quarta-feira, fevereiro 19, 2014

Arrebanhados

(escrita na manhã de 11.02.2014 na estação Sumaré)

É visível no rosto
O desgosto do povo
Como o 'véi' gado novo
Segue arrebanhado
O tempo todo

Todo mesmo
Desde o sol já sou preso
Em idas e vindas
Em celas infindas
Nem sempre ileso

E depois eu me perco
No agora, na hora, no preço
Do que faço e aconteço
Para ter o que mereço

Subserviência, carência
Aparência, inconsciência
E uma feliz sobrevivência

De frente ao metro que passa
Moderno, subterrâneo,
Reproduzindo o som da impaciência
Sem alarde, sem apito, sem fumaça.

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