Lutamos pra atingir
Quem nos fez alvo pra ferir
Nossa sanidade
Sofremos pra resistir
À imensurável crueldade
Vendo gente nossa partir
Com eles a consentir
Sem qualquer piedade
Escolhemos o "L" da luta
Contra o "B" da barbárie
Vencemos a desigual disputa
Amigo, comemora, desfruta,
Antes que o outro lado dispare
Esse é o padrão de conduta
Do mau perdedor, repare
Armam-se em covardia absoluta
Só que nossa gente junta
Leva vantagem
Levamos vantagem sim, vencemos
Ganhamos, derrotamos a máquina
Do golpe pra cá, nada tivemos
Até sorrir, desaprendemos
Quase esquecemos
Desesperança trágica
Recuperar o que perdemos
De fé e amor, somos uma fábrica
Ao nosso lugar, voltaremos
Ao seu dispor, não estaremos
E é pra ontem, pra por em prática
Onde nos querem, nós não queremos
Não nos curvaremos ao que oferece
Nenhum passo atrás, não retrocedemos
Comemore, sobrevivemos
Cada um de nós, merece
Foram bilhões, mansões, bolsolões
Ônibus interceptados
Foram assédios pelos patrões
Pro passe livre, precisamos de ações
Pro cidadão ter votado
E derrotado, o lado errado faz manifestações
Contra a democracia, contra a realidade
Em mente vazia, vozes de alucinações
É tanta vergonha, em tantas versões
Que a risada nem é por maldade
Teve o que se pendurou no caminhão
Teve choro no quartel e hino a um pneu
Teve um lado vitorioso na eleição
Ver quem se enxerga no capitão
E é tanta gente que, nem importa
Mesmo ganhando, enquanto gente, a gente perdeu
Poesias escritas em novembro ou dezembro de 2022
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