sexta-feira, abril 23, 2010

A questão é quando...

Sempre ouço por aí
Tal coisa é pecado
Isso e aquilo é errado
Sou sempre julgado
Vivo réu e culpado
Mas por Deus, perdoado

Mas nem tudo é assim
Tem atos imperdoáveis
Terríveis, condenáveis
Proibições sustentáveis
Por dogmas inabaláveis
Regras bem questionáveis...

Leis só para proibir
Ações humanas racionais
Chamam de crimes brutais
O aborto, entre muitos mais
Causam polêmicas sociais
Indignam os tradicionais

Revoltam um povo fértil
De ideias e de gestações
Sempre as prevenções
Foram melhores soluções
Para nossas frustrações
Resolvem mais que correções

Claro, quando se pode corrigir
Nem sempre é fato viável
Por isso, sou favorável
A prevenir o desagradável
Pra que não seja degradável
Em um futuro indesejável

Temo mais o que está por vir
Drogas, armas, tiros e morte
Precisamos é muita sorte
Pra que o aborto vivo e forte
Não nos mate, não nos corte
Prefira a paz, a vida suporte

Amanhã triste, infeliz
Para três será uma tortura
Enfrentar outra vida dura
Divisão de tempo e mistura
Enquanto a miséria perdura
Reproduzimos na loucura

Maluquice de fazer rir
Cadê meu direito arbitrário
De cessar um passo contrário
A não procriar proletário
Num sistema de cota e horário
Nasce mais um... Funcionário

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