Verde e branco
Verde do campo
Branco da paz
Cores do manto
Dores num tanto
Que nenhum dos cantos
Gira o tempo pra trás
Pra não ir à La Paz
Burocracias continentais
Restou só o pranto
Lágrimas demais
A história se faz
Em verde e branco
Verde esperança
E o branco?
À noite, escureceu
No fatal barranco
Ficou preto, de luto
A esperança morreu
Torcidas comoveu
Um por um, cada escudo
Alvinegro, tricolor, rubro negro
Azuis chamados de celeste
Irônico mundo
Cada símbolo cedeu
As cores tradicionais
Pra que o verde fosse mais
Que o verde do campo
E o branco da paz
Mais que a cor do gramado
Rivais do mesmo lado
Corações apaixonados,
Atados por um nó
A compaixão pela dor
Sem hino, sem gritos, sem cor
Um minuto de silêncio
a Chapecó
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