Quem dera eu tivesse o poder
De ser tudo o que eu escrevo
De ter vivido todas as cenas
Umas eu nem queria viver
Vivi algumas, apenas
Muitas vezes, é sobre dor
Algumas que vejo
Outras, a empatia me faz supor
E passar por elas, não desejo
As de amor,
Aí que eu não quero mesmo
Quando escrevo, eu posso olhar um casal na rua
Imaginar que são amigos, namorados
Posso criar um personagem que atua
Ou de fora, assiste calado
Posso ser narrador de um ato
Posso ser um terceiro
O amante,
o traído
Posso nem ser percebido
Como um mero figurante
Quando do papel e caneta me aposso
Se eu quiser, posso ser
O par da atriz principal da novela das nove
No meu texto eu posso
Posso amar, posso estar num romance
Que só um lado sofre
Posso escrever, escrever
E às vezes, o enredo não desenvolve
Tudo isso que eu posso, eu faço, eu verso
Quando eu escrevo, eu posso hoje
Do ontem ser o inverso
E do amanhã, ser o avesso do avesso
Vão se acabando as folhas
Até os cadernos
Mas, pra um poeta
O que nos pauta é o universo.
De ser tudo o que eu escrevo
De ter vivido todas as cenas
Umas eu nem queria viver
Vivi algumas, apenas
Algumas que vejo
Outras, a empatia me faz supor
E passar por elas, não desejo
As de amor,
Aí que eu não quero mesmo
Imaginar que são amigos, namorados
Posso criar um personagem que atua
Ou de fora, assiste calado
Posso ser um terceiro
O amante,
o traído
Posso nem ser percebido
Como um mero figurante
Se eu quiser, posso ser
O par da atriz principal da novela das nove
No meu texto eu posso
Que só um lado sofre
Posso escrever, escrever
E às vezes, o enredo não desenvolve
Quando eu escrevo, eu posso hoje
Do ontem ser o inverso
E do amanhã, ser o avesso do avesso
Até os cadernos
Mas, pra um poeta
O que nos pauta é o universo.
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