segunda-feira, abril 06, 2020

Seu Hélio e João Pedro

Já não bastava a tensão habitual
Esse aprisionamento fragiliza
Situa, atualiza
Do que é bom dar mais moral

Em um dia, senti a lágrima chegar
Por uma via de duas mãos
O fim de uma geração, o último irmão
E um novo João a estrear

27, 28, termina e começa
Seu Hélio, o irmão mais velho, uma peça
Falava tanto palavrão, brincalhão
Que nem lembro seu jeito sério
De irmão, tinha ele, o Nininho, o Dalton
E meu avô era o Célio
Eram os Machado da Silva
Quando revir seu irmão
Fala da minha saudade, seu Hélio

Um papo aqui, em particular
Depois de mamãe, meu maior apoiador
Como poeta e escritor
Dizia: cabecinha boa tem esse menino, grande valor
Estou no quase pro novo livro publicar
E desde o primeiro rascunho, fiz questão de te entregar
Agradeço cada minuto como leitor

Falei da saudade, da fase que finda
Falei de partida, falo agora de vinda
Falo de vida que finaliza
Falo de vida que se realiza
Votos à família que se edifique, frutifique, multiplique
Bem vindo, João Pedro, Maiza e João Henrique

O discurso é clichê e padrão
Sei que a vida ainda está contada em horas ou por dia
Na ordem progressiva
Só desejo sabedoria, inclusive a emotiva
E mais pra frente, bons resultados na educação

Não haverá outra data tão expressiva
Desejo que vocês estejam sãos
Vão lembrar dessa pandemia
Pois, se fosse a gente e pudesse escolher
Lá de dentro, não sairia
Sobrenome aqui é valentia
E o nome herdado é João.

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