Meu percurso com a caneta mira a flor
Brotando, florindo em seu olor
Balançando com o vento
Assim que a caneta toca o papel
Com seu azul mais escuro
Que aquele azul clarinho do céu
O punho fica mais tenso, inseguro
Não o desenho como pincel
Esse pode ir nas primárias
Secundárias, aquarelas
Podem criar misturas
Mais cores, texturas
Pra pintá-la tão bela
Canetas são pra documentos e assinaturas
Amor se escreve a lápis,
Se apaga, se rasura
Se contorna em sombra e detalhes
Mas tem validade, o tempo apura
O dito hoje, amanhã não são verdades
Sim, se ama hoje e amanhã, não
Pois o fim do amor não é um fato
É uma percepção
Amor pode ser ilustrado
O rosto do ser amado
Mas, pra virar dor, basta um borrão
Uma lágrima que cai
E molha a cor da tinta que escolheu
Talvez o valor da obra morra
Assim como o amor que morreu
Lindo demais, amo seus poemas, me emocionam!!!
ResponderExcluirMuitíssimo obrigado, Mariane.
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