicional centroavante das duas últimas partidas. Então, preferiria deixar o futebol de fábula no banco mesmo.

Muricy
Se a torcida Tricolor já o idolatrava, agora, um busto, camisas dele, e muito mais poderia ser feito por nosso técnico. Fez o Ganso jogar mais, ajeitou melhor o setor defensivo, adequou posições de alguns jogadores, como os dois da frente e arrumou a casa. Gratidão sempre.

Jogadores injustiçados
Assim como fiz juízo equivocado sobre a funcionalidade e efetividade de Aloisio e Ademilson, reconheço outros jogadores que passaram por este mesmo problema em outros tempos no São Paulo. Mais recentemente, o Lúcio. O cara poderia estar no time. Duvido que ele, por pior que esteja, não consiga ser melhor que Paulo Miranda ou Edson Silva. O problema é posicionamento. O São Paulo começou o ano com Toloi, Rhodolfo, Lucio, Paulo Miranda, Edson Silva como opções na defesa. Não é um conjunto ruim, mas precisa ser organizado.

Perdemos Lucio e Rhodolfo. Ambos poderiam estar na equipe. Rhodolfo, por questões pessoais, foi para o Grêmio. Agora, o afastamento do Lucio, atribuo a erro de esquema. Nosso camisa 3 já foi o xerifão do time da CBF por muito tempo. Impossível que não tenha qualidade alguma, mesmo caminhando para o final da carreira. Em outras fases, o mesmo aconteceu com o argentino Ameli, vindo do River Plate. Oswaldo de Oliveira o colocava no combate, enquanto era zagueiro de sobra. Ficou pouco. Foi muito expulso e dispensado. Ricardinho, ex-Corinthians: jogou até de segundo volante de marcação. O Ricardinho não era um 10, mas jogava na criação. Não deu certo também. Entre outros que nem duraram.

Com tudo isso, sigo com meu voto de confiança à dupla A A: Aloísio e Ademilson. Que o Boi Bandido continue com suas voadoras. Mas que, imaginar que assistiríamos a um hat-trick dele contra o Internacional no Sul era algo surreal até para o mais fanático fã dele, isso, sem dúvida, era.

Nenhum comentário:

Postar um comentário