Os portões do bairro onde cresci
Continuam os mesmos
Até a ferrugem nos cantos são as mesmas
Minhas lembranças de infância são poucas
Mas quando os revi
Revivi as vezes que subia aquela ladeira
Para pedir prendas pra festa junina
Ao revê-los, tive a certeza
De que é uma pena nos dois sentidos
Um lamento e uma punição
Na fase adulta, amadurecidos
Na infância, em evolução
Não, não e não.
Continuam os mesmos
Até a ferrugem nos cantos são as mesmas
Minhas lembranças de infância são poucas
Mas quando os revi
Revivi as vezes que subia aquela ladeira
Para pedir prendas pra festa junina
Ao revê-los, tive a certeza
De que é uma pena nos dois sentidos
Um lamento e uma punição
Na fase adulta, amadurecidos
Na infância, em evolução
Não, não e não.
Somos agora os mesmos portões
Outrora, vistosos, a referência da rua
Sabe aquela casa de portão de tal cor?
Com o tempo, a ferrugem atua
E somos os mesmos portões
Nhec, nhec, soam as nossas dobradiças
Que tem sempre um jeitinho de abrir
Passaram-se várias vezes as 4 estações
A rua continua a descer e subir
Nhec, nhec, soam as nossas dobradiças
Que tem sempre um jeitinho de abrir
Passaram-se várias vezes as 4 estações
A rua continua a descer e subir
E nós não sabemos de fato nosso sentido
O que sabemos é que sentimos
O tempo enferrujar nossos portões.
O que sabemos é que sentimos
O tempo enferrujar nossos portões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário