Quando falamos de marchar
Já lembramos do quartel
Do soldado cabeça de papel
Assim como as cantigas infantis
Tinha tanta gente feliz
A caminhar
E louvar
Eram tantas cores
Vozes aos milhares
Gente que dançava
Pulava, comemorava, louvava
E o menino no colo olhava
De olhos arregalados, fascinado
Não tinha como não se encantar
Era um sentimento que transcendia
O povo ocupava toda a via
Que no dia a dia
Só tem carro, buzinaço
É outra energia
Outra correria
Igualmente inexplicável
A fé que ali seguia
Incomensurável
Autonomistas tomada
Gente mobilizada
Com cada passada
Canções coreografadas
Os funcionários das lojas, nas entradas
E a cada louvor entoado
Eles timidamente cantavam também
Festejavam e sorriam sem olhar a quem
Cada um ali na sua fé, na sua alegria
A exaltar Jesus
E propagar o bem
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