2021 chegando
Eu só penso
Assumo minha descrença na humanidade
Que a pandemia ensinou compaixão
Se fala de empatia, o mundo num mudou, não
Mas, uma coisa é verdade
Quem, no ano que vem, se isso passar
Vai pensar em dizer "que saudade do passado"
Ano que vem, mesmo se fosse ofertado
Não vejo quem vai querer voltar
Vamos supor: eis aqui a máquina do tempo
Pra que ano você vai?
Pra uma memória que não sai?
Ou adiantar esse momento?
A máquina é você e o tempo é o presente
Há quem o passado é que conforta
Há quem passou e bateu a porta
E olha pro chão indiferente
Há quem com nada se importa
Tanto faz o que se apresente
Há quem já fez morrer a horta
E espera flor da tal semente
Nenhum comentário:
Postar um comentário